6 ANOS LEVANDO AS NOTÍCIAS DA TERRINHA QUERIDA

AQUI, FÁTIMA NORONHA TRAZ NOTÍCIAS DE SUA PEQUENA BRAZÓPOLIS, CIDADE DO SUL DE MINAS GERAIS.

E-MAIL DE CONTATO: fatinoronha@gmail.com

31 de maio de 2011

Foto de Geraldo Machado: Cachoeira na subida do Bairro Alegre

Igreja da minha terra - Domingos Cipresso Filho

O povo quer saber: Entradas da cidade estão horríveis - O que pode ser feito?



As entradas de nossa cidade estão com cara de favela!

Como pode, uma cidade que quer ser turística apresentar, logo de cara, "cartões postais" horríveis assim?

Nada pode ser feito para mudar isto?

Reclamação e fotos de Gilberto Siqueira

Completa Feijoada beneficente à "Vila Vicentina", na sede da Banda!


Dia 26/06/2011

A partir das 11:30Hs

Valor R$ 7,00.

Apresentação da Orquestra Santa Cecília.

Venha com sua família e amigos!

Rua Gonçalves Cintra, 170,

Foto: Castelinho - Década de 70


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Sai selo de Indicação de Procedência para o café da Serra da Mantiqueira

As Indicações Geográficas (IG) representam uma nova filosofia de produção, voltada para a qualidade, a especialidade e a tipicidade, oriundas da origem da produção. A Lei Nº 9.279, de 14 de maio de 1996, possibilita aos setores produtivos brasileiros habilitarem-se a colocar no mercado produtos com Indicação de Procedência (IP), ou com Denominação de Origem (DO), que constituem as duas modalidades de Indicação Geográfica previstas na legislação brasileira.

A boa notícia é fruto do trabalho organizado e coletivo em prol de um objetivo comum dos produtores rurais para o reconhecimento de seu território e a delimitação da região, que contou com o apoio científico de instituições de pesquisa e incentivo governamental.

"O Selo de Indicação de Procedência trará várias vantagens, tais como proteção e reconhecimento do território, agregação de valor ao produto e desenvolvimento sustentável, entre outros, visando sempre um ganho para todos os envolvidos. Além disso, a aprovação do pedido representa o reconhecimento da região como produtora de café arábica de alta qualidade. E mostra que o Brasil e o setor cafeeiro estão despertando cada vez mais para a importância de demarcar suas origens e agregar valor ao trabalho de milhões de pessoas que vivem no campo", diz Hélcio Carneiro Pinto, diretor presidente da Associação dos Produtores de Café da Mantiqueira (Aprocam), instituição responsável pelo depósito do pedido de IG junto ao Inpi.

Na lista de produtos brasileiros com potencial para o registro de IG, o café tem merecido destaque por sua história e potencial de valor agregado. A Indicação de Procedência guarda relação com o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território conhecido como centro de extração, produção, fabricação de um determinado produto agropecuário ou extrativista, tendo como fundamento a notoriedade.

"A microrregião representada pela Aprocam, situada na Serra da Mantiqueira, possui condições especiais de clima e ambientes propícios à produção de cafés especiais. A Serra abriga uma das regiões de maior altitude do Brasil, demonstrando a predominância da topografia montanhosa, com clima chuvoso no verão e frio e seco durante o período de maturação dos frutos e também durante a colheita, tendo como resultado final uma bebida exemplar", detalha Lília Maria Dias Junqueira, gerente administrativa da Associação.

Os municípios representados por seus prefeitos municipais, que integram a microrregião são: Baependi, Brasópolis, Cachoeira de Minas, Cambuquira, Campanha, Carmo de Minas, Caxambu, Conceição das Pedras, Conceição do Rio Verde, Cristina, Dom Viçoso, Heliodora, Jesuânia, Lambari, Natércia, Olímpio Noronha, Paraisópolis, Pedralva, Pouso Alto, Santa Rita do Sapucaí, São Lourenço e Soledade de Minas. A região possui em torno de 8 mil produtores, sendo 82% agricultores familiares e estima-se que são gerados 150 mil empregos diretos e indiretos. As safras giram em torno de 1.000.000 de sacas de café beneficiado, produzidos em 50 mil hectares de lavouras.

Comentários no blog

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É um problema do Blogspot e estamos aguardando ser regularizado.
Obrigada pela compreensão.
Fátima Noronha

30 de maio de 2011

SUBVERSIVA CUMPLICIDADE (3) - Renato Lobo

Como escreve Ferdinan Mount, apesar de todo esforço oficial para rebaixar a família, para reduzir o seu papel e até para eliminá-la, sempre em nome do valor maior das instituições, homens e mulheres continuaram obstinados a viverem juntos em pares. Isso deixou o poder constituído maluco. Como acrescenta Elisabeth Gilbert, homens e homens também insistem em viver juntos em pares. E mulheres e mulheres também insistem na mesma coisa. E tudo isso deixa os poderes constituídos ainda mais malucos.


Repito. Foi aí, que os poderes constituídos re-engenharizaram a tática.


Diante dos fatos, as autoridades repressoras acabaram cedendo, curvando-se ao inevitável da realidade da parceria humana. Mas não cedem sem luta, esses incômodos senhores gravemente vestidos. Há um padrão em sua desistência, constante em toda a História ocidental.


Primeiro, aos poucos, as autoridades constatam que são incapazes de impedir que as pessoas prefiram a lealdade ao parceiro à lealdade à causa, ainda que maior, mesmo que maior, e que, portanto, a parceria humana não irá desaparecer. Porém, assim que desistem de eliminar o casamento, tentam controlá-lo, criando todo tipo de limite e de lei restritiva em torno dos costumes. Nos primórdios da Idade Média, por exemplo, quando finalmente se renderam à existência do casamento, os clérigos imediatamente amontoaram sobre a instituição uma pilha gigantesca de novas e duras condições: em hipótese alguma haveria divórcio, a mesmo que ratificado pela vigência do Ordinário, o casamento teria de ser um sacramento sagrado inviolável, ninguém poderia se ajuntar fora das vistas eclesiásticas, as mulheres teriam de se curvar à lei da coverture, etc. não contente, a Igreja quase enlouqueceu e quase enlouqueceu o mundo tentando impor ao casamento o maior controle possível até o nível mais íntimo da sexualidade conjugal privada. Isso se arrastou por mais de mil anos.


Quando tudo parecia pertencer a um passado esquecido, em Florença, no século XVII, um monge (não se esqueçam, celibatário!) chamado Frei Cherubino foi encarregado da tarefa extraordinária de escrever, para homens e mulheres cristãos, um manual disciplinar que esclarecesse, de uma vez por todas, as regras sobre quais relações sexuais eram consideradas aceitáveis dentro do casamento cristão e, naturalmente, quais na eram. É hilário, trágico, se não fosse cômico. “A atividade sexual, ensinava Frei Cherubino, não deveria envolver os olhos, o nariz, as orelhas, a língua nem outras partes do corpo que não fossem de modo algum necessárias para a procriação”. Daqui pra frente continuo por mim, pra ser menos ostensivo. A esposa podia olhar as partes pudendas do marido, só se ele estivesse doente, e não porque fosse excitante, e nunca a mulher poderia ser vista nua pelo marido. Era permitido aos cristãos tomarem banho de vez em quando. Mas seria terrivelmente pecaminoso tentar cheirar bem para atrair sexualmente o cônjuge. Também nunca se deveria beijar o cônjuge usando a língua. Em lugar nenhum! O diabo sabe como agir. Ele faz homens e mulheres se tocarem e beijarem as partes honestas e as desonestas. Vou deixar o Frei terminar: “Só de pensar nisso, fico inundado de horror, medo e perplexidade...”


Foi preciso esperar mais uns 200 anos para que um pacato médico vienense demonstrasse que horror e nojo são apelidos que o desejo usa quando não pode subscrever o próprio nome.


Percebem, que no que dizia aos poderes instituídos, o mais horrível, assustador e causador de perplexidade era o fato de o leito conjugal ser absolutamente privado e, portanto, inacessível e incontrolável? Nem mesmo o monge florentino mais vigilante conseguiria impedir as investigações de duas línguas íntimas num quarto privado no meio da noite. E ninguém conseguiria controlar o que todas essas línguas diziam quando o ato de amor terminava, e talvez fosse essa a realidade mais ameaçadora de todas. Mesmo em época tão repressora, depois que as portas se fechavam e as pessoas podiam fazer suas escolhas, cada casal definia em seus próprios termos o significado de “intimidade”.


No final, os casais venceram. Vencem. Vencerão.


Mas aí vem a quarta parte. O que fazer quando a coisa não tem jeito e, mais, quando o jeito da coisa escapa pelo vão dos dedos?


28 de maio de 2011

Desfile de Cavaleiros irá acontecer no próximo dia 29 em Itajubá


Desfile abre semana de eventos da 30ª Exposição Agropecuária de Itajubá

No próximo domingo, dia 29, a Prefeitura de Itajubá, através da Secretaria de Agricultura, irá realizar o tradicional Desfile de Cavaleiros, evento que foi resgatado pela administração Dr. Jorge e Laudelino e que completa sua 29ª edição. Os participantes irão se concentrar a partir das 9h, no antigo pátio da Aterpa, localizado no bairro Santos Dumont. Os interessados em participar do desfile não precisam realizar inscrição. Basta comparecer ao evento.


Os cavaleiros irão percorrer algumas das principais ruas da cidade, chegando até a Casa do Produtor, na Fazenda Paiol, localizada ao lado do Centro Administrativo. Lá, haverá o concurso de animais, com premiação para várias categorias, além do cavaleiro/ amazona mais bem trajado, cavaleiro/ amazona mais relaxada, cavaleira/ amazona mirim, entre outros.

Em 2010, mais de 1.000 pessoas participaram do desfile, como cavaleiros, amazonas, autoridades locais e cerca de 200 carroças também fizeram parte da comitiva. Para este ano, a previsão é que o evento reúna cerca de 1.500 participantes.

“O evento é uma tradição que acompanha quase todas as edições da exposição agropecuária, dando início à semana de eventos que a Prefeitura proporciona à cidade”, declarou Emílio Kallás, secretário de Agricultura.

Shows
Os ingressos para os shows de Victor & Léo, Bruno & Marrone, Daniel, Capital Inicial e Milionário & José Rico, que irão se apresentar durante a 30ª edição da Exposição Agropecuária de Itajubá, continuam à venda na Biblioteca Municipal, localizada à praça Theodomiro Santiago. Por motivos de segurança e para garantir a participação de toda população, o número de ingressos está limitado a cinco unidades por pessoa, por show, e é necessária a apresentação do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) na hora compra. A venda dos ingressos irá se estender até as 22h na Biblioteca Municipal na semana do evento.

A expectativa é que a 30ª Exposição Agropecuária reúna cerca de 60 mil pessoas. Por isso, durante o evento, a Prefeitura irá disponibilizar banheiros químicos, além dos banheiros já instalados no Parque de Exposições Aureliano Chaves. De acordo com o secretário de Agricultura, a previsão é de que os ingressos para o show da dupla Victor e Léo se esgotem neste sábado, por ser a apresentação mais procurada no ponto de venda.

Além disso, os organizadores pedem que o público se programe para chegar mais cedo ao evento, para evitar filas.


27 de maio de 2011

Desenho de Renato H.N.D.

ERA APENAS UMA COROA DE LATÃO. MAS COMO BRILHAVA! - Renato Lôbo

Ainda criança, o mês de maio era tão frio que, quando a gente soprava, o ar virava fumaça. Frio que doía que tão frio! Mas havia festa, missa e coroação. E quem não ia, com frio e tudo, à noite, avenida acima, só pra ver a hora em que os sinos tocassem e pétalas de flor voassem aos jorros lá de cima do altar. A gente assistia com cara de anjo. E como de anjo não tinha nada, pelo menos, era assim que parecia.

O santuário ficava num canto da cidade, bem distante. Naquela época, tudo era distante. E quando se entrava era como entrar não no outro canto, mas num outro mundo. Nas tábuas do forro, de fora afora – e, por milagre, ainda está lá – a pintura da Imaculada dominava, rodeada de anjos, co’a lua sob os pés e a inconfundível coroa de doze estrelas à cabeça. E eu que vivia longe da minha casa, era para aqueles seres alados que eu olhava, sei lá com que esperança. Só sei que um deles, bem gorducho, me tomava pela mão e me levava – seria sonho? – para junto deles, os nascidos da mesma mãe e, eventualmente, do mesmo pai, e que de anjos também não tinham nada.

Na parede do fundo, num altar de madeira, esculpido inteiro em alto relevo, longas duas escadas conduziam ao trono, de onde dezenas de pequenos anjos, subidos por ela acima, desajeitados – como anjos decerto não devem ser – pisando na barra das túnicas. Em cada par de mãos de cada ser vestido de anjo um pratinho de pétalas de rosa. A gente prendia o fôlego. Será que chegariam lá em cima? Será que iam despencar de lá? E se caíssem, sairiam voando?

Os anjos, aliás, anjas (todas eram meninas) entravam cantando pelo centro da nave, descuidadas, espalhando sorrisos e a graça da infância, com as pétalas caindo dos pratinhos, como se o chão da nave fosse feito de céu. Uma fila interminável. Mais de cinqüenta? Mais de cem? Não faço a menor idéia, mesmo porque qualquer idéia que se faça hoje não é mais a mesma que se fazia lá. É que, naquela época, toda a corte celeste estava reunida ali, naquela noite, naquela festa, naquele frio e naquele santuário num canto isolado do mundo.

Se você, na sua infância, nunca viu uma coroação de santa, precisa exigir indenização à vida. As coroações eram mais que acontecimentos. Ah! Eu nem sei o que eram! Em túnicas brancas e longas asas, meninas louras e morenas, rodopiavam nos sonhos que só se sonha quando ainda é permitido sonhar, flutuando no altar, ao redor da Rainha. Curioso é que a gente sabia que eram as mesmas meninas das brincadeiras de rua. Mas, naquela hora, naquele lugar, daquele jeito, eram anjos, digo anjas, e se comportavam como a nobreza exige.

Daí vinha a coroação. Cantava-se, cantava-se, cantava-se... Cantava-se mais um bocadinho. Mas no momento em que uma delas depositava o cetro nas mãos da imagem, a apoteose havia começado. O coração batia a mil. Erguia-se a fumaça branca do incenso, coroinhas alvoroçados caçavam campainhas e outros se dependuravam na corda do sino. Bem-be-le-lém.

Então é que vinha. Duas meninas, uma a cada lado da Rainha, erguiam as mãos. E o que a gente via não dá pra descrever. Inefável. Indizível. (...) Era a própria transcendência em ato, coisa que jamais se iria ver de novo, vida a dentro: uma pequena coroa erguida sobre a imagem, dela ainda desnudada. Era apenas uma coroa de latão. Mas como brilhava! Se alguma coisa brilhou nessa vida, se algo conseguiu captar o brilho que a vida, por si só, não tem, se algo ofuscou com a luz do mistério, aquela mesma que justifica a banalidade fosca do dia-a-dia, ali se presentificava. E era apenas uma coroa de latão. Mas, meu Deus, como brilhava!

E os anjos cantavam. E a coroa pairada no ar, do ar descia, lentamente, milímetro a milímetro, se outra medida não houver, até repousar numa pequena cabeça virgem coberta de véu. E, aí, no frisson daquele momento, ela se tornava Rainha, outra vez.

Súbito silêncio de ansiedade presa. Escutava-se até a respiração do vizinho. E, de repente, música, festa, flores lançadas do céu sobre o trono da Rainha. Fumaça de incenso, subindo perfumada, pra se misturar às pétalas, no ar. E uma dezena de campainhas respondendo à conversa dos sinos da torre. De mais longe, vinha o som dos sinos da matriz, majestosa, em saudação ao pequeno santuário da Rainha coroada e à festa que lá dentro acontecia. Foguetes? Banda? E tem festa mineira sem foguete e banda? E aplausos, e os coroinhas de um lado pra outro de batinas vermelhas. E a gente? Ô meu Deus! Feliz que não havia quantia!

Pode anotar aí: era apenas uma coroa de latão. Mas, como brilhava!

Quando tudo terminava, na volta pra casa, no frio da noite, na névoa caindo por sobre a cidade, o coração ia seguro de que, em qualquer dificuldade da vida, as coroações teriam o poder de nos fazer sobreviver. Mágicas, místicas, milagrosas.

Passou-se o tempo. Que pena! Cresci.

Já não acredito tanto no poder terapêutico das coroações. Não creio como antes que elas possam resolver problemas. Que bom se pudessem! Que bom se pudesse estar lá, outra vez, no frio de maio, voltando pelas ruas úmidas de névoa, dormindo acordado com a música dos anjos. Que bobagem a gente faz da vida! A gente cresce. Encaixota a inocência, o dom do encantamento e o melhor que havia em si.

Mas nunca, inteiramente. Sempre sobra solitário um espaço íntimo, por menor que seja, de onde o encanto sobrevivente. Nesse lugar, ainda é possível “enxergar” os cantos de meninas-anjas, “ouvir” pétalas dançando na fumaça do incenso, rodopiar nas mesmas cordas dos sinos de antes. (Hoje, nem sino existe mais e quanto existe falta-lhe a corda.) A partir daquele tempo mítico, a névoa úmida que envolve a existência parece menos fria do que realmente é. Há um canto, dentro de mim, de onde ainda é possível enxergar o mesmo santuário no canto da cidade pequena, e suspirar imaginando que ali exista quem ainda deva ser coroada.

Nesse lugar, onde nunca crescemos e de onde bravamente relutamos sair, somos preservados dos mistérios e da mesmice da vida adulta, do terror dos noticiários, do medo que nos assombra. Ali somos conduzidos de volta ao calor de um colo privilegiado que nos faça adormecer. Pode ter muitos nomes e rostos diferentes. No fim, todos eles cabem e se cruzam numa praça só, onde fica o Santuário da memória.

Toda vez que maio chega, onde quer que esteja, volto ao pequeno santuário do canto da cidade, e me ponho a ouvir anjos e sinos, sentir flores e incenso. Sempre que ouço algum canto semelhante ao que lá se ouvia, me pego pensando se ainda existe a mesma coroa cingindo a mesma testa e se ela ainda consegue reproduzir a mesma alegria de antes. Caso haja, também haverá quem continue acreditando em tudo quanto ela signifique. E é muito. E é muito.

Era apenas uma coroa de latão. Eu sei. Mas como brilhava!

Foto: Excursão ao Pico dos Dias - 1920 - Foto de Manoel Cândido


Fonte: http://basiliovideo.blogspot.com

CHEFE DA DIVISÃO DE TRANSPORTE CONVIDADO A PRESTAR INFORMAÇÕES SOBRE A GESTÃO DA FROTA MUNICIPAL



A Comissão de Finanças, através do seu Relator, Vereador José Carlos Dias, com a anuência dos demais membros, Vereadora Adriana Lúcia Mendonça e Vereador Péricles Pinheiro, propôs ao plenário que o Sr. Robinson de Queiroz, Chefe da Divisão de Transportes e responsável pela Frota Municipal, seja convidado a prestar esclarecimentos sobre as providências tomadas pela Prefeitura para sanar as falhas apontadas no Relatório Final da CPI do transporte. A Comissão justificou a necessidade da presença do Chefe de Transportes em virtude da resposta dada pelo Prefeito ao Requerimento 08/2011, no qual a Comissão pediu informações sobre quais as providências tomadas pela Prefeitura após as recomendações da CPI. Em resposta ao Requerimento 08/2011, o Prefeito apresentou a seguinte frase: “ informamos que as recomendações do Relatório foram analisadas e tomadas as devidas providências.”. No entendimento da Comissão tal resposta não é suficiente para esclarecer as falhas apontadas e muito menos para esclarecer a população sobre a situação em que se encontra a Frota Municipal, visivelmente depreciada em comparação ao estado em que se encontrava no final de 2008. Dentre outras responsabilidades, o Prefeito deve conservar o patrimônio público, assim como os vereadores devem fiscalizar e cobrar pelo zelo deste patrimônio, pois tais bens são comprados com o dinheiro do povo. A Comissão de Finanças, no desempenho do seu trabalho, precisa cobrar do Executivo as respostas aos apontamentos feitos pela CPI do Transporte para que a população possa ter conhecimento das providências tomadas.

Fonte: http://www.vereadorjosecarlosdias.blogspot.com/

26 de maio de 2011

Quem são estas pessoas?

Foto: Lua Cheia - Patrick Vergueiro

Corpos de meninas que se afogaram não passaram por necropsia

A Polícia Civil de Itajubá pode pedir a exumação dos corpos das meninas que se afogaram no último dia 1º de maio no Rio Sapucaí. O pedido poderá ser feito depois que todas as testemunhas do caso forem ouvidas. O caso ganhou repercussão nacional de que um vídeo divulgado na internet levantou suspeitas de que algum animal possa ter arrastado as adolescentes. Apesar de dizer que não havia nenhum ferimento no corpo das meninas, o médico legista José Henrique Schuman não chegou a fazer necropsia nos corpos. Segundo ele, no dia da morte ele não foi informado sobre a suspeita do aparecimento de um animal no local.

O vídeo que mostra o momento do afogamento já foi visto mais de quatro milhões de vezes no Youtube. O inquérito que apura o caso foi instaurado no fim de semana. De acordo com o delegado que apura o caso, seis testemunhas, entre adultos e adolescentes, já foram ouvidas. Nos depoimentos, o menino que carregava o tronco de uma bananeira diz que tirou algumas folhas antes de jogá-lo na água. Isso poderia explicar a imagem que mostra uma suposta cobra se mexendo às margens do rio. Em outro depoimento, uma mulher que presenciou o afogamento disse que ouviu uma criança falar que havia visto uma cobra. Segundo a polícia, ainda falta ouvir pelo menos mais 14 pessoas.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o local em que as meninas se afogaram tem pelo menos cinco metros de profundidade. Para os biólogos, a tese de que as garotas tenham se afogado em uma das calhas do rio é a mais certa.

Fonte: EPTV

Nos tempos da Maria Fumaça - Janaína Noronha

Beira da linha. Tantão com seu entusiasmo anunciava as boas vindas aos passageiros, num convite generoso ao famoso Hotel do Comércio.

Maria Fumaça apontava ao longe...

Segundo dados, este extraordinário evento ocorreu pela primeira vez em 09 de novembro de 1910 ( data em que foi inaugurado o trecho do ramal ferroviário ligando Piranguinho a Vila Braz em direção a São José do Paraíso).

Ah! Maria Fumaça, quantas alegrias ficaram marcadas em seus trilhos...

Eles já não mais existem, mas a velha estação continua lá, guardando sua história, inspirando nossas lembranças...

Sob e desce de pessoas, vozes, correria, apito, cheiro de fumaça e carvão; risos, passos, mãos acenando, saudades...

Um discreto senhor chamado Pedro Bicudo, lábios grossos e salientes( por isso o apelido), aguardava do lado de fora do trem. Era ele o carregador de bagagens,que se encarregaria de levá-las ao hotel. Brazópolis nesta época era uma região desenvolvida e imperava o desenvolvimento e progresso. Com a instalação da Ferrovia, ganhou forte impulso para o comércio, A chegada de trens trazia homens de negócio à cidade e pessoas de todas as camadas sociais eram atraídas pelo grande movimento.

A medida que surgiu a malha viária, com o asfalto e as modernas rodovias, foram desativadas as ferrovias. reminiscências o eco do apito e a marcha rotineira daqueles belos tempos.

A velha Maria Fumaça que um dia embarcou e tranportou riquezas, hoje embarca nossos sonhos e lembranças, na alma e paredes da antiga estação.

Conheçam o site de Janaína: http://jornalarteecia.br.tripod.com/

ORIGEM DA FAMÍLIA SERPA


A Dinastia de Serpa também chamada Casa de Serpa teve origem na pessoa de D. Fernando de Portugal (1217 - 1246), Infante de Portugal e Senhor de Serpa, filho de Afonso II de Portugal e D. Urraca de Castela, rainha de Portugal (1186 - Coimbra, 3 de Novembro de 1220) filha de Afonso VIII de Castela, rei de Castela e de Leonor Plantageneta, foi princesa da Inglaterra e Rainha de Castela. D. Fernando ficou conhecido por o Infante de Serpa.

D. Fernando viveu grande parte da sua vida em Castela onde foi vassalo de Fernando III de Leão e Castela e também de Afonso X de Leão e Castela.

Casou em 1200 com D. Sancha Fernandez de Lara filha de Fernando Nuñez de Lara, Senhor de Jerez c. (1160 -?) e de Maior Garcez de Aza c. (1160 -?), casamento do qual não teve filhos.

Teve, no entanto pelo menos, um filho ilegítimo, D. Sancho Fernandes Serpa, primeiro Serpa de sobrenome e que foi Prior de Santo Estevão de Alfama.

Como único herdeiro do Infante de Serpa D. Sancho Fernandes Serpa representava então um dos ramos que poderiam levar a sucessão da coroa portuguesa na Dinastia de Borgonha (Afonsina).

Porem, os direitos sucessórios para a coroa portuguesa estavam garantidos pelo ramo direito da família.

A Dinastia de Borgonha deixou de ser a Casa Real de forma que D. Beatriz de Portugal (ou D. Brites de Portugal, Coimbra, 1372 - Madrigal, 1410) Foi destronada pela pela Revolução de 1383-85.

Assim o Ramo de Serpa, até então ramo esquerdo da Família apoia que se a dinastia de Borgonha voltasse ao poder os Serpas reinariam, pois defendiam que deveriam ser os legítimos herdeiros ao trono da dinastia Afonsina sendo descendentes de D. Afonso II e D. Urraca de Castela.

Sabendo que então novas dinastias viriam a governar Portugal José Joaquim de Serpa, 1º visconde de Alvor em 20 de Agosto de 1898 busca formalizar frente aos monarquistas , a chamada egalité de naissance: a igualdade de nascimento entre os descendentes de D. Afonso II . Essa formalização se deu com a chamada Declaração de Serpa, de 1911, assinada por diversos Serpas e cidadãos.

Desta forma se intitulam “Príncipes de Serpa”' e conservaram entre si o tratamento de Alteza Real, transmitido aos descendentes de Infante de Serpa.

Dessa forma, apesar dos descendentes de D. Beatriz de Portugal da Dinastia de Borgonha, que são da casa Afonsina não terem retido o título de Príncipes de Serpa/Borgonha, tem o status de príncipes porem é hoje uma dinastia desaparecida. Por isso os Serpas passam a ser o ramo direito da Dinastia de Borgonha proclamada Serpa.

BONECOS GIGANTES DE BRAZÓPOLIS NO 12º FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BONECOS EM BELO HORIZONTE

Oficina Roda Terra – Brazópolis/MG

Um grande e animado desfile de bonecos gigantes, com 25 personagens e um dragão formado por 13 pessoas, além de uma banda de música fazem a alegria de todos. Durante o percurso, há momentos de teatralidade e coreografias envolvendo bonecos e o público.

Recomendação: Livre
Técnica: Bonecos gigantes habitáveis.
Duração: 40 minutos.

FICHA TÉCNICA
Direção e criação: Gustavo Noronha
Construção e Manipulação: Integrantes da Oficina Roda Terra
Figurinos: Dona Lucinda
APRESENTAÇÕES
Dia: 12/06
Horário: 14:00hs
Local: Parque Municipal

Festival Internacional de Teatro de Bonecos - BH 2011

Vargem Grande - 1906 - Fotk de Manoel Cândido

SUBVERSIVA INTIMIDADE (2) – Texto enviado por Renato Lôbo

Elisabeth Gilbert cita um autor chamado Ferdinand Mount cujo livro The Subversive Family, eu fui atrás e, nem preciso dizer, só encontrei no Sebo (“Procurando um, temos 980...”). “Não sou anarquista – escreve ela – mas me sinto bem quando vejo a minha vida em termos de uma certa resistência instintiva à conformidade”. Beleza! – eu disse: esse sou eu.


Ferdinand Mount sugere (sugere coisa nenhuma!, deixa bem claro) que todos os casamentos são atos automáticos de subversão contra a autoridade. As famílias que nascem dessas uniões voluntariosas e pessoais também são subversivas. Ele afirma que a família não só é uma organização subversiva, como é a organização subversiva suprema, a única que pode arrogar-se esse título com constância e coerência. É que só a família, em toda a História, continuou e continua a minar o poder constituído. A família é o inimigo permanente e duradouro de todas as hierarquias, igrejas e ideologias. Não só os ditadores e bispos – continua o autor – mas os humildes padres de paróquia e os intelectuais de mesa de bar acabam enfrentando repetidamente a hostilidade pétrea da família em sua determinação em resistir às interferências até o fim.


Uai?


É. É uma linguagem forte, mas Mount constrói uma argumentação cativante.


O que ele afirma é o seguinte: como os casais se unem por razões profundamente particulares, e como esses casais criam para si vidas secretas dentro dessa união, eles ameaçam pelo simples fato de existir a todos os que aspirem dominar o mundo. A primeira meta de qualquer corpo autoritário específico é impor o controle a uma população específica por meio de seus meios específicos: coação, doutrinação, intimidação, propaganda. Mas, para sua frustração – e aqui é o Gibraltar do argumento – as figuras de autoridade nunca (vejam bem, nunca!) conseguiram controlar inteiramente, sequer monitorar, as intimidades mais secretas do que acontece entre duas pessoas, entre quatro paredes, dormindo juntas, regularmente.


Sai “uai”!


A nenhuma força policial mais eficaz que o mundo totalitário possa ter construído é dado conseguir escutar todas as conversas privadas em todos os lares privados às três da madrugada. Né! Ninguém jamais conseguiu isso. (Você tem idéia do que essa coisa significa?) Não importa que a conversa de travesseiro seja modesta, trivial ou séria; essas horas silenciosas pertencem exclusivamente às duas pessoas que as dividem. O que se passa com um casal sozinho no escuro é a própria definição da palavra “privacidade”. E aqui não se trata de sexo, mas de um aspecto ainda muito mais subversivo: a intimidade. Deve ser aterrorizador pensar nisso para quem se ache investido de todo poder controlador, mas todo casal do mundo tem o potencial de se tornar, com o tempo, um pequeno país isolado de dois habitantes mais uns, criando uma cultura própria, uma linguagem própria, um código de ética próprio do qual ninguém mais pode participar.


De todas as almas criadas, escolhi uma” (Emily Dickinson). Por razões privadas apenas de cada um, o direito de cada um poder escolher e acabar escolhendo uma pessoa para amar e defender acima de todas as outras, é uma idéia transformada em situação que desde sempre exasperou familiares, amigos, instituições religiosas, dinastias imperiais, movimentos políticos, e outros. Essa seleção, esse treinamento para a intimidade, arranca os cabelos de quem queira ter qualquer controle nas mãos. Você nunca pensou por que em várias culturas, os escravos nunca tiveram permissão para se casar? Porque seria perigoso demais para os donos de escravos, sequer pensar em permitir que um cativo vivenciasse toda a gama de liberdade emocional e segredo íntimo que a união de duas pessoas pode deflagrar. Pasme quem for contra! Mas o casamento representa um tipo de liberdade interna exasperante (pasme!) e essa liberdade nunca poderia ser tolerada numa população escravizada.


É impressionante como a Sra. Gilbert deixa isso claro como água! E não deixa de ser impressionante como a cegueira do cotidiano, misturada à cegueira das instituições, conseguiu turvar essa transparência.


Mount continua. Segura a onda porque a argumentação vai ficar pesada.


No decorrer dos séculos, as entidades poderosas sempre tentaram solapar os laços humanos naturais para aumentar o seu poder. Sempre que aparece um novo culto, religião, movimento revolucionário, o jogo começa do mesmo jeito: há um esforço para separar o indivíduo das lealdades pré-existentes. É preciso um juramento de sangue de fidelidade total aos novos senhores, mestres, dogmas, “opus”, deuses, nações. “É preciso renunciar a todos os outros bens e apegos mundanos e seguir a Bandeira, a Cruz, o Crescente ou a Foice e o Martelo”. É preciso renegar a família real e jurar que, daqui pra frente, seremos a sua família. É preciso abraçar os novos arranjos pseudo-familiares impostos de fora (como o mosteiro, o kibutz, o partido, o pelotão, a gangue). Para quem preferir amar a esposa, o marido, o amante acima do coletivo, restará a imposta sensação de fracasso e traição do movimento: será condenado como reacionário, egoísta, traidor. Será excomungado.


Ainda assim, as pessoas continuam agindo dessa forma. Caramba!


Continuam a resistir ao coletivo e a escolher uma pessoa (uma!) da massa anônima para amar. Isso aconteceu nos primeiros dias do cristianismo. Os primeiros Padres da Igreja ensinaram e insistiram com força e clareza que as pessoas, dali em diante, deviam preferir o celibato ao casamento. Esse seria o novo construto social. Embora seja verdade que alguns convertidos se tornaram celibatários, a maioria decididamente não o fez. Com o tempo, os líderes cristãos tiveram de ceder e aceitar que o casamento não acabaria.


Os marxistas tomaram o mesmo rumo e tiveram o mesmo problema quando tentaram criar uma nova ordem mundial em que crianças fossem educadas em escolas comunitárias onde não haveria nenhum apego específico entre os casais. Mas os primeiros comunistas não tiveram melhor sorte dos que os primeiros cristãos. A idéia não pegou. Os fascistas também não conseguiram que pegasse. Eles influenciaram o formato, mas não conseguiram eliminar o casamento.


E nem as feministas. Algumas mais radicais alimentaram o sonho de que, se tivessem escolha, as mulheres liberadas prefeririam os laços da fraternidade e da solidariedade. Abaixo a instituição repressora do casamento! Bárbara Lipschutz chegou ao ponto de sugerir que as mulheres deixassem de “cometer” sexo, porque o sexo sempre seria um ato degradante e opressor. Aliás, alguns místicos medievais pensavam a mesma coisa. O celibato e a amizade seriam os novos modelos das relações feministas. “Ninguém precisa ser fodido” – foi o título do ensaio de Lipschutz. Não são exatamente as mesmas palavras que São Paulo usaria, mas trata-se essencialmente dos mesmos princípios: os encontros carnais são sempre aviltantes e os parceiros românticos, no mínimo, se afastam e nos afastam de um destino muito mais elevado e sublimatório.


Ta aí!


Nem as feministas, nem os fascistas, nem os comunistas, nem os primeiros cristãos tiveram sorte em suas propostas. Muitas mulheres, mulheres inteligentes e liberadas, acabaram preferindo assim mesmo parcerias privadas com homens. E pelo quê luta hoje a maioria das lésbicas, feministas e ativistas? Pelo quê, pelo quê, pelo quê? Pelo direito de se casar. Pelo direito de se tornarem mães e pais, de constituir família, de ter acesso a uniões legalmente reconhecidas. Querem estar dentro do matrimônio, configurando a sua nova história por dentro, não do lado de fora de qualquer velharia de fachada decrépita.


Não se pode impedir que as pessoas queiram o que querem. E muita gente quer só a intimidade da pessoa eleita. E como não há intimidade sem privacidade, todos tendem a reagir contra qualquer coisa que interfira no desejo simples de ficar em paz... com o ser eleito. Tentou-se muito conter esse desejo ao longo da História. Ninguém conseguiu nos forçar a abandoná-lo. Continuamos simplesmente a insistir no direito de nos ligarmos à outra alma de maneira oficial, emocional, física e material. Continuamos simplesmente a tentar, sem parar, por mais insensato que seja, recriar o ser de duas cabeças e oito membros da união humana perfeita de Aristófanes.


Ansiamos pela intimidade privada, mesmo que represente um rico emocional.


Ansiamos pela intimidade privada mesmo que a detestemos, mesmo que seja ilegal amar quem amamos, mesmo quando nos dizem que deveríamos ansiar por outra coisa, algo melhor, mais nobre. E não paramos de ansiar pela intimidade privada e, o que é pior, por razões só nossas e profundamente pessoais. Ninguém jamais conseguiu explicar esse mistério inteiramente e ninguém jamais conseguiu impedir alguém de querer.


Foi aí, então, nesse ponto, justamente aí, que os poderes constituídos re-engenharizaram a técnica e a tática.


25 de maio de 2011

QUEM SÃO?

Eco Viagem - Brazópolis

Diversas opções são encontradas em Brazópolis, muito verde, muitas serras, trilhas e cachoeiras aguardando sua visita. Ar puro e paisagens que nos fazem esquecer o stress do dia-a-dia, incrementados pela tão rica cultura deste povo, formam um verdadeiro encanto para as mentes e corações de todos que passam por essa pequenina "cidade presépio". À aproximadamente 1000 metros de altitude, noites frescas e estreladas trazem um descanso que refaz qualquer cansaço .

Fundação Pedro Gomes Neto

O "castelinho", antiga residência de Dr. Carlos Pioli, hoje Fundação Pedro Gomes Neto, de âmbito cultural, abriga a Academia Brasopolense de Letras e História, o Memorial da Imprensa e contém salas dedicadas à personalidades da cidade. A Fundação se localiza na Av. Dr. Carlos Pioli Filho e pode ser visitada nos dias de segunda, quarta e sexta nos horários de 11:00h às 17:00h e Sábados, Domingos e Feriados de 13:00h às 17:00h. Faça uma visita e conheça nossa História!

Teatro TAB

Há 31 anos o Teatro Amador Brasopolense vem proporcionando lazer e entretenimento à cidade e aos turistas que por aqui passam. Localizado atualmente na Praça Sagrados Corações, no coração da cidade, o TAB já fez história com suas peças e atores, destacando-se a Paixão de Cristo, encenada todos os anos como um belo espetáculo da arte sacra, reconhecida até pela revista Família Cristã.

Espotes Radicais e Ecoturismo

Pedra da Cruz, um dos maiores pontos já formados de escalada esportiva do Brasil, conhecida por muitos de Falésia dos Olhos, se tornou em pouco tempo uma referência de escalada técnica e de dificuldade da região.
Além das belas Paisagens da Serra da Mantiqueira e da Mata Atlântica, a cidade se dispõem de lindas nascentes d'água que formam belíssimas cachoeiras devidas a seu relevo e abundância de rochas.

Brazópolis não é só para quem gosta de montanhas e cachoeiras, é também para quem gosta de aventura e desafios. Sua geografia se adéqua perfeitamente ao tamanho da sua coragem para os esportes mais radicais como a Asa Delta, onde você poderá saltar e deslumbrar uma paisagem magnifica que muitos não podem ter da Serra da Mantiqueira e o pouco que sobra da Mata Atlântida nos dias de hoje.

Ciência e Tecnologia

No Pico dos Dias, a 1864 metros de altitude e a 900 m acima do nível do médio da região está o Observatório do Laboratório Nacional de Astrofísica que é grande importância para os astrônomos brasileiros. O local está entre os municípios de Brazópolis e Piranguçu, mas o escritório funciona em Itajubá. O LNA é uma unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Para a proteção do observatório foi organizada uma área de 350ha onde se preserva uma mata secundária tropical de altitude. As visitas acontecem durante os meses de março a novembro, às terças-feiras durante o dia com acompanhamento técnico científico e exibição de material áudio-visual sobre astronomia e o LNA. As visitas para estudantes devem ser agendadas pelo telefone (35) 3629-8100. Aceita-se um número máximo de 45 alunos que deverão estar acompanhados de professores e monitores. Horário de saída para visita ao LNA:14h00. Local: Praça da Matriz. Endereço do escritório: Rua Estados Unidos, nº 154. Bairro das Nações. Itajubá. 37.504-364. Telefones: 35 3629 – 8100 / 3623 – 1544

Fonte: http://ecoviagem.uol.com.br/brasil/minas-gerais/brazopolis/


24 de maio de 2011

Brazópolis Antiga

1953
Foto do arquivo de Manoel Cândido

Fonte: http://basiliovideo.blogspot.com/

Viagens antigas: Brazópolis - MG - Iasmim Odara

domingo, 16 de janeiro de 2011


Enquanto não conheço Itacaré por inteiro (agora já estou liberada pra ir à praia, HA!) , deixo vocês com um remember meu, do ano passado. Não foi a primeira viagem de 2010, foi a última, e com uma companhia pra lá de especial: dona Flávia Ramoneda, a minha Dori.

Brazópolis é uma cidadezinha pequeníssima do sul de Minas, a quarenta minutos de Itajubá-MG, e seis horas (de ônibus) de Campinas-SP. Fui parar lá porque minha mãe desiludiu do mundo e resolveu ir morar em uma ecovila que está no comecinho. Na real, tem duas famílias morando direto lá, sendo que a minha mãe é uma delas.

A cidade em si é pequeninha, e dizem que tem um carnaval de rua ótimo (vou descobrir isso em março e depois digo se é verdade, haha). Mas nossa viagem não foi pra cidade em si, e sim pro bairro do Bom Sucesso, zona rural da cidade.


De Itajubá sai um ônibus simprão praticamente de hora em hora, e nós perdemos o último porque na passagem estava o nome de uma cidade, e no ônibus, outra cidade. Dormimos em Itajubá mesmo, num hotel barato e com café da manhã (depois de andar meia hora, parando em uns muquifos bi-zar-ros) que eu esqueci o nome, sorry. Se ajuda, ele era amarelo (eu sei que não ajuda muita coisa, mas é só pra desencargo de consciência de quem vos escreve).

No outro dia, saímos cedo de Itajubá e descemos na entrada do bom sucesso, ainda na estrada principal que liga Itajubá a Brazópolis. De lá até o começo da subida até a casa da minha mãe, são quatro quilômetros de estrada de chão, subidas e muita paisagem bonita. Com uma mochila de 75L extravasando de tão cheia e pesada, nossa primeira parada foi a uns dez minutos depois do começo da caminhada, nesse lugar aqui:



Primeira parada: Trevo do Bom Sucesso
Tava um lamaçal bizarro porque havia chovido pouco antes, mas paramos mesmo assim. Entrando à esquerda, a estrada leva pro Bairro do Bom Sucesso, mas a gente seguiu em frente, na Estrada do Observatório (que tem esse nome porque leva ao - OLHA SÓ! - Observatório Nacional de Astrofísica, que parece um disco voador prateado no alto de um dos morros de lá). E dá-lhe estrada!
(A anta aqui foi de all star. Não repita a minha burrice, dica de amiga.)


A Estrada do Observatório e sua vista maravilhosa
Nesse dia o tempo estava meio nublado, o que foi a nossa salvação, pois não existe muita sombra pelo caminho e a gente não tinha levado boné ou chapéu ou qualquer coisa pra cobrir a cabeça - mais uma pra lista de mancadas que não devem ser repetidas em viagem alguma.
Depois de trezentas milhões de paradas (a maioria pedida por mim :D o que deixava a Dori louca) conseguimos uma carona a 500 m do lugar onde começava a subida, mas foi altamente válida, porque estávamos mortas, eu com o pé doendo por causa da falta de um tênis de caminhada, as duas com dor nas costas por causa do excesso de bagagem (mochilas, sacolas de compras e um violão).


O começo da ladeirinha
São 500 m de subida até a casa da minha mãe, que ainda não está pronta e não é onde iríamos ficar, mas que tem uma vista privilegiada, bananeiras (Brazópolis é a cidade das bananas, parece que o povo só sabe plantar isso lá), açaizeiros e otras plantitas mas. Fizemos uma paradinha lá pra recuperar o fôlego, foi meio tenso subir por causa da lama e ladeira íngrime.
Os açaís do quintal da mãe

Vista do quintal do Ariel
A casa do Ariel, onde a gente ficou, fica logo depois da casa da minha mãe, a uns 200 m e uma trilhinha leve. Lá é a morada temporária da minha mãe, com uma horta linda, cachoeira e um fogão a lenha de dar inveja. Descobrimos que a manteiga vazou e sujou umas coisas na mochila assim que chegamos, mortas de fome e loucas pra começar a fazer o almoço. Depois de limpar a bagunça mandamos ver no fogão a lenha e o almoço ficou, modéstia a parte, uma delícia. Ou era só a fome, mesmo.

Os legumes e verduras (exceto a cebola) a gente pegou na horta, um luxo que poucos têm. Fresquinhas e mais deliciosas que qualquer uma de qualquer mercado por aí.

A produção do rango
Nosso quarto, sala, metade da cozinha...
Depois do almoço resolvemos ir fazer uma parede de pau a pique na casa da minha mãe, que só terminamos no dia seguinte, com a ajuda do David, que mora lá. É uma experiência muito boa, e a gente vê que é capaz até de levantar paredes. Construir a casa da minha mãe está sendo único. Cada canto guarda as marcas de um momento, da pessoa que colocou o barro ali e trabalhou pra tornar uma casa que está só no pensamento em algo real e palpável, sem gastar nada, já que o bambu é dali e o barro que usamos é resultante das áreas que o pessoal tira pra aplainar o terreno.


A parede pronta
Depois disso aproveitamos o lugar indo à cachoeira do terreno do Ariel, tocando violão, escutando a chuva (caiu um puta pé d'água), fazendo comida no fogão à lenha (a segunda melhor terapia depois de construir a parede), e acabamos dormindo uma noite na casa do Davi. Na volta, a estrada estava bizarra de escorregadia e enlameada, mas, novamente, não estava sol. Demos mais sorte que na ida e conseguimos uma carona com menos de 15 minutos de caminhada até o ponto de ônibus.
Às seis da tarde do mesmo dia já estávamos em Rio Claro, pra lá de cansadas e cheias de histórias pra contar.

Dori linda, a doida que aceita empreitadas mirabolantes comigo!
Vale a pena (e não é só porque minha mãe mora lá!).


Boa Viagem!

Fonte: http://mochiladocemochila.blogspot.com/2011/01/viagens-antigas-brazopolis-mg.html

Brazopolense em Joplin conta como foi tornado que devastou a cidade

O brazopolense Rafael Silva, de 26 anos, é estudante de comércio exterior na Missouri Southern State University, em Joplin, em entrevista ao G1 contou como foi vivenciar o tornado que devastou a cidade no domingo, dia 22 de maio.Deixando ao menos 116 mortos, segundo autoridades.

Natural de Brasópolis, em Minas Gerais, Rafael se mudou para os Estados Unidos em 2007, e há dois anos vive em Joplin. Ele estava trabalhando no campus da universidade quando o tornado atingiu a cidade, que tem cerca de 50 mil habitantes.

"Quando o tornado tocou o chão, estava mais ou menos a uns 400 ou 500 metros de onde eu trabalho. Aí foi assustador, porque você não sabe a direção que ele vai tomar. Felizmente, ele foi para o outro lado", conta. Ele explica que ficou sabendo da área onde o tornado tocou o chão porque uma colega recebeu a informação por mensagem no celular.

Rafael lembra que as sirenes de alerta começaram a soar por volta de 17h30 no horário local. "Ficamos assustados, mas como sempre toca o alarme você nunca imagina o que vai acontecer realmente. Quando as luzes começaram a piscar, olhei lá fora e vi que metade do céu estava preto e a outra metade, clara. Pensei: 'isso não é normal'", afirma.

Ele e outros funcionários se dirigiram ao abrigo do edifício em que estavam, e só saíram de lá por volta de 18h30.

"Depois fui com outro amigo brasileiro tentar chegar ao local [mais devastado] e ver se precisavam de ajuda, mas estava muito trânsito. Estava ficando escuro porque desligaram a eletricidade da cidade pra nao correr risco de explosão. O cheiro de gás estava muito forte por lá", relata o estudante. "O [supermercado] Wal-Mart em que eu fazia compras, a cerca de 1,6 km do meu trabalho, ficou completamente destruído."

Voluntários
No dia seguinte, o brasileiro chegou a ajudar como voluntário na universidade, que montou um acampamento em um ginásio para receber os desabrigados. "Hoje de manhã eu estava ajudando a inscrever mais pessoas que querem ser voluntários e também recebendo telefonemas, [há] muitas pessoas ligando pra saber dos parentes", afirma.

"Está todo mundo envolvido, muita gente está vindo também de outras cidades para ajudar, comprando comida, água, e levando para as famílias", relata. Segundo ele, as aulas da universidade que estavam programadas para voltar nesta segunda (23) foram adiadas por conta da tragédia.

Destruição em um minuto
Rafael contou também do relato que ouviu na noite de domingo, ao passar em um comércio local com o amigo brasileiro. "Um homem falou que, quando aconteceu, ele pegou a família toda e foi para o banheiro da casa. E da casa inteira, só o banheiro não foi destruído. Ele disse que foi muito rápido, em questão de um minuto a casa estava toda destruída", relata.

Fonte: http://g1.globo.com

SUBVERSIVA PRIVACIDADE (1) - Renato Lôbo

No extremo de Roraima, o extremo-extremo do país, ainda há tribos indígenas vivendo em moldes pré-colombianos. Só pra encurtar a conversa, todos os índios moram juntos em uma grande oca. O limite separador de cada célula familiar é a incipiente fogueira que arde em frente a cada “lar”, onde cada grupo familiar prepara separadamente o próprio alimento. (Aliás, fogo e lar são sinônimos: sinta a palavra “lareira”. Aliás, de novo, não preciso dizer que o ambiente interno tem a cara de rua em que passa o caminhão de fumaça mata-mosquito.) Os índios dormem em redes e praticam sexo ali mesmo, sem os preparativos, os antecedentes e os preparatórios. Apenas praticam sexo e está bom e é só. Porém, quando querem “namorar”, aí, a coisa muda de figura: eles fogem para o mato. É isso mesmo, fogem. Sem a fuga, que graça teria? Sexo por sexo, fazem ali mesmo, na “rede de casal”. Observe que, mesmo à beira do Rio Branco, nos cafundós do Brasil, entre os índios, sexo é uma coisa, e sexo com namoro é outra coisa, totalmente diferente. Entre uma e outra, existe a fuga, o mato e a privacidade.


A autora Elisabeth Gilbert, no livro Comprometida, tem um jeito deliciosamente próprio de mostrar que a privacidade não é assunto pra conversar na sala; o próprio tema “privacidade” já pertence à esfera privada. Os filósofos haviam entendido isso há muito tempo quando concluíram que em toda cultura humana (perdoem-me a redundância) é justamente do muro que separa o público-privado que emerge a própria civilização. Mais. A percepção que os filósofos têm do mundo ocidental é a de que a cultura ocidental se ergueu, apoiando-se em duas visões de mundo, ao que tudo indica, rivais: a grega e a hebraica, o público e o privado. O lado que adotarmos com mais intensidade determinará em boa medida como vemos e vivemos a vida. O que distancia uma da outra é o modo de cada uma operar, justamente, a questão da privacidade.


Dos gregos, herdamos as idéias do humanismo secular e da inviolabilidade do indivíduo. Os gregos nos legaram noções como democracia, igualdade, liberdade pessoal, razão científica, liberdade intelectual, abertura de pensamento e o que hoje chamamos de “multiculturalismo”. A noção grega da vida é urbana, sofisticada, investigativa, com espaço garantido para a dúvida e o debate. Numa palavra, aberta.


Do outro lado, há o modo hebraico de ver o mundo. Quando diz “hebraico”, a autora não se refere especificamente aos princípios do judaísmo. Há muitos judeus contemporâneos que são gregos, enquanto a maioria dos cristãos fundamentalistas é profundamente hebraica. “Hebraico”, no uso que filosofia faz da palavra, é a cosmovisão que tem como referências o tribalismo, a fé, a obediência e o respeito. O credo hebraico se baseia no clã, patriarcal, autoritário, moralista, ritualista e instintivamente desconfiado de estranhos. O pano de fundo do pensamento hebraico é maniqueísta: vê o mundo como um joguete entre o bem e o mal, com Deus sempre firmemente do lado do bem, que é, claro, o “nosso” lado. As ações humanas são certas ou erradas. Não há área cinzenta. O coletivo é mais importante do que o individual, a moralidade é mais importante do que a satisfação e qualquer promessa ou voto é sempre inviolável. A noção de vida hebraica é fechada.


A cultura ocidental, que brotou dessas duas visões de mundo, sempre quis conciliar as duas e nunca conseguiu por uma simples e barata razão: elas são inconciliáveis. Não obstante, nossa sociedade tenta ser um amálgama desse emaranhado greco-hebraico, como se fosse possível colocar uma dentro da outra. Nosso código jurídico é quase todo grego; nosso código moral, quase todo hebraico. Não temos nenhum modo de pensar a independência e singularidade do sujeito que não seja grego. Não temos nenhum modo de pensar a retidão de caráter que não seja hebraico. Nossa noção de justiça é grega. Nossa noção de justeza é hebraica. E vai por aí, não deixando nenhuma lacuna humana que não seja preenchida com a especificidade de cada sistema.


Mas nenhum canto humano denuncia tanto a inconciliável junção desses pensamentos como, por exemplo, o amor. Enquanto hebraicos acreditamos que o amor que conduz ao casamento é um voto que jamais (jamais!) pode ser rompido. Enquanto gregos, sabemos que o sujeito pode fazer opções ao longo da vida e que essas opções mudam, simplesmente, porque a vida, sem pedir licença, também muda.


O pior (ou melhor!) é que as duas idéias podem ser verdadeiras ao mesmo tempo. O melhor (ou pior!) é que podemos transitar entre as duas, mesmo correndo o risco de pular daqui pra lá e de lá pra cá. A visão hebraica – ou bíblico/moral – se baseia na devoção ao trans-imanente. Acreditar nisso, piamente, é fundamental, porque só isso confere a garantia de que alguns precisam para tocar a vida e seguir em frente. A visão grega – ou ético/filosófica – se baseia também na devoção, mas ao imanente-trans, feito de investigação, beleza e um intocável respeito à expressão pessoal. E também acreditamos plenamente nisso. Talvez, não piamente, mas decerto plenamente. A urgência do “piamente” se transforma quando não há tantas urgências assim, ou quando o pensamento consegue dar conta delas.


Continuando a falar de amor, o amante grego perfeito é erótico, o amante hebraico perfeito é fiel. A paixão é grega, a fidelidade é hebraica. Enquanto gregos, não suportamos sacrificar o eu no altar da tradição: isso nos soa opressor e apavorante. Enquanto hebraicos, não cogitamos sacrificar a tradição no altar do eu: isso é praticamente sacrílego. Em outros termos, a questão pode ser dita assim. Você pode se oferecer como pasto ao grande Outro (Você não se casou! Não vai casar? Não vai ter filho? Um só? Não vai trocar o apartamento? E a casa da praia? E o carro? Um só? E a escola do filho? A faculdade? A pós-pós-pós?) Ou pode dizer a esse sujeito: com sua licença, vai cuidar da sua vida!


No que diga respeito ao meio social, quando o amor se torna casamento, a situação se complica um pouco mais porque o casamento não é uma promessa feita a outro indivíduo: essa parte é fácil. O casamento é uma promessa feita a outra promessa. Não se trata mais da questão especular da paixão. Não há mais espelhos, pelo menos, não é isso que interessa ao meio social. Ao meio social, interessa que o novo casal seja feliz e que, se possível, cause o menos problema possível. Dessa forma, há quem fique casado para sempre não necessariamente por amar o cônjuge, mas por amor aos próprios princípios que são, quase sempre, os do próprio meio. Essas pessoas levarão para o túmulo uma total lealdade, mesmo a alguém que detestaram a vida inteira, apenas (e a palavra certa não é, bem, “apenas”, certo?) porque prometeram algo a alguém diante de alguém, de Alguém, ou de alguns, e não se reconheceriam mais, caso quebrassem a promessa.


Chegamos à questão do casamento, da privacidade e da intimidade de dois seres que se elegeram mutuamente. Comecei essa arenga toda ao redor da questão do amor, mas eu não via a hora era de chegar aqui: na inviolável, irreprimível e desconcertante parceria humana.

23 de maio de 2011

QUE POLÍTICA DE EDUCAÇÃO É ESSA QUE ESTAMOS VENDO EM BRAZÓPOLIS? - José Carlos Dias

Vista externa do Muro novo do Grupão
Vista do antigo pátio gramado onde os alunos brincavam
Vista do Colíegio e Quadra que pode desaparecer

Vista do Grupinho com os mourões de cimento da nova cerca de tela
Na reunião do último dia 17/05, eu, Vereador José Carlos Dias, fiz um alerta à Comunidade e aos demais vereadores. Falei da questão sobre a redução dos espaços das escolas Municipais: Cel. Francisco Braz e Cônego Teodomiro e também da tentativa do Executivo de tomar o espaço da quadra da Escola Estadual Presidente Wenceslau, alertei que os recursos do FUNDEB, que deveriam ser aplicados para melhorar as condições de ensino, o que inclui a melhoria das áreas internas das escolas, está, na verdade, sendo aplicado para diminuir as áreas onde os alunos podem fazer atividades físicas. Disse que assim aconteceu no “Grupão”, onde o muro construído com recursos do FUNDEB, não foi feito para melhorar o espaço das crianças, mas sim construído com o objetivo de aumentar o espaço da rua que passava paralela ao local e pertence a um loteamento particular. Que nesta escola, o pátio das crianças foi aterrado, o gramado danificado e até hoje não foi consertado. Os pais de alunos já fizeram até abaixo assinado e nada foi feito. Onde está a Secretaria Municipal de Educação? Mas o nosso “Grupinho” também passa por reformas, a Câmara já pediu os projetos para analisar, só que até hoje não recebeu resposta. No entanto já podemos perceber que a área da escola será reduzida e muitas escadas estão sendo construídas na parte interna da escola. É difícil imaginar, mas certamente a Secretaria de Educação vai encaminhar uma justificativa plausível e que contemple os melhores conceitos pedagógicos para defender essas mudanças “cabulosas” na escola. Estamos esperando. Outra medida de mesmo nível é a tentativa do Executivo de tirar a área do Colégio para transformá-la, me parece, em ruas e estacionamento. Pode ser que também existam princípios pedagógicos para tal idéia, pois tem até professores defendendo a coisa. Um recado aos pais e alunos. Vai ter eleição para diretoria da Presidente Wenceslau, observem as chapas, esse voto pode ser decisivo nessa questão. Pode ser que somente eu esteja vendo essas coisas, mas me parece, apesar de não ser especialista em educação, que tudo isso pode ter alguma finalidade, menos melhorar a qualidade da educação que, diga-se de passagem, deveria ser a função principal da Secretaria Municipal de Educação.

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