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5 de maio de 2011

VASTO MUNDO - Elisa Di Minas

Embora não seja Raimundo

E nem me chame Drumonnd
Perfuro os furos do mundo
Estonteantes manhãs.
Com meu olhar meio vesgo
Pincelado de anarquia
Eu visto a fantasia
Me cubro de nostalgia
Nas paredes que são vãs.
E lá colada, perpétua,
A sina de quem é só.
Quero virar Raimundo
Florbela
(que não espanca)
Cecília, Adélia ou Maria
Só não quero essa Elisa
Que pinta clarão de lua
Que molha pés em regato
Que beija montanha crua
Que se veste tão despida
E se descobre na lida
De quem nasceu pra ser só...

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo, amiga!!!

Victor Said disse...

Por vezes vi Elisa vestida de Minas, andando livre e sem medo de estigmas. Eram Elisas, brisas, vidas e sonhos, tudo numa só! Só não era só o seu verso, pois levava junto dele a poesia.

E o que dizer dos versos de Elisa? Nada! O melhor é ficar aqui, só sentindo o lirismo penetrar n'alma.

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