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28 de janeiro de 2014

DESACOROÇOADO - Reginaldo Cano



                                        Não precisa me xingar! Mas talvez até eu mereça. Gosto de palavrões.
Palavrões como o acima que, de tal modo nos desanima, que de pronto nos
desacoroçoamos.
            Agora, falando sério: estou deveras desacoroçoado. E se há um mal,
um sinal de alerta entre nós humanos é o tal palavrão e suas implicações. O a-
lerta é aquela campainha estridente nos avisando: olha a depressão!
            Não vou perguntar sua idade. Quero agora apenas me dirigir àqueles
bem vividos, com talvez mais de sessenta. Aqueles já aposentados ou em fase
de...
            Cuidado! Cuidado mesmo com o desacoroçoamento. É sinal primeiro
de início de processo depressivo.
            E a principal vítima talvez seja aquele que sonha com a aposentadoria.
E ao aposentar, psicologicamente despreparado, entrega-se de corpo e alma ao
lazer. Lazer total: pijama, cama, rede etc. Esse normalmente tem seus dias con-
tados. É aposentar e, em poucos meses, desacoroçoar e entrar em processo de-
pressivo.
            Nos meus bem mais de setenta, já vi muito disso.
            E qual a melhor terapia? A ocupacional. É isso que acoroçoa. Que bom
termos antônimos em nossa língua!
            Bom, depois deste texto começo a me acoroçoar!



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