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23 de abril de 2011

STATIO XV- Recomeço - Renato Lôbo

Fui morto na cruz com Cristo. Vivo, mas já não sou mais eu que vivo: é Cristo quem vive em mim (Gl 2,19). Vocês que tiveram diante dos olhos uma descrição clara de Jesus Cristo, e de Jesus Cristo crucificado (Gl 3,1), completem a minha alegria: tenham uma só aspiração, um só amor, uma só alma, um só pensamento. Cada um considere o outro superior a si mesmo. E tenham em vocês os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus (Fp 2,2).


Acabou? Não, começou! Apenas começou.


Como expressar tudo isso em linguagem humana? É como se se dissesse que o Pai estremeceu pela fidelidade do Filho. Quando tudo dizia “não”, o filho disse “sim”. Quando não mais havia razão alguma para confiar, o Filho apostou todas as fichas. Quando dispunha de motivos mais que suficientes para desconfiar que sua vida inteira não passara de ilusão, o Filho, sem ver nada e sem de nada saber, lançou-se ao abismo e manteve a mesma atitude em relação ao Pai, até as últimas conseqüências, contra todas as aparências e todas as previsões.


É então que o Pai altera as leis que ele próprio havia criado: altera as leis da morte, resgata o Filho de suas garras e lhe dá um Nome muito acima de qualquer outro nome.


Onde foram parar os outros? Onde ficaram? Judas, Caifás, Herodes, Pilatos, os donos do poder, os manipuladores de opinião? Onde ficou a malta doente dos sacerdotes do templo? Cadê o povo enlouquecido daquela manhã de sexta? E os que o machucaram tanto, onde estão? Será que passaram a vida inteira lançando pedras contra as estrelas, só por brilharem mais que eles?


Agora é a hora das lâmpadas se encherem de óleo, das figueiras estéreis florescerem, da colheita, da festa de casamento, da dança. As cadeias irão se abrir, as espadas vão se enferrujar. Nos campos já ouço o som dos arados e a música das sementes brotando. Chegou, enfim, o dia de ver o Pai vestindo os lírios do campo e alimentando os pardais, pelas praças.


Chegou o dia. A criação inteira esperou por esse dia.


Para que ao seu nome, todo joelho se dobre, no céu, na terra e sob a terra, e toda língua confesse, para a glória do Pai, que Ele é o Senhor.


Seu nome? Até agora não foi dito. Pode, enfim, ser pronunciado.


Jesus.

2 comentários:

Ana Paula disse...

Linda asua via sacra, Renato. Parabéns!!!

Anônimo disse...

Obrigado, Ana Paula.- Renato

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