6 ANOS LEVANDO AS NOTÍCIAS DA TERRINHA QUERIDA

AQUI, FÁTIMA NORONHA TRAZ NOTÍCIAS DE SUA PEQUENA BRAZÓPOLIS, CIDADE DO SUL DE MINAS GERAIS.

E-MAIL DE CONTATO: fatinoronha@gmail.com

11 de julho de 2012

D. Maria Aparecida Guerson Nogueira – Newton Alfredo Ribeiro Noronha



Ganhei uma segunda mãe,  quando me casei com Regina. D. Aparecida não era apenas uma sogra, era uma segunda mãe, tão solícita e santa, quanto minha mãe D. Fia.
Uma,  D. Fia era a mãe dos meus dias, a mãe das minhas dores e dos meus louvores, a mãe que era mais mãe que todas as mães do mundo.
Outra, D. Aparecida, era a mãe que me adotou; a mãe que me recebeu por amigo, a mãe que me presenteou com uma flor.
D. Fia me gerou para a vida, pelo amor.
D. Aparecida me deu Regina para gerar, pelo amor, a vida de meus filhos.
A primeira vez que encontrei D. Aparecida foi quando a vi subindo um daqueles inúmeros morros – travessas inclinadas que divide quarteirões e une ruas da paisagem planaltina da nossa querida Brazópolis. À primeira vista, pareceu-me uma mulher frágil, cansada, com a saúde no limite. Embora estivesse certo quanto a última acertiva, enganei-me, redondamente, no que julgava na primeira, porquanto, após conhecê-la melhor, no azáfama de seus dias, pude constatar e admirar a mulher forte, a mãe coragem de dez filhos. A mulher que não se abatia diante da sorrateira angina que lhe dava alguns sustos mas não minava seu grande amor à vida e nem lhe tolhia a disposição para os afazeres domésticos.
Era uma dama no trato com as pessoas. Solícita e carinhosa com a família, criou a prole numerosa com generosidade e imenso amor materno. Forte de espírito e alegre com a vida, arrostou todas as dificuldades ao lado do marido, Sr. Joaquim Hygino (falecido em 01 de janeiro de 1991).
Adorava os netos e era pródiga em cuidados com os mesmos, estando sempre presente quando eles chegavam para a luz. Era uma pessoa iluminada que esparzia o bem estar junto as pessoas que a cercavam. O seu imenso coração lhe pregou a última peça. Assistida com todo o carinho pela filha Terezinha – Irmã Marisa, da Providência de Gap- que era diretora da Santa Casa e Maternidade de Itajubá, partiu, em 16 de novembro de 1982, com 64 anos, para a casa do Pai, com a serenidade dos justos, deixando-nos mais pobres da sua presença.

Crônica do livro “Saga de um Tabelião”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por dar a sua opinião.
Elogie, critique, mas faça isso com educação.
- Comentário com palavras de baixo calão será excluído.