Eis
que enfim soa o derradeiro instante
Em
que de olhos molhados, mãos vazias
Das
mãos com que criança me fazias,
Um
longo aceno seu colho distante.
Desce
a noite do mundo, e um só e tocante
Silêncio
já me pousa sobre os dias
Como
branca saudade de macias
Notas
dispersas de uma voz cantante.
Meu
olhar já se perdeu na poeira
De
estrelas cor de mel, restante esteira
Da
pura e suave luz dos olhos teus.
E
as minhas mãos recolhem-se ao aceno
Com
que tua mão por céu triste e sereno
Pontilha
a minha vida neste adeus.
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