Assumir a
responsabilidade pelo que se faz e suas consequências não é algo simples.
Algumas pessoas estão sempre procurando os responsáveis por aquilo que acontece
em suas vidas, seja para coisas positivas ou negativas. Um erro no trabalho
pode ser culpa do stress no trânsito. Uma nota ruim na prova se justifica por
um dia de calor. A boa foi apenas um golpe de sorte. E por aí vai…
Fatores como esses
podem atrapalhar o resultado do que fazemos. No entanto, quando isso se torna
frequente, pode-se desconfiar de alguma confusão. Em casos assim, o indivíduo
se enxerga à mercê do mundo, onde sua influência é quase nula: coloca em
fatores externos tudo o que lhe acontece, e se isentam de toda a
responsabilidade.
Hoje em dia,
percebe-se isso na criação dos filhos. Estamos sempre achando um culpado para
algo que não vai bem com eles. Como se a educação dada pelos pais pouco
significasse. Um exemplo disso, e que tem preocupado, é a questão das crianças
estarem consumistas. O culpado? A propaganda infantil, apenas ela.
Sem contestar o
óbvio, que a publicidade influencia a compra (este é o seu sentido), há uma
responsabilidade do consumidor: ele decide se vai ou não comprar. No caso de
uma criança, essa incumbência é dos pais.
Com a justificativa
de não frustrarem os filhos, os pais compram o que eles querem. Em verdade,
eles é que não suportam os inúmeros pedidos (algumas crianças são muito
insistentes), cedem e criam uma necessidade nova: a de ter sempre algo novo e
não poder esperar para tê-lo.
A frustração faz
parte do dia a dia de todos nós e nos impulsiona para a ação e o crescimento
(até na aquisição de um produto ela existe, ele nem sempre é igual ao visto na
internet ou TV). É aqui que entra o papel de educar: parar e pensar junto com o
filho se o item é realmente necessário, se o custo é viável e a possibilidade
de poder esperar uma data festiva. No entanto, isso dá trabalho. O caminho mais
fácil, que nem sempre é o melhor, é atender aos apelos dos pequenos.
Como é o caso da
alimentação. As crianças andam obesas por comerem alimentos açucarados e
gordurosos. Quem lhes oferecem são os adultos, que os ingerem também. Assim
como eles, não gostam de frutas, o que raramente veem em suas casas. Já o
bolinho de chocolate ou refrigerante… Alguns bebês já o provam na mamadeira.
Mas o culpado pela má saúde é o alimento, não a escolha errada que é feita.
Com a educação formal
as coisas não são diferentes. O baixo desempenho do aluno, ou sua conduta transgressora,
para muitos é um problema gerado pela instituição. Aqui a situação é
complicada, pois ninguém assume nada: as escolas tendem a responsabilizar as
famílias e vice-versa. E a criança fica perdida, aprendendo mais uma vez que há
um culpado, porém nenhum responsável.
Todos somos
responsáveis pelo caminho que tomamos e nossas escolhas. Quando se trata de
crianças, isso compete aos pais. São eles que as ajudam no desenvolvimento de
bons hábitos nas várias esferas da vida, com suas condutas e exemplos, apesar
das influências externas.
Fonte:
Globo.com/educação
3 comentários:
Parabéns,assunto abordado foi ótimo.Quando possível postar mais assuntos sobre educação.
Att.: Francisco José
A culpa é da mão que balança o Berço.
dizem q a educaçao vem do berço sera q nos tempos modernos de hj haja educaçao
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