Quando foi embora de Brazópolis? Em 1967. Formei-me pelo Colégio Comercial Brazópolis em 1966 e adoraria reencontrar a turma.
Quantos anos tinha? 18 anos.
Deixou parentes aqui? Quais? Família Pereira Gomes (D. Alexandrina, D. Luzia - minhas tias por parte de pai), o Hélder - meu primo, filho da falecida Inês Moraes, família Sandy - da Dora, Rafael, etc. meus primos.
Por que deixou a cidade? Por motivo de trabalho. Fiz concurso para o Banco da Lavoura no Rio de Janeiro, aos 17 anos, e vim ao completar 18 anos, já para assumir como bancária.
Onde mora hoje? Continuo no Rio de Janeiro onde moro há 43 anos. O Rio me recebeu de braços abertos. De onde eu morava ou trabalhava eu sempre avistava o Cristo Redentor, e por isso eu o tenho no meu Sítio Relicário em Itajubá - ele é lindo!
O que faz aí? Estou aposentada pelo BNDES - grande casa e não posso me queixar. Estou fazendo o 7º período de Pedagogia, na Universidade Estácio de Sá, pois pretendo trabalhar com EJA - Educação de Jovens e Adultos. Não dá para ficar parada. Tenho a quem puxar. Tenho 2 meninas e 1 menino de 26 anos: Denise, Carolina e João Batista. Todos bem, obrigada. Cada um com sua personalidade. Denise é bancária no BNDES, - é formada em Engenharia Agronômica, Ciências Contábeis e trancou Administração por uns tempos; Carolina tem duas matrículas como professora (ama), é Pedagoga com 3 pós e o João Batista fez 7 períodos de Psicologia (trancou), mas está agora no 3º período de Administração. Também estudei bastante - tenho formação em Administração, Ciências Contábeis e Direito. Talvez quando eu terminar Pedagogia faça uma pós em EJA.
Estudei um pouco de Esperanto - a língua universal, Espanhol (que eu amo) e tranquei Inglês no 5º período, porque de repente percebi que o tempo não é bem a gente que faz, ficou muito apertado. Ainda vou voltar. Trabalho também num Centro Espírita, e sou espiritólica. Gosto muito do que eu faço. (por isso meu compromisso sério aqui no Rio).
Com que freqüência visita Brazópolis? Pelo menos de dois em dois meses. A saudade é imensa. As raízes são muito fortes, assim como as raízes que eu tenho aqui no Rio de Janeiro.
Do que mais sente saudades? De tudo. Não troco minha infância e juventude por nada deste mundo. Da Cascata, da piscina do Helianto, das longas caminhadas, do passeio ao Santo Cruzeiro fazendo a ladainha com certeza, de andar a cavalo que eu andava muito bem, mas hoje eu tenho medo, dos maravilhosos bailes que havia, do Carnaval, das festas religiosas, da cultura que aí se vive, dos muitos amigos e parentes e outras saudades mais.
Pretende voltar a morar aqui um dia?Gostaria muito, porém meus filhos estão no Rio e eu sei que ficaria muito saudosa deles. O futuro dirá.
O que Brazópolis representa pra você? Uma cidadezinha encantadora, incrustrada nas montanhas, de ar puro e de uma paz muito grande. Amo-a de paixão.
Cite uma coisa ruim daqui: Nada a citar. Quando se cultiva o hábito de amar, nada nos parece ruim.
Cite uma coisa boa:Tudo e todos.
Cite uma pessoa do passado de Brazópolis que você admira: São muitas pessoas. Uma que eu estimava muito foi o Sr. Benedito Mendonça e seu filho Chiquito Mendonça, o qual deu â mamãe a possibilidade de trabalhar na Prefeitura, tirando-a da bicicleta que ela ía dar aula em frente à sua fazenda na estrada Itajubá-Brazópolis, não me lembro o nome do bairro, e também da escola no "Buraco" que era 9 kms de distância (de morros) ao todo 18 kms, todos os dias, e ela ía grávida do último filho - o José Renato, ela chegou a cair num mata-burro, mas felizmente nada de mais grave lhe aconteceu. O Ben Faria também dava carona à ela quandoo ele ía para a fazenda. Ainda visito, com ternura, a D. Maria Noronha que foi minha professora de Geografia no Ginásio Brazópolis. Tem muitas pessoas maravilhosas e não dá para citar todas. Tenho visitado mais a Anita Gonzaga, vizinha e amigona de longa data.
Não posso me esquecer de citar a D. Olguinha (foi minha professora no Grupão e eu estudava em sua casa também,no Acácio) que sempre me chamava para substituir alguma professora faltosa, e eu ía empurrada pela minha mãe; afinal era para estar na escola daí a 5 minutos e eu não tinha tempo de preparar nada, mas eu dava conta daquelas crianças maravilhosas.
Uma pessoa de hoje que admira: A cultura que é desenvolvida na cidade. Adoro ver as representações teatrais. Gosto muito do TAB, do Coral Vozes de Euterpe, das escolas no carnaval, etc.
Deixe uma mensagem aos brazopolenses: É muito difícil expressar em poucas palavras, todavia aproveito a poesia de um de nossos hinos do Brasil: "Criança! Não verás nenhum país como este. Imita na grandeza a terra em que nascestes!"
Devo falar também dos templos que temos: a Matriz de São Caetano (que por sinal tem uma história belíssima), a Matriz de Nossa Senhora Aparecida e as diversas capelas espalhadas pelos bairros.
Qualquer dia eu mando uma foto em que eu esteja muito bem, para não decepcionar os "amigos". Afinal, ainda que eu tenha 25 e alguns o tempo passou, porém eu ainda tenho bastante garra, Graças à Deus.
Li no seu blog que a Cascata havia se recuperado, mas um temporal a devastou. Espero que a recuperem logo, para nosso querido povo poder desfrutá-la. Ela é linda!
Feliz Natal e radiante Ano Novo para você(s).
Beijos (irei depois do Natal passar uns dias na região, pois o calor aqui é uma loucura).
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