(Dedicado a
João Mário Braga de Mendonça)
Deixo esposa,
deixo filhos,
Deixo um
samba inacabado...
Deixo parentes
e amigos
E alguns
livros juntados...
Deixo o
coqueiro da praça,
Deixo a
Maria Fumaça
Deixo a
retreta da banda
Deixo as
torres da matriz...
Enfim, um álbum
repleto de fotografias...
Deixo algumas
poesias
Que é pra
não se esquecerem de mim...
Deixo o
verde lá da Mata,
Deixo muitas
serenatas,
Deixo, por
fim, os carnavais...
E a quem
interessar possa,
Deixo uma velha
mania:
Sempre crer,
ter fé na vida,
Coisa que
não se usa mais...
Perdoem-me a
não despedida,
Perdoem-me
algum desagrado...
Deixo aqui
toda uma vida
E um samba
inacabado.
2 comentários:
Muito bom rever esse poema Fátima , obrigado Dedé.
João Mário Júnior.
E não seria a inteira vida um samba inacabado, poeta Dedé? Gostaria de ouvir o seu samba. Certamente porque inacabado, deve deixar-nos balançando até que também não nos acabemos.
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