Que noite gelada
O capim verdinho
Se vestiu de banco
E para nosso espanto até o morro do Dito Serpa
Está coberto de geada.
E relutante, não quero aceitar
Que está na hora de me levantar.
Da roça até o grupinho
Tem chão para caminhar
Hoje, tem prova de história
Não posso faltar.
Lavo o rosto, visto o uniforme surrado
Calço o sapato, velho e rasgado
Café com leite de cabra, bolão de fubá
A mãe atarefada, fala preocupada
Se embora, criançada, vão chegar atrasadas.
A Luzia chegou, é filha da Madalena
E mora com a vó italiana
Que faz, um delicioso “Bolo de canela”
Somos vizinhos e colegas de sala
E quando fica brava a gente se cala
Nunca brigamos com ela
Nosso amor próprio, é vencido
Diante do argumento, irresistível
Do seu bolo de canela.
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