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12 de julho de 2012

Encontrei uma das pedras de DRUMMOND - Elisa Di Minas

 
"" Alguém me falou que eu tenho que ser MAIS PROFISSIONAL e MENOS EMOCIONAL...e eu voltei pra casa pensando muito sobre isso. Nesse pensar acabei analisando meus últimos conturbados anos de trabalho e busquei imaginar como seriam sem a emoção...e foi aí que percebi que deveria ter mandado o alguém ir catar coquinho no asfalto, ou ver se eu estava na esquina, ou ir a puta que pariu, porque meu trabalho não existe sem emoção, porque ele não existe sem amor. Eu olho nos olhos de cada aluno, eu os abraço nas dores que a vida lhes oferece, eu sorrio e comemoro as vitórias, eu engulo as lágrimas na tentativa de amenizar as derrotas que eles vivem...e ele me fala pra ser menos emocional? E pensei mais ainda, pensei na interessante maneira de olhar desse alguém que um dia elogiou e positivou MEU EMOCIONAL agarrado no PROFISSIONAL, porque naquela situação lhe convinha, porque naquela situação lhe era favorável...e sorri com essa minha boca torta, de dentes vazia...e sorri na percepção de que meu herói não passa de um homem comum, assim como tantos outros, assim normal, assim sem nada a acrescentar, só um ideologismo comprado numa loja de 1,99, um ideologismo que se quebrou frente a minha babaca e irritante mania de acreditar em sonhos e seres sonhadores...e eu caminho tropeçando, escorregando, caindo, levantando...tudo por culpa dessa emoção que faço questão de carregar. 

Escrito por Elisa di Minas numa triste noite em que perdeu seu herói.""

6 comentários:

Anônimo disse...

Elisa, não sei o que houve mas concordo com você!
Um "profissional" que não se emociona, que não se preocupa com o outro, vai sempre deixar a desejar.
Continue assim que, é difícil, mas você vai encontrar heróis de verdade.

Anônimo disse...

Todo bom profissional tem que ser emocional. Os profissionais que não colocam a emoção em seu dia a dia se perdem na mediocridade e não fazem diferença para a humanidade. Estes são como máquinas, sempre comandados por outras pessoas e quando acaba a energia não sabem o que fazer.

Anônimo disse...

Não existe heróis, isso é coisa de ficção ou ilusão quando temos a cabeça fazia e fraca. Quando encheres e fortaleceres sua mente, ai sim, serás o herói de sim mesmo e vencerás todos os obstáculos.

Flora Maria disse...

Lembrei-me de minha mãe,professora primária com muita honra,cheia de emoções!a razão?ficou em segundo plano.

Elisa di Minas disse...

Existe necessidade de heróis, para que a humanidade nao perca seus sonhos e seus ideais.
Acredito que, realmente, minha cabeca seja fraca e vazia, pois ela esta sempre transbordando de vazios e acaba me enfraquecendo, rs

Roseira disse...

Quantas e inúmeras são as pedras que encontramos por aí. Damos volta, subimos, sentamos, descemos, implodimos, desistimos, voltamos, choramos, enfrentamos, construímos, moldamos, esculpimos, versejamos e mesmo assim, elas estão lá: no meio do caminho. Pedras são insensíveis. Não entendem nada de emoção, de calor, de vida. São soberanas por si próprias. Devem guardar em si as respostas dos tempos, das mesmices, das intermináveis faces carrancudas da existência. São profissionais no que fazem. Mas o profissional que trabalha com a Educação, com o ser humano, com o desenvolvimento das pessoas não pode ser pedra no meio do caminho, tem que ser pedra da base de cada um e esse tipo de profissional sabe muito bem que o seu profissionalismo deve estar sim, pautado, misturado, engendrado, consumado e sempre comungando da emoção. Se não o for, estaremos condenados as massificações, as alienações, a mecanização. As máquinas sim, essas estão livres de emoções, tais como as pedras. E os profissionais que trabalham com elas devem ter cuidado para não serem como elas: de um profissionalismo seco, vazio e superficial.

Se há pedra no caminho, se o herói morreu e tudo parece caminhar para o discurso do gélido profissionalismo. Ainda sim, há quem possa se erguer e mostrar sua carne em dor, em nome da flor! Sem esse tipo de gente, e vejam bem, não faríamos pontes, nem arranha-céus, nem igrejas, nem barcos, nem naves espaciais. E estaríamos ainda, vivendo na idade da pedra!

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