No
“país do futebol” neste ano de 2014, de 12 de junho a 13 de julho, será
disputada pela segunda vez a Copa do Mundo. O Brasil, única nação pentacampeã,
é também a única que esteve presente em todas as edições deste evento que teve
início em 1930, no Uruguai. Uma Copa maiúscula, contando com todas as equipes
que já levantaram a taça, o troféu da Vitória.
Em
todas as agremiações esportivas, principalmente no futebol, existem “craques”
que são venerados como ídolos pelos torcedores. No princípio deste ano, o mundo
esportivo de Portugal chorou a morte de seu grande ídolo do passado, Eusébio. Ele
estava com 71 anos . Era natural de Lourenço Marques, então capital da colônia
portuguesa de Moçambique. Após sua independência, a cidade passou a chamar-se
Maputo. Eusébio era conhecido como “
Pérola Negra” ou “Pantera Negra”, ou ainda “O Rei”.Em 1998, a Fifa o incluiu numa
lista dos dez maiores jogadores de
futebol de todos os tempos,classificando-o em 3º lugar ,só perdendo para Pelé e
Maradona. Ele jogava no Benfica , grande rival do Sporting. Certa vez a Inter
de Milão, Itália, tentou contratá-lo ,no que foi impedido pelo governo de
Salazar, o ditador português, sob a alegação de que o “Pantera Negra” era
patrimônio de Portugal. Na Copa do Mundo na Inglaterra em 1966 Eusébio foi
considerado o melhor jogador da competição.Sua maior tristeza era nunca ter
vencido uma Copa. Cristiano Ronaldo, o formidável atacante português ,
considerado por muitos seu sucessor, escolhido pela FIFA recentemente como o
melhor jogador do mundo, por três vezes já, ao saber da morte do grande ídolo
português, assim se expressou:”Ele sempre esteve perto de mim e me ajudou
muito.É uma figura mítica. Seu desaparecimento deixa Portugal muito triste”.
No Brasil existe um
verdadeiro celeiro de craques. Com o surgimento em nossa pátria desse esporte bretão, no raiar do século XX ,
esporte que ao passar dos anos tornou-se o mais popular da terra, surgem
esportistas, aqui e ali, que, com seu gingado, sua afinidade com a pelota, com
seu jeito matreiro, tornam-se verdadeiros mestres dentro das quatro linhas, e
se transformam em mitos, ídolos da torcida apaixonada que os elegem verdadeiros
deuses dentro do templo sagrado de um campo de futebol. Entre nós, despontou um
grande atleta nos idos de 20, o grande Arthur Friedenreich, encabeçando o surgimento
de nossa “Escola brasileira de futebol”. Nascido em fins do século XIX, filho
de um alemão e uma mulata, moreno de olhos azuis, encantou as platéias do
gramado nacional até fins dos anos 30.Foi comparado a Pelé, igual, ou bem
melhor na opinião de muitos. E a galeria de figuras mitológicas no reino do
futebol continua e continuará crescendo. Na Copa do Mundo de1938 aparece o
famoso Leônidas da Silva, o “Diamante Negro”,
inventor dos gols de “bicicleta”.
Outros mais figuram na galeria já após os anos 50 como o Nilton Santos, o
“Craque enciclopédia”, por saber tudo dentro do tapete verde; o Didi, nascido
Walter, criador da “Folha Seca”, o gol
que saia de uma falta no campo adversário indo suavemente se aninhar dentro das redes do time rival;Ademir
Menezes, “O queixada”, artilheiro da Copa de 1950, com 09 gols; Mané Garrincha,
o menino das pernas tortas batizado a “A alegria do povo”; o mitológico Pelé
que a imprensa consagrou como “O Rei do Futebol”; Ronaldo, chamado “O Fenômeno”dada
a sua velocidade e destreza, eleito pela FIFA por três vezes consecutivas o
melhor jogador do Mundo,é o atual artilheiro de todas as Copas do Mundo com o
saldo de 15 gols , e outros atletas mais
que brilham em nossos estádios.
Em
16 de junho de 1950, Copa do Mundo, nossa seleção canarinho sofreu fracasso
total. O Brasil é derrotado pelo Uruguai – 2 x 1, uma tragédia jamais esperada.
Que a nuvem negra que encobriu o
então novíssimo Maracanã naquela tarde fatídica se desfaça agora para podermos
gritar neste 2014:Viva o Brasil, “Hexa -Campeão”!
Nessa
galeria de heróis do mundo da bola eles souberam talhar na pedra bruta de um
jogo a feição cheia de surpresas e linhas sinuosas que o mundo todo reverencia
como a “escola brasileira”-aquilo que
certo cineasta italiano chamou, por ocasião da conquista do “
Tri” em 1970 de, “ o futebol da poesia.”
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