Dia 15 de
março de 1948, aos 83 anos de idade, falecia uma pequena grande mulher: Elisa
de Oliveira Noronha.
Trabalhadora incansável, mãe e esposa exemplar. Pobre, lutava para ajudar
o marido a sustentar os filhos, sem nunca se descuidar dos valores éticos e
morais na educação de seus filhos. Sua fé em Deus ficava acima de qualquer
dificuldade. No Natal montava seu enorme
presépio, que era visitado e encantava crianças e adultos na época Natalina. A maioria dos personagens de seu
presépio era confeccionada por ela mesma.
Orlando Igreja
a descreveu assim: “... D. Eliza Noronha, minha velha e querida amiga. Jamais
ouvi de seus lábios uma lamentação. Jamais D. Elisa Noronha disse mal de quem
quer que fosse”.
Seu filho
Monsenhor Noronha, em um de seus discursos falou: “ ... Lembra-me uma casa
pobre, abrigando uma família humilde, porém feliz, ao calor da amizade e de uma sociedade sem
preconceitos. Lembro-me a imagem inapagável de uma santa mulher, minha mãe,
quantas e quantas vezes, noite a dentro, debruçada sobre sua máquina de
costura, à luz frouxa de uma lamparina...”
Sua filha Benedita
Noronha Lopes (D. Titi) a retratou assim em suas memórias: “Mamãe era admirável
com a sua paciência, coragem de viver. Muito
amorosa e sensível, lutando sempre para que não sofrêssemos muitas faltas.
Tinha ainda ânimo e alegria para sair conosco em visitas aos amigos, à igreja, etc.
Gostava de
diversões, circo e outras que apareciam.
Minha mãe
cumpriu a sua missão de maneira admirável, pois, além de sua paciência, resignação e coragem no trabalho,
sabia ser alegre para fazer-nos felizes.
No entanto,
muitas vezes, eu a via chorar enquanto costurava à noite, à luz da lamparina.
Era sempre
uma toada triste que me ficou sempre na lembrança...”.
Dona Elisa
nasceu em 18 de setembro de 1865, no Bairro do Campinho. Era filha de Manoel
Antonio Rebelo e de Prisciliana Gonçalves de Oliveira Rebelo.
Casou-se com
Eugênio Luiz Gonçalves de Noronha, filho do Capitão do Exército João Luiz
Gonçalves de Noronha, veterano da Guerra do Paraguai.
Teve os
filhos João de Oliveira Noronha (Maestro
e professor de música), José de Oliveira Noronha (Fotógrafo), Agenor Braz Noronha (Comerciante), Benedita
Noronha Lopes (Professora), Joaquim de Oliveira Noronha (Sacerdote), Alfredo de
Noronha (Escrivão e poeta) e Antônio de Oliveira Noronha (Professor).
Um comentário:
nesse tempo nao existia novelas,bbb,nesse tempo o encardido nao tinha meios para destruir as familias .
Postar um comentário
Obrigada por dar a sua opinião.
Elogie, critique, mas faça isso com educação.
- Comentário com palavras de baixo calão será excluído.