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30 de junho de 2012

Amor: Manual de Instruções - Patrick Reis


 Que tal falarmos de amor?! Mas o que, necessariamente?! Não sei, afinal, ando meio confuso com relação ao que é AMOR. Mas falo de todo tipo de amor, entre homem e mulher, entre duas mulheres, entre dois homens, entre pai e filhos, entre mãe e filhos, entre irmãos, entre amigos, entre todas as possibilidades de relação que o universo nos proporciona.
Errar para com quem amamos é comum, todo mundo o faz. Logo, quantas vezes não nos questionamos: Porque não existir um manual de instruções para o uso do 'amor'? Amar não é fácil, nunca foi e nem se tornará fácil futuramente. Porque o amor envolve mais de uma pessoa, e necessariamente mais de uma emoção. E tudo que envolve dois pontos de vistas, acaba se divergindo lá na frente.
Muitas vezes damos mais do que recebemos no amor. Nos envolvemos, choramos, gargalhamos e agimos como se tudo fosse acabar naquele instante; ao passo que a outra pessoa parece distante e para simplesmente lhe dizer um 'vamos dar um tempo' é questão de segundos. Mas outras vezes podemos estar no lado oposto dessa rota, pode ser que nós mesmos nos cansemos de um 'certo alguém' e resolvamos viver livremente, sem nem se quer pensar em como vamos apertar a tecla STOP daquela história. Mas dizem que amar é isso... Se jogar de cabeça em algo novo, mesmo que o novo não chegue muito longe. Então, me doar por inteiro ou lançar mão de uma relação em decorrência de um novo amor é 'me jogar de cabeça no novo'.
Vai ver que é por isso que dizem que amor de mãe é o maior do mundo. Porque ela divide sua vida com a gente, se vê impedida de muitos movimentos bruscos, se vê pesada, chorosa, com náuseas. E mesmo assim, nos ama incondicionalmente. Nos ama quando acordamos, choramos, defecamos, quebramos vasos e até em situações mais complicadas. E o mesmo amor prevalece quando ela nos vê virando a esquina e dizendo ADEUS, sem saber quando ou como voltaremos para aquele lugar que um dia chamamos de lar. Ah, mas esse amor entre pais e filhos não precisa de manual. Às vezes nós, filhos, cometemos uns errinhos, assim como eles, mas são raros os casos em que essa relação se perde por inteiro.
Bom, amor entre irmãos não é meu 'forte'. Sou filho único, não entendo muito aquela coisa de dividir os brinquedos, compartilhar os momentos com alguém que seja da sua idade e tenha seu sangue. Mas acho que com o tempo, adquiri quase-irmãos; amigos que eu tenho certeza que eu posso contar e sei que posso levar pra toda a vida. E amor de amigos é aquela coisa, né?! Muitas palavras desnecessárias, muitos afetos sem pleno entendimento, muitas confissões de coisas que achávamos que ninguém nunca saberia, mas que nossa 'boca grande' não se aguenta e desaba, afinal é NOSSO AMIGO. Pois é, acho que o amor de amizade aparece naquele pôr-do-sol sem muita expectativa. Aparece naquelas horas em que você se vê perdido, mas de repente alguém te dá um tapinhas nas contas que parece soar como um 'Conta Comigo'. Aparece naqueles filmes dignos de sessão da tarde, com pipoca e guaraná; ou naquelas noites frias onde o objeto de desejo de ambos passa a ser uma vodca de 8 reais. O amor entre amigos é quase um casamento, ele se preserva na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza. E na sua vida aparecerão vários amigos, mas o 'amor' de um amigo de verdade você vai saber identificar, sem precisar do tal do Manual e Instruções.
Por fim, paro e penso que meu texto pode ter sido em vão. O amor nem sempre precisa de um manual, ele precisa ser vivido em toda a sua forma. E acho que assim como os outros sentimentos que vão se aperfeiçoando com o tempo, ele vai, hora ou outra, se tornar sublime. Não como um filme ou como um conto com final feliz, mas ele terá seu valor e você poderá dizer que AMOU de verdade e não mais questionar esse sentimento.

Um comentário:

Victor Said disse...

Amor... Palavra apenas. Mil significados: descabido, sem noção, sublime sentimento, dor de coração, transcendência de alma, razão de viver, modismo, pertubação, essencial à existência etc. O amor está em voga. É dito não dito nos laços familiares, nas esquinas da profissão, nos lençóis finos e nas entrelinhas da mão. Amor maior é o de deus! Dirá o padre no sermão. Amor dos bons se compra com cem reais! Resmungará o amante das horas pagas. Amor é paixão! Pensará o poeta. Amor é verbo, dirá o linguista rebelde contrariando as regras gramaticais. Eu, mero leitor, digo: amor é ler. Ler o som das sabiás, a imagem do Sol poente coroando montanhas, o calor do abraço, o frio da ausência.

Gostei do texto e adorei passear pelo blog.

Parabéns!

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