Outro dia, vi alguém pelo blog da Fátima reclamando uma história
de Raimundo. Senti-me chamado a um duplo dever, assim por cultivar o hobby de
rabiscar lembranças como por haver sido um dos melhores amigos de Raimundo, àquele
ponto de ouvir-lhe e compreender-lhe segredos e confidências. Não me pergunte
sobre uns e outras, que eu nunca trairia a memória de meu amigo. Mas vou contar
de Raimundo como o vi com os olhos e o senti com o coração, antes que se me fechem
uns e me pare o outro.
Era domingo à noite. Terminada a primeira sessão do Cine Teatro
Colored, e dada pelo padre a bênção final da missa das 7 da noite, as voltas na
praça, em torno da igreja, se sucediam, tão religiosamente como a própria missa
e a sessão das 6, as moças desfilando pelo canto sua beleza, os moços pela
beirada estendendo-lhes seus olhos compridos e esperanças de outros olhos que
nos olhos lhes pousassem. As grossas paredes da igreja eram testemunhas silenciosas
do que se passava com os que passavam. Mas o indiscreto sino do relógio, como
se fora um bem-te-vi insone ou extemporâneo, parecia querer cantar tudo ao
mundo, a cada quarto de hora. Namorados se sentavam pelos bancos próximos à
estátua, e, sobrepondo-se a seus murmúrios, o vozerio, as risadas, os gritos de
crianças se levantavam, apenas abafados pelo som do alto-falante do bar do Zé
do Tronco, a esparzir pelas colinas da cidade as vozes bonitas e antigas de
Orlando Silva e Nelson Gonçalves.
E já olhos miúdos se alongavam pelos paralelepípedos, vindos de
trás da porta gradeada do cinema. Que olhos eram aqueles? Tristes? Quem sabe?
Meditativos, certamente. Em que meditavam? Na própria e solitária e aparente
prisão, a confrontar-se e contrastar-se com a festiva liberdade de quantos
passeavam descontraídos? O topete de cabelos cor de fogo, oxigenados e um tanto
crespos, despretensiosamente penteados e arrumados para cima e para trás,
parecia luzir como uma chama de esperança a destacar-se da escuridão que se
adensava sala de projeção adentro, onde novamente se desenrolava o filme, na segunda
sessão. Lá estava Raimundo, as duas mãos seguras na grade da porta, a fronte
apoiada sobre uma delas. Antes, já cumprira sua obrigação de vender bilhetes ou
recolher bilhetes. Ainda antes, já se desincumbira, durante a semana, de
receber as latas redondas que continham os filmes. Da porta onde se encontrava
era possível ouvir os diálogos em inglês vindos de dentro, de permeio a alguma
música circunstante. Lá pelo pullman,
que era como se chamava o balcão do cinema, outros namorados, convenientemente
resguardados e alcovitados por um cúmplice escurinho, trocavam carícias, sem
querer saber de filme. Atrás da porta central, igualmente gradeada, ainda se
podiam adivinhar na penumbra os rostos dos atores, emergentes de fotos do
cartaz do filme que passava, cuidadosamente dispostas na tabuleta pelo mesmo
Raimundo, um faz-tudo no cinema, à semelhança do homem que organizava a festa,
tocava na banda, soltava o foguete e ainda corria atrás da varetinha. Que seria
do cinema sem Raimundo, que seria da festa sem o festeiro? Que o dissesse o
Chico Macedo. Vinda do lado, ainda se ouvia música outra, a desprender-se de
porta e janelas abertas do Clube Wenceslau, onde uma brincadeira dançante (era
como se chamava, à época) tinha lugar, com outros moços e moças rodando pelo
salão, seguramente ao ritmo de um bolero: dois pra lá, dois pra cá eram seus
passos, como muito depois poetizaria a nostalgia da canção, outro bolero bonito.
De bares vizinhos desbordava a algazarra e a alegria de amigos que palravam ao
tinir de copos de cerveja ou de hi-fi
ou cuba libre.
Eram tristes os olhos de Raimundo? Tinham muito para o serem:
afinal, feita até abstração de melancolias outras, estava sozinho e
trabalhando, enquanto todos folgavam, à sua volta. Mas seguramente a tristeza
era apenas episódica e circunstancial. Raimundo era, em regra, a alegria. Se
estava triste, fazia troça do próprio infortúnio, instantaneamente
transformando-o em estrepitosa gargalhada, como quem faz do limão a limonada.
Raimundo gostava de todos, e todos gostavam de Raimundo: afinal, quando por
mais não fosse, todos gostavam de cinema, e cinema tinha o rosto de Raimundo.
Raimundo era uma instituição local, uma figura histórica, antes mesmo de a
história passar. Um símbolo. Era de se prever, pois, que sua solidão não seria
duradoura. Com efeito, apenas alguns minutos após o olhar de Raimundo se
instalar em seu posto de observação, algum passante já se detinha a contar-lhe
e ouvir-lhe as novidades, certamente referentes a algum fato hilariante que
houvesse ocorrido pela cidade. Era então que sua risada sincera e espontânea se
desprendia e espocava e ecoava, antecedida por um característico chiado na
garganta, a marca registrada, algo como uma grife (palavra então desconhecida)
da risada de Raimundo. E a sua própria risada era contágio suficiente para que
outras e muitas mais risadas brotassem e se sucedessem, num círculo virtuoso de
alegria. De repente, uma roda estava formada em frente à porta do cinema,
Raimundo de dentro como maestro a reger a festa, os amigos de fora a executar
instrumentos de sorrisos e brilhos de olhos. Não podia haver tristeza perto de
Raimundo.
Mas Raimundo, fiel ao patrão e à obrigação, não se desgrudava de
detrás da porta, por ele mantida fechada, como se temesse que alguém penetrasse
sem pagar ingresso. Era então que suas grades se mostravam como o próprio
antídoto das grades: de dentro as risadas de Raimundo, de fora as risadas dos
amigos, alegrias desconhecendo e perpassando grades e ultrapassando solidões.
Que prisão seria essa? A alegria de Raimundo era libertadora: prisão risonha e
franca.
E assim era até que um sinal característico, vindo da sala de
projeção, consistente num aumento do volume da música, avisava Raimundo de que
o filme chegava ao fim e era hora de abrir as portas e tirar o cartaz do
caminho dos espectadores. As luzes se acendiam, a tela ainda estampava the end, e os habitués da segunda sessão
passavam por Raimundo, que já vira o filme na primeira, de sua cadeira postada
atrás de todas as poltronas, na entrada da sala, com ele comentando o filme e
os atores: – Essa Gina Lollobrigida é muito bonita, hem, Raimundo? – É, e o
Burt Lancaster, como trabalha bem, não é? – Outro (ou outra) acrescentaria: – E
o Tony Curtis, como é lindo! – O filme fora “Trapézio”.
Raimundo foi o primeiro cinéfilo de que tive notícia, quando
ainda nem se usava a palavra, certamente desconhecida da maioria da população:
conhecia todos os filmes e respectivas músicas, atores, diretores, atrizes...
Não posso esquecer-me nunca de uma noite de segunda-feira em que pôs a tocar a
todo o volume pelo alto-falante do cinema a música de “Suplício de uma
Saudade”, que passava em reprise, levando-me a lágrimas advindas de uma
desilusão de amor que acometera meu ainda tão pequeno coração: Love is a many splendored thing, ainda
me lembro do primeiro verso, tão bem como hoje sei de cor todos os outros. E a
menina estava no cinema, numa poltrona tão longe da minha... Chorei, sozinho e
em silêncio, ainda mais. Noutra ocasião, rodou, a igual volume, antes do início
da sessão, o disco de The Platters, e
ainda hoje não posso ouvir Oh yes, I’m
the great pretender, sem uma lembrança a um tempo pungente e feliz de seu rosto
e seu sorriso. Raimundo parecia sondar-me os sentimentos, providenciando-lhes
imediata rima melódica.
E com que cuidado guardava para mim os pedacinhos de fita
sobrados da emenda de filme que se arrebentara, ao acender de luzes e
consequentes flagrantes de namorados se embaraçando mãos, se ajeitando roupas...
Por essa arte sua quanto tempo guardei figuras coloridas de Rock Hudson, de
Jennifer Jones, de James Dean, de Kirk Douglas, de Vivien Leigh, de Clark
Gable, de Gregory Peck, de Elizabeth Taylor e da legenda de suas falas... E
quantas outras de diligências perseguidas a tiros ou flechas por índios ou
bandidos, de Trigger, o cavalo de Roy Rogers, de Silver, o de Zorro, de Slim
Pickens, o companheiro de Rex Allen... Hoje, dou graças a Deus por que se
tenham perdido: eu não suportaria vê-las sem chorar mais uma vez.
Nos bailes, Raimundo se sentava comigo em um canto do clube e
dali criticava e imitava todas as figuras que via, flagrando-lhes, às
gargalhadas, sempre precedidas daquele chiado, atitudes e gestos: era uma
mulher fumando um cigarro atrás de outro, a lhe provocar a observação: – Fuma
que nem um caipora... – Era alguém que disfarçava e arrancava uma meleca do
nariz, outro que olhava para um lado e para outro, antes de coçar a bunda,
ainda outro que fugia de uma roda contaminada por certo odor desagradável... Eu
ria tanto, que me dobrava. Depois, ouvia comentários, na rua e em casa: – Você
parece um bobo, com esse seu amigo! – Pouco me importava, quem teria um amigo
capaz de envolvê-lo em tanta alegria e inocente e sadia palhaçada? Lembro-me de
um carnaval em que nós dois, bêbados, ríamos a bandeiras despregadas sabe de
quê? Você não vai acreditar: de um incêndio. Homens iam e vinham, apressados e
ansiosos, tentando apagar as chamas, e nós gargalhávamos no meio da rua. Bem,
aí já seria, talvez, caso de internação. Pô, mas nós estávamos bêbados!
Raimundo, certa vez, fez-se portador de uma carta que escrevi a
uma namorada que não mais me queria. E continuou não me querendo, ainda mais
depois de meu papel ridículo e de bobo. Mas Raimundo não me achou bobo nem
ridículo, Raimundo compreendia este coração romântico e talvez antiquado, já
àquela época antiquado. Raimundo era, como eu, um passional de romance. Em
quantas outras oportunidades não fez do ouvido coração para recolher e guardar
meus lamentos de amores unilaterais e incompreendidos?... E eu, de outro lado,
lhe abria o coração para ouvir suas tristezas, que também as tinha, quem não as
teria? Raimundo é inesquecível.
Num outro tempo, dediquei meus préstimos a conseguir-lhe uma tão
sonhada aposentadoria. Eu era um juiz e talvez não pudesse fazer isso, mas fiz,
ora se fiz! Como o faria, se a maior parte de seu trabalho não fora registrada
em carteira, prática comum, na época? Busquei testemunhas e preparei-lhe uma
justificação judicial, assinada por um advogado amigo, para provar seu tempo de
serviço, atestado por tantos papéis velhos e encardidos jogados atrás da tela
do cinema, marcados por sua caligrafia. Lembro-me de que um deles, um tal
borderô, como me disse, ostentava uma data – 1952 – e um nome de filme. Sabe
qual? “Sansão e Dalila”. Tudo com letra de Raimundo. Depois, fiz-lhe o
requerimento apropriado ao alcance de seu sonho, inicialmente indeferido.
Deixasse estar, preparei-lhe um recurso administrativo, que redundou em outra
negativa, em Belo Horizonte. Ora, mas ninguém me demoveria do propósito de
fazer justiça a meu amigo: fiz outro recurso, que ele assinou, dessa vez para o
Conselho de Recursos da Previdência Social, no Rio de Janeiro. Aí, finalmente,
seu sonho foi coroado. Com quanto orgulho e com que boca boa e abençoada
Raimundo o contava para todo mundo: – Foi meu amigo que conseguiu minha
aposentadoria, quem tem um amigo assim? – Disse-o até a um deputado que lhe
pedia voto.
Num outro dia, muito depois de tudo isso, fui ver “Cinema
Paradiso”. Meu Deus, o personagem principal, o projecionista Alfredo, para mim
era Raimundo, e o menino, seu amigo encantado, era eu, me embevecendo com os
pedacinhos de fita que me dava... Depois, ante a morte de Alfredo, o menino, já
grande e cineasta, veio de longe para vê-lo e chorar, enquanto assistia a um
“filme” composto pelo amigo de emendados pedacinhos de fita mandados cortar
pelo padre censor e moralista: cenas de beijos apaixonados. Não, Raimundo ainda
não se fora. Mas eu chorei, como se se tivesse ido, prenunciando, talvez, a dor
que sua partida me causaria. Afinal, ele estava tão longe de meus olhos e tão
perto de meu coração... Chorei num canto de cinema em Copacabana, outra vez um
pranto manso e silencioso. Imagine quando Raimundo se fosse...
E um dia, que há sempre um dia para todos, ele se foi realmente.
Meu Deus, eu soube apenas que estava muito doente, e, quando me preparava para
ir visitá-lo, já com passagem de ônibus comprada e prestes a me encaminhar, à
noite, para a rodoviária, eis que recebo um telefonema de Paulinho, meu
cunhado: – Ó, o seu amigo foi enterrado hoje. – Foi, perdoem-me a expressão,
que não há outra de melhor significado, um chute no saco. Até hoje me dói, como
dói! Não como um chute no saco, mas como um solavanco na alma. E doerá até que
um dia, que haverá outro dia em minha própria vida ou minha própria ida, eu
novamente ouça, lá no céu, talvez, o chiado de garganta que lhe prenunciava e anunciava
a risada. Então, eu rirei também. Riremos juntos da morte, essa velhíssima
sorrateira que não existe, como provaremos.
– Ô Glorinha, lembrança restante de Raimundo, há muito que lhe
devo uma visita para lhe dizer apenas de quanto eu amei seu irmão. E meu amigo,
meu grande amigo. Aceite estas mal traçadas linhas como dedicadas a você.
– Ô brazopolenses, que é que vocês estão esperando para escreverem
o nome do Raimundo numa placa de rua? Haveria de chamar-se, não Rua Raimundo
Firmino Rebelo, mas simplesmente Rua Raimundo do Cinema. Do cinema que já não
há, como Raimundo. Ele certamente rirá satisfeito, lá do céu. Rirá, talvez,
debochando de si próprio: – Onde já se viu, uma rua com meu
nome? Ah, só se for homenagem ao cinema... – As casas da rua sorrirão com portas
e janelas escancaradas, os paralelepípedos hão de rir de alegria incontida,
beijados pelo sol. E Brazópolis jamais se despedirá de seu terno filho.
Niterói, 31/12/2013
14 comentários:
A mais linda homenagem que um amigo pode receber!
Caro José Eustáquio,como fiquei feliz ao ler sua linda homenagem ao Raimundo,muito merecida por sinal.Existem pessoas,brasopolenses,que são imortais,nunca saem do nosso pensamento,uma delas é o Raimundo.Também penso que deveria ter em Brazopolis alguma coisa com o nome do Raimundo,ele marcou uma época de ouro.Obrigado pelo artigo.Parabéns por suas obras,lindas e delicadas.Abraços saudosos da Flora Maria.
Emocionante o texto. Realmente Raimundo era amigo de todos e todos eram amigo dele. Parabens pelo relato.
José Eustáquio; também fui muito amigo do Raimundo. Quando ele estava doente, na ocasião eu estava residindo em Itajubá. Estive no hospital e quando me aproximei dele perguntei como ele estava se sentindo e ele me respondeu, com a maior calma possível: Todo mundo possui a sua hora e agora chegou a minha. Conversamos por alguns momentos, chequei a fazer mais uma visita, mas infelizmente quando fiquei sabendo do seu falecimento o enterro já havia acontecido.
Abraços
Toninho Pelegrino
Um grande abraço ao José Eustáquio, maravilhosa e merecida homenagem ao Raimundo do Cinema.
É uma pena que textos assim sejam raríssimos... Sempre com emoção, nunca com tristeza.
Oia eu aqui di novo dona Fátima, O VARDO, MARIDO DA MARIA DO VA. Dessa veis eu quiria fazê um piquenu comentário do artigo bunito do Dotô Zé Ostaqui Cardoso,eu axo qui eli é juiz di direito né? puis oia,vai escreve bunito assim lá na china , eu inté fiquei cum sardade do nosso amigo Reimundo du cinema siô di tantas coisa qui ele lembro du nossu amigo du cinema.Nossa sinhora!cumé qui eli terminô bunito a crônica deli oceis viram? As casas da rua cum nome do Reimundo vão tudo sorri com suas portas escancaradas de abertas,inté os paralepipidus vão ri di tanta aligria que minté Brazópi nunca mais vai dispidir do prantiado falecido,o mió, de seu terno fio.Si eu intendi bem eli quis dizê pa nois qui o Reimundo nunca mais será isquicido pelo povo di Brazópi num é isso memo? Sô dotô Zé Ostaqui Cardoso mais o qui o sinhô táquerendo dependi é dus nossos veridor qui tem qui fazê um projetinho di lei dando o nome do Reimundo do cinema narguma rua da cidade,será qui eis sabi faze isso? eu axu qui o sinhô vai tê qui fazê preis aí ondi o sinhô mora e mandá preis,é só pidi pu nosso Bispo D.Francisco trazê pa nois, o sinhor sabi qui eli mora aí né? é o bispo di Niterói,eli é fio do nosso amigo sô Gino Quaresma cum a nossa amiga dona Rusarita Rezendi, fia do sô chico Rezende da farmácia cum a dona Amélia ta venu cumo eu sei tudo tamem,eu só num sei escreve bunito comu o Dotô. Dona Fatima num esquci di dá os parabéns pu dotô Zé Ostaqui Cardoso não viu? fala preli qui foi eu qui mandô, OVardo aqui di Brazópi. antecipando meus agradecimentu pa sinhora fica cum Deus aí no jornar qui eu já vo indu imbora pa roça ve a minha Maria.já tÔ cum sardade dela ,puis oia já fais treis dia que eu num vejo ela.
Dona Fatima,È eu dinovo ,o VARDO, gostei da sinhora publicá o meus iscrito comentannu a crônica do dotô Zé Ostaquio sobre o Reimundo do cinema colored de brazópi.muito obrigadu como diz o nosso cantor di musica romântica fábiu junior,num é memo? Dona fatima ´vamu ao qui interessa hoje pa nois, a sinhora ainda num respondeu a minha pregunta qui fiz pa sinhora sobre as situação dos nossus candidatos pa prefeito? pelo vistu a sinhora num que memo si invorver cum esse assunto ou a sinhora num tá sabedu di nada memu?Sei não ? axo qui sabi sim mais num quer falá pa nois. num tem importância não,eu vo discubrir sozinho memo dando umas vortas por aí ,podi dexá que eu vo fica sabenu tudo e aí intão eu falu pá sinhora viu? um abração pa todo mundo aí da cidade!
Glorinha Faria
Presado amigo Jose Eustáquio ,foi com grande emoção que li o seu belo artigo dedicado ao meu saudoso irmão Raimundo. Como foi grande a sua amizade e dedicação no momento em que ele mais precisou de um ombro amigo, nunca vou me esquecer de tudo o que você fez por ele, e agradeço de coração. Que Deus o abençoe e o ajude sempre e que o ano de 2014 seja de saúde e prosperidade para você e toda a sua familia.
Abraços da amiga de sempre, Glorinha Faria.
Palavras sábias e acertadas, descrição incomparável, fui lendo e vendo o Raimundo aparecendo em seus dizeres. Parabéns a Você e ao Raimundo, meu Primo Querido, Amado e Estimado. Para sempre Raimundo!
Meu caro José Eustáquio!
Tenho lido todos os escritos de sua lavra que são postados nesse espaço, onde busco informações e mato saudade de nossa querida terra. Eles tem me encantado e me enchido de boas recordações, porém, nesse, sobre o Raimundo do Cinema, você se superou, pegou na veia como dizemos no jargão futebolístico.
Você, com sua boa fé intelectual, conseguiu colocar esse personagem, por quem cultivamos um grande e recôndito carinho, no centro de nossas vidas, influenciando de alguma forma a todos nós, como você deixou transparecer , naquele ambiente nos idos dos anos 60, onde vivemos nossa adolescência e formamos nossa memória emocional.
Tirou uma fotografia exata – 360º, onde o Raimundo, ator personagem, personagem ator é visto no primeiro nível com todas as características que lhe eram peculiares.
A imagem que você recuperou do Raimundo entre uma sessão e outra segurando na grade do portão da entrada principal, com aquele topete furta-cor, olhando o movimento em torno da igreja da matriz e procurando alguém mais descuidado para fazer uma crítica ou tirar um sarro é inesquecível.
Fui vítima algumas vezes e por outras recebi bons conselhos. E o AH!...!!! Que saia atrás da cortina vermelha, que separava o saguão principal da sala de projeção e que marcava sua presença em todas as sessões. Recordo, também, com muito carinho.
Parabéns meu caro e inesquecível, professo do cientifico - 1966, José Eustáquio.
Continue nos presenteando com suas belas crônicas.
Ao Raimundo do Cinema... Uma pena ter nos deixado tão cedo. Que Deus o tenha num bom lugar onde ele possa nos enxergar e zelar por todos nós.
Luiz Tárcio
09/01/2014
Muito inteligente, merece ser lida por todos. Parabéns.
Bela lembrança prezado José Eustáquio. Abraços, Carlinhos Guimarães.
José Eustáquio, parabéns pelo relato histórico que todos nós conhecemos. Laerte Negrão.
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