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23 de novembro de 2011

Assunto: Risco de queda e acidentes - Relatório nº 247/2011 da COMDEC

Oficio nº: 181/2011
Data: 28 de setembro de 2011
Serviço: Autorização (faz)
Assunto: Risco de queda e acidentes
Referência: Relatório nº 247/2011 da COMDEC

Ao Exmo. Sr.

JOSIAS GOMES

Prefeito Municipal de Brazópolis/MG

Excelentíssimo Senhor,

Pelo relatório nº 247/2011, datado em 24/09/2011, da COMDEC – Coordenadoria da Defesa Civil de Brazópolis/MG, a pedido dos moradores e da Câmara de Vereadores, após vistoria e análises das Palmeiras Imperiais - Roystonea oleracea plantadas na Avenida Coronel Francisco Braz, foi constatada em regime de urgência a manutenção e possível substituição das referidas árvores.
A parte superior de várias dessas está contaminada com algum tipo de praga danificando a base de sustentação das folhas e caule superior; ressalvando que acontecem periodicamente quedas de folhas (de grande peso) e recentemente, no dia 20 de setembro de 2011 (terça-feira) por volta das 12h40min (meio dia e quarenta) houve queda do penacho inteiro acarretando risco a população e interditando o trânsito, o que se encontra visível e pode ocasionar com mais duas palmeiras.
Após vistoria in loco, no dia 20 de setembro, o CODEMA constatou que o que ocasionou a queda do penacho foi Podridão do olho – Phytophthora spp.

Sabendo-se:
“A podridão do olho também conhecida como podridão do topo, podridão do broto ou podridão de Phytophthora foi descrita inicialmente em 1834 nas Antilhas e ocorre em todo o mundo , podendo causar perdas de até 40%.
(...)
Os sintomas caracterizam-se por murcha e amarelecimento da folha-flecha e das folhas mais novas, enquanto os tecidos do palmito apodrecem, transformando-se numa massa aquosa e fétida. As plantas perdem as folhas jovens, permanecendo na copa apenas as folhas mais velhas. Folhas novas infectadas apresentam, no terço inferior, manchas necróticas, marrons, deprimidas, com 5 a 8 cm de diâmetro. À medida que a doença progride, os tecidos do estipe tornam-se castanho-avermelhados e os pedúnculos florais desintegram-se na sua região basal. Finalmente, ocorre a queda de todas as folhas, ficando o estipe desnudo. (...). Plantas entre 5 e 15 anos são mais suscetíveis ao ataque da doença.

A podridão do olho é causada por diversas espécies de Phytophthora, classe Oomycetes, ordem Peronosporales, família Pythiaceae, sendo P. palmivora a mais comum e a mais importante. Possuem micélio cenocítico, hialino, intercelular, com haustórios. Na superfície das lesões foliares desenvolve-se um micélio estéril e dentro dos tecidos são formados clamidósporos intercalares ou terminais. O patógeno forma ainda esporangióforos que sustentam esporângios. Esporângios de P. palmivora medem aproximadamente 30 x 50 µm e os clamidósporos esféricos têm 37 µm de diâmetro.

P. palmivora sobrevive por mais de 8 semanas em solo e folhas inoculadas, havendo a formação de oósporos. P. palmivora pode sobreviver em outros hospedeiros, pois infecta várias espécies botânicas, entre elas algumas de importância econômica, como cacaueiro (Theobroma cacao), mamoeiro (Carica papaya) e seringueira (Hevea brasiliensis).

O patógeno é disseminado por vento acompanhado de chuva e, provavelmente, por alguns insetos. O local de penetração é a zona de inserção do pecíolo ou do pedúnculo floral. Se a penetração ocorre tardiamente e alcança apenas os tecidos lenhosos, a podridão estaciona e a planta não é destruída. No entanto, se a podridão atingir o meristema a infecção torna-se generalizada. As condições favoráveis à doença são umidade elevada, drenagem deficiente e temperaturas entre 25 e 28°C. A incidência da doença é mais severa 2 a 6 meses após o período de chuvas.

As medidas básicas de controle para a podridão do olho envolvem tratos culturais, como manutenção da cultura no limpo, boa drenagem, espaçamento adequado, não estabelecimento de culturas próximas a lavouras de cacau e mamão e erradicação e queima das plantas infectadas. Recomenda-se, também, o controle químico, com fungicidas como o metalaxyl e injeção de fungicida sistêmico fosetyl Al no estipe, embora isto não seja econômico em plantios comerciais. Fontes de resistência genética ao patógeno não são conhecidas.”

Conforme requerido pela COMDEC, quanto à viabilidade de substituição gradual das árvores danificadas, o CODEMA autoriza a ampliação de 50cm (cinquenta centímetros) de ambos os lados do jardim, visando ampliação da área havendo maior espaço para o crescimento das raízes e solicita a Secretaria Municipal de Obras que toma-se como prioridade a desinfecção do solo, evitando a contaminação com os fungos, e faça se também a manutenção da área a ser ampliada com o plantio de gramíneas, para posterior plantio de outra árvore.

O CODEMA solicita o plantio de árvore de médio porte, preferencialmente IPÊ AMARELO - Tabebuia chrysotricha.

No dia 27 de setembro de 2011, às 20h (vinte horas) houve a reunião ordinária do CONSEP – Conselho de Segurança Preventiva de Brazópolis/MG, nas dependências da Secretaria Municipal de Promoção e Assistência Social, sita à Rua Sebastião Tobias da Rosa, nº 241, bairro Horizonte Azul, Brazoópolis, Minas Gerais, onde uma das pautas foi o corte das palmeiras devido ao risco que oferecem ao transeuntes e automotivos que ali circulam, ressalvando o relatório da COMDEC e a queda que houve no dia 20 de setembro de 2011, por volta das 12h 40min (meio dia e quarenta).
Após apresentação do relatório da COMDEC e discussão sobre tal assunto houve votação para o corte ou não das palmeiras da Avenida Coronel Henrique Braz, tendo por resultado a unanimidade de 13 (treze) votos a favor do corte.

Isto posto, tem o presente à finalidade de comunicar que, de acordo com as suas atribuições pautada pelo estatuto vigente e lei estadual n° 14.309/2002, o CODEMA de Brazópolis AUTORIZA O CORTE DAS PALMEIRAS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS de Brazópolis, Minas Gerais; ressalvando o risco que estas oferecem ao transeuntes e automotivos que ali circulam, conforme relatório da COMDEC e solicitação do CONSEP.

Nas coordenadas (GPS – Google Earth):
Início - Manutenção Avenida
Latitude - 22°28'34.22"S
Longitude - 45°36'59.85"O
Elev.: 920m.
Término - Manutenção Avenida
Latitude - 22°28'27.63"S
Longitude - 45°37'4.13"O
Elev.: 901m.
O CODEMA tendo em arquivos todos os dados suficientes pode deliberar sobre a(s) informação(ões) acima citada(s).
Sem mais, deixamos nossos votos de estima e consideração.

Atenciosamente,

Alberto Aparecido Silva Leite
Presidente do CODEMA

Com cópia a COMDEC – Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Brazópolis, Secretaria Municipal de Obras de Brazópolis/MG, Promotoria Pública de Brazópolis/MG, I.E.F. – Instituto Estadual de Florestas de Itajubá/MG e Polícia Militar Ambiental de Paraisópolis/MG.

FONTE: http://ongprojetocurupira.blogspot.com/2011/11/v-behaviorurldefaultvml-o.html#!/2011/11/v-behaviorurldefaultvml-o.html

6 comentários:

Paulo Pereira disse...

Isto é das palmeiras da avenida e nao da palmeira da praça segundo o presidente do codema sr Alberto ontem na reunião da camara municipal a ordem de cortar as palmeiras sem uma reunião do Codema foi do senhor prefeito precisamos apurar isto .

Podem perguntar para qualquer vereador se nao foi esta as palavras do presidente do CODEMA . Eu estava la na Camara ontem e ouvi tb .

Anônimo disse...

essas pessoas que estâo descordando do entao presidente do codema porque nâo plantam uma palmeira em suas casas.tudo bem precisamos preservar a natureza,mas porque no lugar destas arvores nâo se plantem outras menos trabalhosas.

Flora Maria disse...

depois de anos de maus tratos não ha ser vivo que aguente.DEZ anos de perseguicão as pobres palmeiras,é uma pena a populacão ter a memória tão curta,e muitos encobertam o passado por motivos öbvios:políticos.Tinha cara de pau lá na praca hoje,aqueles que ha dez anos queriam cortar as pobres,agora ou estão contra,ou a favor ou muito pelo o contrario,o que dá mais lucro,faz parte da DOUTRINA.

Anônimo disse...

muito admirável a população lá presente assistir sem se indignar, principalmente os comerciantes ao redor. Um ou outro até podem ter tentado impedir, mas a união faz a força, ninguém consegue impedir nada sozinho, se todos tivessem feito um cinturão em volta das palmeiras, seria muito mais bonito!

LAMENTÁVEL!!!

Braso disse...

Que relatório absurdo, tecnicamente deveria ser especifico para cada arvore e suas coordenadas geográficas, afinal "todas" elas(palmeiras) é impossível estarem contaminadas por qualquer doença, pessoas "normais" cortariam somente as doentes, mas agora é tarde, o mal esta feito, sugiro para compensação que de agora em diante a administração cuide da saúde de nossas crianças e que não morram por falta de cuidados e que os índices de mortalidade infantil abaixe a níveis aceitáveis.

Anônimo disse...

voces dizem isto porque essas arvores nâo estâo proximas das suas residências.

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