“Os jovens americanos queimavam sua bandeira
em protesto contra a guerra do Vietnã, queimavam a bandeira de um país onde
todos têm as mesmas oportunidades...
Será que as pessoas não têm consciência de
que o Vietnã é logo ali, na Amazônia, que as crianças índias bombardeadas e
assassinadas com os mesmos olhos puxados?
Que a África do Sul é aqui, nesse Apartheid
disfarçado em democracia, onde mais de cinquenta milhões de pessoas vivem à
margem da Ordem e Progresso, analfabetos e famintos?
Eu sei muito bem o que é a bandeira do
Brasil, me enrolei nela no Rock’n Rio junto com a multidão que acreditava que
este país podia realmente mudar.
A bandeira de um país é o símbolo da
nacionalidade para um povo. Vamos amá-la e respeitá-la no dia em que o que está
escrito nela for realidade. Por enquanto, estamos esperando”.
Cazuza –
Outubro/88
Cazuza se
foi e milhões de menores e maiores abandonados esperam por mudanças. “Mentiras
sinceras me interessam...”
Mas a
dosagem de mentiras anda alta, vamos todos morrer de overdose. Até outubro
vamos ouvir tantos projetos e planos de governo, que se houvessem varinhas
mágicas de condão, tudo estaria resolvido. Mas depois, fica tudo tão normal, ou pior, “igual” e
consequentemente “chato”. A máfia continua, a tramoia continua, os coronéis
persistem e por incrível que pareça a gente não desiste e nem tão pouco “eles”.
Não é acreditável que o calor voltou? Inacreditável é que os coloridos se
reapresentando.
E por falar
em reapresentar, parece que o quadro político aqui vai se chamar “o retorno de
Jeday”, muitos querem voltar, outros querem ficar. Só falta repetir as
promessas; e os dedinhos em riste? Esses eu quero fotografar. Para quem não
sabe, na psicologia esse famoso dedo indicador apontado ao falar, significa “autoritarismo”.
É assim que eles vão continuar falando se chegarem ao poder. Espero que as
campanhas e os comícios sejam mais
criativos; já está muito cansativo “500 anos” do mesmo jeito? “ Haja paciência”.
Já fomo colonizados demais; enganados demais por essa “democracia” de fachada.
Chega!
Vamos abrir
os olhos, criar e viver.
“Vamos pedir
piedade/Senhor, piedade
Pra essa gente
careta e covarde”
Elizete
Esteves – Aperitivo – Ano 2.000
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