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4 de janeiro de 2014

Raimundo do Cinema - José Eustáquio Cardoso



Outro dia, vi alguém pelo blog da Fátima reclamando uma história de Raimundo. Senti-me chamado a um duplo dever, assim por cultivar o hobby de rabiscar lembranças como por haver sido um dos melhores amigos de Raimundo, àquele ponto de ouvir-lhe e compreender-lhe segredos e confidências. Não me pergunte sobre uns e outras, que eu nunca trairia a memória de meu amigo. Mas vou contar de Raimundo como o vi com os olhos e o senti com o coração, antes que se me fechem uns e me pare o outro.
Era domingo à noite. Terminada a primeira sessão do Cine Teatro Colored, e dada pelo padre a bênção final da missa das 7 da noite, as voltas na praça, em torno da igreja, se sucediam, tão religiosamente como a própria missa e a sessão das 6, as moças desfilando pelo canto sua beleza, os moços pela beirada estendendo-lhes seus olhos compridos e esperanças de outros olhos que nos olhos lhes pousassem. As grossas paredes da igreja eram testemunhas silenciosas do que se passava com os que passavam. Mas o indiscreto sino do relógio, como se fora um bem-te-vi insone ou extemporâneo, parecia querer cantar tudo ao mundo, a cada quarto de hora. Namorados se sentavam pelos bancos próximos à estátua, e, sobrepondo-se a seus murmúrios, o vozerio, as risadas, os gritos de crianças se levantavam, apenas abafados pelo som do alto-falante do bar do Zé do Tronco, a esparzir pelas colinas da cidade as vozes bonitas e antigas de Orlando Silva e Nelson Gonçalves.
E já olhos miúdos se alongavam pelos paralelepípedos, vindos de trás da porta gradeada do cinema. Que olhos eram aqueles? Tristes? Quem sabe? Meditativos, certamente. Em que meditavam? Na própria e solitária e aparente prisão, a confrontar-se e contrastar-se com a festiva liberdade de quantos passeavam descontraídos? O topete de cabelos cor de fogo, oxigenados e um tanto crespos, despretensiosamente penteados e arrumados para cima e para trás, parecia luzir como uma chama de esperança a destacar-se da escuridão que se adensava sala de projeção adentro, onde novamente se desenrolava o filme, na segunda sessão. Lá estava Raimundo, as duas mãos seguras na grade da porta, a fronte apoiada sobre uma delas. Antes, já cumprira sua obrigação de vender bilhetes ou recolher bilhetes. Ainda antes, já se desincumbira, durante a semana, de receber as latas redondas que continham os filmes. Da porta onde se encontrava era possível ouvir os diálogos em inglês vindos de dentro, de permeio a alguma música circunstante. Lá pelo pullman, que era como se chamava o balcão do cinema, outros namorados, convenientemente resguardados e alcovitados por um cúmplice escurinho, trocavam carícias, sem querer saber de filme. Atrás da porta central, igualmente gradeada, ainda se podiam adivinhar na penumbra os rostos dos atores, emergentes de fotos do cartaz do filme que passava, cuidadosamente dispostas na tabuleta pelo mesmo Raimundo, um faz-tudo no cinema, à semelhança do homem que organizava a festa, tocava na banda, soltava o foguete e ainda corria atrás da varetinha. Que seria do cinema sem Raimundo, que seria da festa sem o festeiro? Que o dissesse o Chico Macedo. Vinda do lado, ainda se ouvia música outra, a desprender-se de porta e janelas abertas do Clube Wenceslau, onde uma brincadeira dançante (era como se chamava, à época) tinha lugar, com outros moços e moças rodando pelo salão, seguramente ao ritmo de um bolero: dois pra lá, dois pra cá eram seus passos, como muito depois poetizaria a nostalgia da canção, outro bolero bonito. De bares vizinhos desbordava a algazarra e a alegria de amigos que palravam ao tinir de copos de cerveja ou de hi-fi ou cuba libre.
Eram tristes os olhos de Raimundo? Tinham muito para o serem: afinal, feita até abstração de melancolias outras, estava sozinho e trabalhando, enquanto todos folgavam, à sua volta. Mas seguramente a tristeza era apenas episódica e circunstancial. Raimundo era, em regra, a alegria. Se estava triste, fazia troça do próprio infortúnio, instantaneamente transformando-o em estrepitosa gargalhada, como quem faz do limão a limonada. Raimundo gostava de todos, e todos gostavam de Raimundo: afinal, quando por mais não fosse, todos gostavam de cinema, e cinema tinha o rosto de Raimundo. Raimundo era uma instituição local, uma figura histórica, antes mesmo de a história passar. Um símbolo. Era de se prever, pois, que sua solidão não seria duradoura. Com efeito, apenas alguns minutos após o olhar de Raimundo se instalar em seu posto de observação, algum passante já se detinha a contar-lhe e ouvir-lhe as novidades, certamente referentes a algum fato hilariante que houvesse ocorrido pela cidade. Era então que sua risada sincera e espontânea se desprendia e espocava e ecoava, antecedida por um característico chiado na garganta, a marca registrada, algo como uma grife (palavra então desconhecida) da risada de Raimundo. E a sua própria risada era contágio suficiente para que outras e muitas mais risadas brotassem e se sucedessem, num círculo virtuoso de alegria. De repente, uma roda estava formada em frente à porta do cinema, Raimundo de dentro como maestro a reger a festa, os amigos de fora a executar instrumentos de sorrisos e brilhos de olhos. Não podia haver tristeza perto de Raimundo.
Mas Raimundo, fiel ao patrão e à obrigação, não se desgrudava de detrás da porta, por ele mantida fechada, como se temesse que alguém penetrasse sem pagar ingresso. Era então que suas grades se mostravam como o próprio antídoto das grades: de dentro as risadas de Raimundo, de fora as risadas dos amigos, alegrias desconhecendo e perpassando grades e ultrapassando solidões. Que prisão seria essa? A alegria de Raimundo era libertadora: prisão risonha e franca.
E assim era até que um sinal característico, vindo da sala de projeção, consistente num aumento do volume da música, avisava Raimundo de que o filme chegava ao fim e era hora de abrir as portas e tirar o cartaz do caminho dos espectadores. As luzes se acendiam, a tela ainda estampava the end, e os habitués da segunda sessão passavam por Raimundo, que já vira o filme na primeira, de sua cadeira postada atrás de todas as poltronas, na entrada da sala, com ele comentando o filme e os atores: – Essa Gina Lollobrigida é muito bonita, hem, Raimundo? – É, e o Burt Lancaster, como trabalha bem, não é? – Outro (ou outra) acrescentaria: – E o Tony Curtis, como é lindo! – O filme fora “Trapézio”.
Raimundo foi o primeiro cinéfilo de que tive notícia, quando ainda nem se usava a palavra, certamente desconhecida da maioria da população: conhecia todos os filmes e respectivas músicas, atores, diretores, atrizes... Não posso esquecer-me nunca de uma noite de segunda-feira em que pôs a tocar a todo o volume pelo alto-falante do cinema a música de “Suplício de uma Saudade”, que passava em reprise, levando-me a lágrimas advindas de uma desilusão de amor que acometera meu ainda tão pequeno coração: Love is a many splendored thing, ainda me lembro do primeiro verso, tão bem como hoje sei de cor todos os outros. E a menina estava no cinema, numa poltrona tão longe da minha... Chorei, sozinho e em silêncio, ainda mais. Noutra ocasião, rodou, a igual volume, antes do início da sessão, o disco de The Platters, e ainda hoje não posso ouvir Oh yes, I’m the great pretender, sem uma lembrança a um tempo pungente e feliz de seu rosto e seu sorriso. Raimundo parecia sondar-me os sentimentos, providenciando-lhes imediata rima melódica.
E com que cuidado guardava para mim os pedacinhos de fita sobrados da emenda de filme que se arrebentara, ao acender de luzes e consequentes flagrantes de namorados se embaraçando mãos, se ajeitando roupas... Por essa arte sua quanto tempo guardei figuras coloridas de Rock Hudson, de Jennifer Jones, de James Dean, de Kirk Douglas, de Vivien Leigh, de Clark Gable, de Gregory Peck, de Elizabeth Taylor e da legenda de suas falas... E quantas outras de diligências perseguidas a tiros ou flechas por índios ou bandidos, de Trigger, o cavalo de Roy Rogers, de Silver, o de Zorro, de Slim Pickens, o companheiro de Rex Allen... Hoje, dou graças a Deus por que se tenham perdido: eu não suportaria vê-las sem chorar mais uma vez.
Nos bailes, Raimundo se sentava comigo em um canto do clube e dali criticava e imitava todas as figuras que via, flagrando-lhes, às gargalhadas, sempre precedidas daquele chiado, atitudes e gestos: era uma mulher fumando um cigarro atrás de outro, a lhe provocar a observação: – Fuma que nem um caipora... – Era alguém que disfarçava e arrancava uma meleca do nariz, outro que olhava para um lado e para outro, antes de coçar a bunda, ainda outro que fugia de uma roda contaminada por certo odor desagradável... Eu ria tanto, que me dobrava. Depois, ouvia comentários, na rua e em casa: – Você parece um bobo, com esse seu amigo! – Pouco me importava, quem teria um amigo capaz de envolvê-lo em tanta alegria e inocente e sadia palhaçada? Lembro-me de um carnaval em que nós dois, bêbados, ríamos a bandeiras despregadas sabe de quê? Você não vai acreditar: de um incêndio. Homens iam e vinham, apressados e ansiosos, tentando apagar as chamas, e nós gargalhávamos no meio da rua. Bem, aí já seria, talvez, caso de internação. Pô, mas nós estávamos bêbados!
Raimundo, certa vez, fez-se portador de uma carta que escrevi a uma namorada que não mais me queria. E continuou não me querendo, ainda mais depois de meu papel ridículo e de bobo. Mas Raimundo não me achou bobo nem ridículo, Raimundo compreendia este coração romântico e talvez antiquado, já àquela época antiquado. Raimundo era, como eu, um passional de romance. Em quantas outras oportunidades não fez do ouvido coração para recolher e guardar meus lamentos de amores unilaterais e incompreendidos?... E eu, de outro lado, lhe abria o coração para ouvir suas tristezas, que também as tinha, quem não as teria? Raimundo é inesquecível.
Num outro tempo, dediquei meus préstimos a conseguir-lhe uma tão sonhada aposentadoria. Eu era um juiz e talvez não pudesse fazer isso, mas fiz, ora se fiz! Como o faria, se a maior parte de seu trabalho não fora registrada em carteira, prática comum, na época? Busquei testemunhas e preparei-lhe uma justificação judicial, assinada por um advogado amigo, para provar seu tempo de serviço, atestado por tantos papéis velhos e encardidos jogados atrás da tela do cinema, marcados por sua caligrafia. Lembro-me de que um deles, um tal borderô, como me disse, ostentava uma data – 1952 – e um nome de filme. Sabe qual? “Sansão e Dalila”. Tudo com letra de Raimundo. Depois, fiz-lhe o requerimento apropriado ao alcance de seu sonho, inicialmente indeferido. Deixasse estar, preparei-lhe um recurso administrativo, que redundou em outra negativa, em Belo Horizonte. Ora, mas ninguém me demoveria do propósito de fazer justiça a meu amigo: fiz outro recurso, que ele assinou, dessa vez para o Conselho de Recursos da Previdência Social, no Rio de Janeiro. Aí, finalmente, seu sonho foi coroado. Com quanto orgulho e com que boca boa e abençoada Raimundo o contava para todo mundo: – Foi meu amigo que conseguiu minha aposentadoria, quem tem um amigo assim? – Disse-o até a um deputado que lhe pedia voto.
Num outro dia, muito depois de tudo isso, fui ver “Cinema Paradiso”. Meu Deus, o personagem principal, o projecionista Alfredo, para mim era Raimundo, e o menino, seu amigo encantado, era eu, me embevecendo com os pedacinhos de fita que me dava... Depois, ante a morte de Alfredo, o menino, já grande e cineasta, veio de longe para vê-lo e chorar, enquanto assistia a um “filme” composto pelo amigo de emendados pedacinhos de fita mandados cortar pelo padre censor e moralista: cenas de beijos apaixonados. Não, Raimundo ainda não se fora. Mas eu chorei, como se se tivesse ido, prenunciando, talvez, a dor que sua partida me causaria. Afinal, ele estava tão longe de meus olhos e tão perto de meu coração... Chorei num canto de cinema em Copacabana, outra vez um pranto manso e silencioso. Imagine quando Raimundo se fosse...
E um dia, que há sempre um dia para todos, ele se foi realmente. Meu Deus, eu soube apenas que estava muito doente, e, quando me preparava para ir visitá-lo, já com passagem de ônibus comprada e prestes a me encaminhar, à noite, para a rodoviária, eis que recebo um telefonema de Paulinho, meu cunhado: – Ó, o seu amigo foi enterrado hoje. – Foi, perdoem-me a expressão, que não há outra de melhor significado, um chute no saco. Até hoje me dói, como dói! Não como um chute no saco, mas como um solavanco na alma. E doerá até que um dia, que haverá outro dia em minha própria vida ou minha própria ida, eu novamente ouça, lá no céu, talvez, o chiado de garganta que lhe prenunciava e anunciava a risada. Então, eu rirei também. Riremos juntos da morte, essa velhíssima sorrateira que não existe, como provaremos.
– Ô Glorinha, lembrança restante de Raimundo, há muito que lhe devo uma visita para lhe dizer apenas de quanto eu amei seu irmão. E meu amigo, meu grande amigo. Aceite estas mal traçadas linhas como dedicadas a você.
– Ô brazopolenses, que é que vocês estão esperando para escreverem o nome do Raimundo numa placa de rua? Haveria de chamar-se, não Rua Raimundo Firmino Rebelo, mas simplesmente Rua Raimundo do Cinema. Do cinema que já não há, como Raimundo. Ele certamente rirá satisfeito, lá do céu. Rirá, talvez, debochando de si próprio: – Onde já se viu, uma rua com meu nome? Ah, só se for homenagem ao cinema... – As casas da rua sorrirão com portas e janelas escancaradas, os paralelepípedos hão de rir de alegria incontida, beijados pelo sol. E Brazópolis jamais se despedirá de seu terno filho.

Niterói, 31/12/2013

14 comentários:

Anônimo disse...

A mais linda homenagem que um amigo pode receber!

Flora M.C. gomes disse...

Caro José Eustáquio,como fiquei feliz ao ler sua linda homenagem ao Raimundo,muito merecida por sinal.Existem pessoas,brasopolenses,que são imortais,nunca saem do nosso pensamento,uma delas é o Raimundo.Também penso que deveria ter em Brazopolis alguma coisa com o nome do Raimundo,ele marcou uma época de ouro.Obrigado pelo artigo.Parabéns por suas obras,lindas e delicadas.Abraços saudosos da Flora Maria.

Anônimo disse...

Emocionante o texto. Realmente Raimundo era amigo de todos e todos eram amigo dele. Parabens pelo relato.

Toninho Pelegrino disse...

José Eustáquio; também fui muito amigo do Raimundo. Quando ele estava doente, na ocasião eu estava residindo em Itajubá. Estive no hospital e quando me aproximei dele perguntei como ele estava se sentindo e ele me respondeu, com a maior calma possível: Todo mundo possui a sua hora e agora chegou a minha. Conversamos por alguns momentos, chequei a fazer mais uma visita, mas infelizmente quando fiquei sabendo do seu falecimento o enterro já havia acontecido.
Abraços
Toninho Pelegrino

Francisco B. Noronha - Belo Horizonte. disse...

Um grande abraço ao José Eustáquio, maravilhosa e merecida homenagem ao Raimundo do Cinema.

Anônimo disse...

É uma pena que textos assim sejam raríssimos... Sempre com emoção, nunca com tristeza.

Anônimo disse...

Oia eu aqui di novo dona Fátima, O VARDO, MARIDO DA MARIA DO VA. Dessa veis eu quiria fazê um piquenu comentário do artigo bunito do Dotô Zé Ostaqui Cardoso,eu axo qui eli é juiz di direito né? puis oia,vai escreve bunito assim lá na china , eu inté fiquei cum sardade do nosso amigo Reimundo du cinema siô di tantas coisa qui ele lembro du nossu amigo du cinema.Nossa sinhora!cumé qui eli terminô bunito a crônica deli oceis viram? As casas da rua cum nome do Reimundo vão tudo sorri com suas portas escancaradas de abertas,inté os paralepipidus vão ri di tanta aligria que minté Brazópi nunca mais vai dispidir do prantiado falecido,o mió, de seu terno fio.Si eu intendi bem eli quis dizê pa nois qui o Reimundo nunca mais será isquicido pelo povo di Brazópi num é isso memo? Sô dotô Zé Ostaqui Cardoso mais o qui o sinhô táquerendo dependi é dus nossos veridor qui tem qui fazê um projetinho di lei dando o nome do Reimundo do cinema narguma rua da cidade,será qui eis sabi faze isso? eu axu qui o sinhô vai tê qui fazê preis aí ondi o sinhô mora e mandá preis,é só pidi pu nosso Bispo D.Francisco trazê pa nois, o sinhor sabi qui eli mora aí né? é o bispo di Niterói,eli é fio do nosso amigo sô Gino Quaresma cum a nossa amiga dona Rusarita Rezendi, fia do sô chico Rezende da farmácia cum a dona Amélia ta venu cumo eu sei tudo tamem,eu só num sei escreve bunito comu o Dotô. Dona Fatima num esquci di dá os parabéns pu dotô Zé Ostaqui Cardoso não viu? fala preli qui foi eu qui mandô, OVardo aqui di Brazópi. antecipando meus agradecimentu pa sinhora fica cum Deus aí no jornar qui eu já vo indu imbora pa roça ve a minha Maria.já tÔ cum sardade dela ,puis oia já fais treis dia que eu num vejo ela.

Anônimo disse...

Dona Fatima,È eu dinovo ,o VARDO, gostei da sinhora publicá o meus iscrito comentannu a crônica do dotô Zé Ostaquio sobre o Reimundo do cinema colored de brazópi.muito obrigadu como diz o nosso cantor di musica romântica fábiu junior,num é memo? Dona fatima ´vamu ao qui interessa hoje pa nois, a sinhora ainda num respondeu a minha pregunta qui fiz pa sinhora sobre as situação dos nossus candidatos pa prefeito? pelo vistu a sinhora num que memo si invorver cum esse assunto ou a sinhora num tá sabedu di nada memu?Sei não ? axo qui sabi sim mais num quer falá pa nois. num tem importância não,eu vo discubrir sozinho memo dando umas vortas por aí ,podi dexá que eu vo fica sabenu tudo e aí intão eu falu pá sinhora viu? um abração pa todo mundo aí da cidade!

Anônimo disse...

Glorinha Faria

Presado amigo Jose Eustáquio ,foi com grande emoção que li o seu belo artigo dedicado ao meu saudoso irmão Raimundo. Como foi grande a sua amizade e dedicação no momento em que ele mais precisou de um ombro amigo, nunca vou me esquecer de tudo o que você fez por ele, e agradeço de coração. Que Deus o abençoe e o ajude sempre e que o ano de 2014 seja de saúde e prosperidade para você e toda a sua familia.

Abraços da amiga de sempre, Glorinha Faria.

O BRASIL AINDA TEM JEITO! disse...

Palavras sábias e acertadas, descrição incomparável, fui lendo e vendo o Raimundo aparecendo em seus dizeres. Parabéns a Você e ao Raimundo, meu Primo Querido, Amado e Estimado. Para sempre Raimundo!

Anônimo disse...

Meu caro José Eustáquio!
Tenho lido todos os escritos de sua lavra que são postados nesse espaço, onde busco informações e mato saudade de nossa querida terra. Eles tem me encantado e me enchido de boas recordações, porém, nesse, sobre o Raimundo do Cinema, você se superou, pegou na veia como dizemos no jargão futebolístico.
Você, com sua boa fé intelectual, conseguiu colocar esse personagem, por quem cultivamos um grande e recôndito carinho, no centro de nossas vidas, influenciando de alguma forma a todos nós, como você deixou transparecer , naquele ambiente nos idos dos anos 60, onde vivemos nossa adolescência e formamos nossa memória emocional.
Tirou uma fotografia exata – 360º, onde o Raimundo, ator personagem, personagem ator é visto no primeiro nível com todas as características que lhe eram peculiares.
A imagem que você recuperou do Raimundo entre uma sessão e outra segurando na grade do portão da entrada principal, com aquele topete furta-cor, olhando o movimento em torno da igreja da matriz e procurando alguém mais descuidado para fazer uma crítica ou tirar um sarro é inesquecível.
Fui vítima algumas vezes e por outras recebi bons conselhos. E o AH!...!!! Que saia atrás da cortina vermelha, que separava o saguão principal da sala de projeção e que marcava sua presença em todas as sessões. Recordo, também, com muito carinho.
Parabéns meu caro e inesquecível, professo do cientifico - 1966, José Eustáquio.
Continue nos presenteando com suas belas crônicas.
Ao Raimundo do Cinema... Uma pena ter nos deixado tão cedo. Que Deus o tenha num bom lugar onde ele possa nos enxergar e zelar por todos nós.
Luiz Tárcio
09/01/2014

Anônimo disse...

Muito inteligente, merece ser lida por todos. Parabéns.

Anônimo disse...

Bela lembrança prezado José Eustáquio. Abraços, Carlinhos Guimarães.

Unknown disse...

José Eustáquio, parabéns pelo relato histórico que todos nós conhecemos. Laerte Negrão.

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