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15 de março de 2013

Há 65 anos falecia Dona Elisa de Oliveira Noronha.

 Dia 15 de março de 1948, aos 83 anos de idade, falecia uma pequena grande mulher: Elisa de Oliveira Noronha. 


Trabalhadora  incansável, mãe  e esposa exemplar. Pobre, lutava para ajudar o marido a sustentar os filhos, sem nunca se descuidar dos valores éticos e morais na educação de seus filhos. Sua fé em Deus ficava acima de qualquer dificuldade.  No Natal montava seu enorme presépio, que era visitado e encantava crianças e adultos na época  Natalina. A maioria dos personagens de seu presépio era confeccionada por ela mesma.

   Orlando Igreja a descreveu assim: “... D. Eliza Noronha, minha velha e querida amiga. Jamais ouvi de seus lábios uma lamentação. Jamais D. Elisa Noronha disse mal de quem quer que fosse”.

    Seu filho Monsenhor Noronha, em um de seus discursos falou: “ ... Lembra-me uma casa pobre,  abrigando uma família humilde, porém feliz, ao calor  da amizade e de uma sociedade sem preconceitos. Lembro-me a imagem inapagável de uma santa mulher, minha mãe, quantas e quantas vezes, noite a dentro, debruçada sobre sua máquina de costura, à luz frouxa de uma lamparina...”

   Sua filha Benedita Noronha Lopes (D. Titi) a retratou assim em suas memórias: “Mamãe era admirável com a sua paciência, coragem de viver. Muito  amorosa e sensível, lutando sempre para que não sofrêssemos muitas faltas. Tinha ainda ânimo e alegria para sair conosco em visitas aos  amigos, à igreja, etc.

Gostava de diversões, circo e outras que apareciam.

Minha mãe cumpriu a sua missão de maneira admirável, pois, além de  sua paciência, resignação e coragem no trabalho, sabia ser alegre para  fazer-nos  felizes.

No entanto, muitas vezes, eu a via chorar enquanto costurava à noite,  à luz da lamparina.

Era sempre uma toada triste que me ficou sempre na lembrança...”.


Dona Elisa nasceu em 18 de setembro de 1865, no Bairro do Campinho. Era filha de Manoel Antonio Rebelo e de Prisciliana Gonçalves de Oliveira Rebelo.
Casou-se com Eugênio Luiz Gonçalves de Noronha, filho do Capitão do Exército João Luiz Gonçalves de Noronha, veterano da Guerra do Paraguai.

Teve os filhos  João de Oliveira Noronha (Maestro e professor de música), José de Oliveira Noronha (Fotógrafo),  Agenor Braz Noronha (Comerciante), Benedita Noronha Lopes (Professora), Joaquim de Oliveira Noronha (Sacerdote), Alfredo de Noronha (Escrivão e poeta) e Antônio de Oliveira Noronha (Professor).

Um comentário:

Anônimo disse...

nesse tempo nao existia novelas,bbb,nesse tempo o encardido nao tinha meios para destruir as familias .

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