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8 de junho de 2012

COITADO DO GATO ! - Fátima Noronha

A família toda na frente da câmara prá tirar a foto e o danado do caçulinha não ficava parado. Sempre que o fotógrafo estava quase conseguindo o danadinho saia correndo atrás do gatinho gritando:
_Vem Mimi, vem!!!
Como fazer uma criança inquieta ficar imóvel olhando para a câmara? Talvez o Mimi pudesse ajudar! O fotógrafo, que já estava nervoso, pegou o gatinho e colocou-o em cima da câmara. E lá estava o caçulinha, sorrindo, paradinho olhando prá câmara. A foto foi tirada .
Depois de tomar um cafezinho feito na hora, José guardou sua câmara na mala, fechou o tripé, e foi embora contente por mais uma missão cumprida.
Chegando em casa, guardou sua mala em um canto do estúdio e foi dormir deixando as revelações para o outro dia.
O dia estava amanhecendo quando José acordou com batidas insistentes na porta.
_ Quem é? Perguntou.
_ Sou eu, seu José, o Antonio... O pai das crianças que o senhor tirou os retratos ontem...
José abriu a porta surpreso.
_ Bom dia Antonio ! O que o trás tão cedo à minha casa?
E o homem todo encabulado:
_ Sabe o que é seu José? Eu fico encabulado de falar, mas é que ontem o senhor, sem querer ,colocou o Mimi dentro da sua mala e trouxe prá cidade. É que meu filho caçula é muito apegado ao gato e teve até febre de noite.
E José meio ofendido quis se defender:
_ Eu nunca colocaria um gato dentro da minha mala!!!
_ É que o senhor, sendo distraído como é, colocou e nem notou. A minha Maria bem que viu, mas ficou com vergonha de falar para o senhor. Não fosse o menino ficar doente, eu nem tinha vindo aqui.
_Se você está dizendo que eu fiz isso, eu vou olhar na mala e se o gato tiver lá o senhor leva para o seu menino. Deus que me livre ser responsável pela doença de uma criança. Você senta e fica à vontade que vou até meu estúdio ver se realmente seu gato está dentro da minha mala...
Minutos depois, José aparece na sala e diante da cara de espanto de Antonio, lhe entrega um gato mortinho e duro.
_ É, eu trouxe mesmo o seu gato, mas parece que na minha mala não entra muito ar!!!!

Crônica do livro " Noronhando... "

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