6 ANOS LEVANDO AS NOTÍCIAS DA TERRINHA QUERIDA

AQUI, FÁTIMA NORONHA TRAZ NOTÍCIAS DE SUA PEQUENA BRAZÓPOLIS, CIDADE DO SUL DE MINAS GERAIS.

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30 de janeiro de 2014

SÓ FICOU A SAUDADE... Fátima Noronha



 Aqui nada fica para sempre.
Quem dera quisesse Deus, deixar todos aqui na terra.
Já pensaram a alegria, de encontra-los todos os dias pela rua da cidade?
Seria, meu Deus, tão bom.
Hoje é o dia da saudade... e tenho tantas...

Saudade de dar volta no "largo" da matriz com as amigas.
Fazer Martini caseiro na casa da Vera do Bar.

Queria tanto rever minhas amigas que partiram tão cedo.
Rir das "doideiras" da Cristina Vizoto, das lerdezas da Selma Salgado, da Alegria da Rosali Mendonça...

Como seria bom ouvir o barulho do chinelinho da Vó Cotinha. Vê-la cantando uma música religiosa enquanto lavava a louça. Comer sua brevidade...
Saudade de subir nos pés de jabuticaba, de ouvir o Louro gritando “Louro quer café”...
Jogar buraco até de madrugada com o Tio Sílvio, Tia Lina, minha mãe, tia Lezir, Tio Eugênio e Tio João. E das brigas que saíam porque ninguém queria perder.
Queria ver o meu pai chegando da pescaria com seu jacá cheinho de lambaris. Ouvir sua risada, ver os seus  olhos azuis.
Ver minha mãe lendo um livro (coisa que adorava), ou jogando paciência, ouvindo Benito de Paula.
Ver minha irmã Helenice, alegre e sorridente, sempre de braços abertos para um abraço, chegando de viajem.


Ficar quase doida com a bagunça dos filhos, sobrinhos e amigos que passavam quase as férias inteiras aqui em casa...


Queria abrir a porta  e dar o quilo para os Vicentinos que a Maria Tabarana pegava.
Receber o leite que vinha da roça trazido pelo Américo da Ana.
O Caetano mina trazendo a leitoa assada pro Natal...
Ganhar bala do Seu Antonio Vilela.
Comprar chocolate de garrafinha e peixinho no Bar do Tip-Top e os deliciosos pirulitos da D. Julita...

Queria chegar na praça e ver o  Justino velho e o pobre João Avião.
Sair no meio da rua, pra não ser atropelada pelo “ônibus” do Melquias.
Comer uma coxinha do Oscar Mesquita...

Seria pra lá de bom encontrar com o Lucélio com toda sua alegria junto com o Ambrósio contando suas folias.

Queria chegar à praça no sábado a noite e ir ao bar do Gilberto (para nós da Bernadeth), jogar conversa fora e ouvir a risada gostosa daquela amiga querida.
Ver a Lena Diniz chegando, cantando dançando alegre.
Rir até chorar das conversas engraçadas da Maria do Carmo do Vasco.

Saudades... muitas saudades...

3 comentários:

Anônimo disse...

Quem dera podermos voltar no tempo,sinto falta dos meus pais,das minhas tias entrando e saindo de casa o tempo todo, agora eu olho e vejo somente aquele quintal vazio e triste e sinto que só ficou a saudade.....

José Eustáquio Cardoso disse...

Linda, a sua emoção, Fátima. Um abraço.

Anônimo disse...

o gaucho fechou o bae dele
e agora
gaucho do bar faz falta aqui em brazopolis
volta gaucho para brazopolis
vc faz falta
pelo amor de deus
tenho muinta saudade dele

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