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4 de junho de 2012

“Campanhas ...à vista!” – Elizete Esteves


“Os jovens americanos queimavam sua bandeira em protesto contra a guerra do Vietnã, queimavam a bandeira de um país onde todos têm as mesmas oportunidades...
Será que as pessoas não têm consciência de que o Vietnã é logo ali, na Amazônia, que as crianças índias bombardeadas e assassinadas com os mesmos olhos puxados?
Que a África do Sul é aqui, nesse Apartheid disfarçado em democracia, onde mais de cinquenta milhões de pessoas vivem à margem da Ordem e Progresso, analfabetos e famintos?
Eu sei muito bem o que é a bandeira do Brasil, me enrolei nela no Rock’n Rio junto com a multidão que acreditava que este país podia realmente mudar.
A bandeira de um país é o símbolo da nacionalidade para um povo. Vamos amá-la e respeitá-la no dia em que o que está escrito nela for realidade. Por enquanto, estamos esperando”.
Cazuza – Outubro/88

Cazuza se foi e milhões de menores e maiores abandonados esperam por mudanças. “Mentiras sinceras me interessam...”
Mas a dosagem de mentiras anda alta, vamos todos morrer de overdose. Até outubro vamos ouvir tantos projetos e planos de governo, que se houvessem varinhas mágicas de condão, tudo estaria resolvido. Mas depois,  fica tudo tão normal, ou pior, “igual” e consequentemente “chato”. A máfia continua, a tramoia continua, os coronéis persistem e por incrível que pareça a gente não desiste e nem tão pouco “eles”. Não é acreditável que o calor voltou? Inacreditável é que os coloridos se reapresentando.

E por falar em reapresentar, parece que o quadro político aqui vai se chamar “o retorno de Jeday”, muitos querem voltar, outros querem ficar. Só falta repetir as promessas; e os dedinhos em riste? Esses eu quero fotografar. Para quem não sabe, na psicologia esse famoso dedo indicador apontado ao falar, significa “autoritarismo”. É assim que eles vão continuar falando se chegarem ao poder. Espero que as campanhas e os comícios sejam  mais criativos; já está muito cansativo “500 anos” do mesmo jeito? “ Haja paciência”. Já fomo colonizados demais; enganados demais por essa “democracia” de fachada.
Chega!
Vamos abrir os olhos, criar e viver.

“Vamos pedir piedade/Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde”

Elizete Esteves – Aperitivo – Ano 2.000

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