Ao som de Debussy
quedo-me extático.
Me rendo ao
imaginário, à inspiração,
Que não busquei,
mas que se me oferece
Qual vinda,
conduzida vibração
Que emitem
harmoniosos instrumentos,
Fazendo o derredor
se transmudar
De estéreo,
racional, petrificado,
Em algo do etéreo
incorporado.
Ao som de Debussy
quedo-me em transe.
Não sou mais o que
era, já sou outro.
Nem sei se estou em
mim, estou ligado
À melodia que
transcende este lugar.
Já meu pensar não
pensa, é sentimento
Além de espaço e
tempo a evolar-se.
Ao som de Debussy
já não sou nada,
Ao todo então me
sinto incorporado.
Ao som de Debussy
eu já sou tudo,
Pois se identidade
antes tinha,
Perdi-a na harmonia
do Universo.
Justa homenagem ao
Vilela e ao Coral Vozes de Euterpe, grupo que muito admiro.
Um comentário:
Muito bonito. Se fosse uma corrente em forma de poema, eu assinaria embaixo, acrescentando minha própria homenagem ao Zé Vilela. Mas, sublinho, se fosse corrente seria poema. E muito bem urdido. Parabéns ao Reginaldo.
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