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26 de novembro de 2015

VÍCIO TECNOLÓGICO PODE DESENCADEAR DOENÇAS E TRANSTORNOS MENTAIS



 Conexão constante caracteriza-se pela fuga da realidade, segundo especialista
  
Uma das características da dependência tecnológica é negligenciar tarefas cotidianas  

BRUNO YONEZAWA
YAGO DELBUONI
  
Os aparelhos eletrônicos estão presentes em todos os momentos, no trabalho, em casa, até mesmo em momentos de lazer. No entanto, se usados em excesso, o que era sinônimo de facilidade e praticidade, torna-se um problema.

A experiência de sentir o celular vibrar no bolso sem ele balançar é uma espécie de alucinação chamada de Síndrome da Vibração Fantasma e pode ser causada devido ao uso constante do aparelho. Essa é apenas uma das consequências de vício tecnológico.

O psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu, especialista no tratamento de dependência tecnológica, disse que esse tipo de vício pode ser comparado à dependência química. “O usuário fica cada vez mais tempo conectado à internet e aos aparelhos tecnológicos em busca da satisfação e, com isso, não consegue se desprender desse hábito”, contou.

A psicóloga comportamental Angélica Capelari contou que o vício é caracterizado quando a pessoa sofre ao deixar de usar o celular ou computador.

Abreu explicou que “o indivíduo passa a apresentar irritabilidade quando está longe de aparelhos tecnológicos”. Ele relatou, ainda, que há o comprometimento das relações sociais e de trabalho, em função da negligência das atividades cotidianas.

Ainda não considerada uma doença oficial e, sim, um diagnóstico experimental, a dependência tecnológica desenvolve-se quando “o usuário busca na tecnologia, um refúgio. É uma forma de fuga da realidade”, falou Abreu.

Angélica relatou que, para deixar o vício, é preciso procurar outras formas de informação. “Ao invés de utilizar o celular ou computador, algumas alternativas são ir à biblioteca ou ao cinema.”

Já Abreu recomendou a procura por um profissional de saúde mental. “O usuário será acompanhado por um psicólogo e psiquiatra e, ainda, submetido à psicoterapia (atendimento com a finalidade de superar dificuldades emocionais, comportamentais ou cognitivas)”, relatou.

O psicólogo explicou que a própria dependência pode desencadear outras doenças e transtornos mentais. “Essa conexão constante pode desenvolver problemas de coluna e problemas psiquiátricos, como tristeza e depressão.

Dependência x Vício

Angélica alerta que existe uma linha tênue entre dependência e vício tecnológico. “A dependência se dá no momento que precisamos desses equipamentos para realizar tarefas essenciais, como trabalhar ou se comunicar. Já o vício é quando há uma necessidade constante de mexer no celular ou nas redes sociais”, disse.

Já o psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu acredita que a dependência e o vício são a mesma coisa. Devido ao caráter experimental dos estudos na área, não há como definir o termo correto.

*Esta reportagem foi produzida por estagiários da Redação Multimídia da Universidade Metodista de São Paulo

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