Madre
Teresa de Calcutá (1910-1997) foi uma missionária católica albanesa. Dedicou
toda sua vida aos pobres. Logo cedo descobriu sua vocação religiosa. Com
dezoito anos entrou para a Casa das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto.
Preparou-se para o noviciado. Foi para Calcutá, ensinar geografia no Colégio
das Irmãs. A miséria material e espiritual de tanta gente tocava o seu coração.
Criou a Congregação Missionárias da Caridade. Em 1965 a Santa Sé aprovou a
Congregação. Em 1979 recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Madre Teresa foi
Beatificada pela igreja católica em 2003.
Madre
Teresa de Calcutá (1910-1997) nasceu no dia 26 de agosto na Albânia. Filha de
Nicolau e de Rosa. Foi educada numa escola pública da atual Croácia. Ingressou
na Congregação Mariana, onde foi aperfeiçoando a formação cristã, ao mesmo
tempo que tomava conhecimento da vida da Igreja. A miséria material e
espiritual de tanta gente tocava o seu coração. Com o consentimento dos pais,
entrou no dia 29 de Setembro de 1928 para a Casa das Irmãs de Nossa Senhora de
Loreto, em Dublin, Irlanda. O seu sonho era a Índia, onde faria um trabalho
missionário com os pobres. Com a orientação das irmãs, preparou-se para o
noviciado . Em 24 de maio de 1931, fez votos de pobreza, castidade e
obediência, recebendo o nome de Teresa.
Da
Irlanda, partiu para Índia. Foi enviada para Darjeeling, local onde as Irmãs de
Loreto possuíam um colégio. De Darjeeling a Irmã Teresa foi para Calcutá. Tendo
frequentado uma carreira docente, passa a ensinar Geografia no Colégio de Santa
Maria, da Congregação de Nossa Senhora do Loreto, em Calcutá. Mais tarde foi
nomeada Diretora. Irmã Teresa gostava de ensinar, sempre dedicada e atenta a
todos os problemas. Havia muito humanismo em suas atitudes, impressionava-se
com o que via quando saia à rua. A pobreza, o abandono dos doentes e famintos,
espalhados pela rua, tocava seu coração.
O
grande desejo de se dedicar exclusivamente aos pobres e doentes a levou ao
arcebispo Mons. Fernando Périer a quem expôs o seu plano. Ele a ouviu
atentamente, mas negou o pedido. A Irmã Teresa voltou a sua lida diária, que
cumpria cada vez com maior dedicação e entusiasmo. O carinho das alunas
demonstrado de tantas maneiras e a amizade das companheiras não lhe fizeram
esquecer a imagem horrorosa dos doentes e dos famintos que morriam pelas ruas
de Calcutá. Um ano depois, foi ter novamente com o arcebispo. Mons. Périer
escutou, mais uma vez, as razões da Madre Teresa. A sua simplicidade, fervor e
persistência convenceram-no de que estava perante uma manifestação da vontade
de Deus. Por isso, desta vez mais afável, aconselhou a Teresa pedir autorização
à Madre Superiora.
A
Irmã Teresa escreveu prontamente uma carta expondo o seu plano. A Superiora viu
nessas linhas a expressão da vontade de Deus. O que aquela religiosa pedia era
algo de muito valor. Respondeu-lhe nestes termos: "Se essa é a vontade de
Deus, autorizo-te de todo o coração. De qualquer maneira, lembra-te sempre da
amizade que todas nós te consagramos. Se algum dia, por qualquer razão,
quiseres voltar para o meio de nós, fica sabendo que te receberemos com amor de
irmãs."
Mons.
Périer pediu autorização à Roma para a Irmã Teresa deixar as Irmãs de Loreto,
para viver fora do claustro, tendo Deus como único protetor e guia, no meio dos
mais pobres de Calcutá. A resposta de Pio XII chegou no dia 12 de Abril de
1948. Nela se concedia a desejada autorização sublinhando-se que, embora
deixando a congregação de Nossa Senhora de Loreto, a Irmã Teresa continuava
religiosa sob a obediência do arcebispo de Calcutá. Só em 08 de Agosto de 1948
ela deixou o colégio de Santa Maria.
Madre
Teresa dirigiu-se para Patna, para fazer um breve curso de enfermagem que
julgava de imensa utilidade para a sua atividade futura. Em 21 de dezembro
obtém a nacionalidade indiana. Data que reunia um grupo de cinco crianças, num
bairro pobre, quem começou a dar aula. Pouco a pouco, o grupo foi aumentando.
Dez dias depois eram cerca de cinquenta crianças. Tendo abandonado o hábito da
Congregação de Loreto, a Irmã Teresa comprou um sari branco, debruado de azul e
colocou-lhe no ombro uma pequena cruz. Seria o seus novo hábito, o vestido de
uma modesta mulher indiana. Com afeto, a irmã dava lições de higiene, muitas
vezes iniciava a aula lavando o rosto dos alunos. Depois ia de abrigo em abrigo
levando, mais que donativos, palavras amigas e as mãos sempre prestáveis para
qualquer trabalho.
Em
19 de março de 1949, as vocações começaram a surgir entre as suas antigas
alunas. A primeira foi Shubashini. Filha de uma rica família, disposta a
colocar sua vida ao serviço dos pobres. Irmã Teresa aconselhava "Minha
filha, pensa melhor, reza mais, daqui a algum tempo, vem ter novamente
comigo". Era quase o mesmo conselho que Mons. Périer lhe tinha dado,
tempos atrás. A jovem foi, prensou, rezou e no dia 19 de Março de 1949, dia de
São José, era aceita na nova Congregação. Outras voluntárias foram se juntando
ao trabalho missionário. Mais tarde chamadas de "Missionárias da
Caridade".
A
partir de 1949, começou a se formar uma pequena comunidade. Escolas foram
abertas, enquanto continuaram as visitas aos bairros pobres. As vocações
afluíam e a casa tornou-se muito pequena. O primeiro trabalho com os doentes e
moribundos recolhidos na rua era lavar-lhes o rosto e o corpo. Ainda em 1949, a
constituição das Missionárias da Caridade, começou a ser redigida.
A
Congregação de Madre Teresa, foi aprovada pela Santa Sé em 7 de outubro de
1950. Em agosto de 1952, abre o lar infantil Sishi Bavan (Casa da Esperança) e
inaugura o seu famoso "Lar para Moribundos", em Kalighat, ao qual
dedica as suas melhores energias físicas e espirituais. A partir dessa data, a
sua Congregação começa a expandir-se pela Índia e por várias partes do mundo.
Na Índia, principia por Ranchi e continua depois por Nova Delhi e Bombaim, onde
foi recebida pelo papa Paulo VI em 1964. A obra de Madre Teresa cresceu
rapidamente.
Madre
Teresa recebeu duas grandes salas de um edifício contíguo ao Templo da Deusa
Kali, denominado "Casa do Peregrino" porque servia de dormitório aos
peregrinos. Ela passou a chamar o local de Casa do Moribundo. Os sacerdotes,
frequentadores do templo, não aceitaram a entrega de uma dependência sagrada a
uma mulher católica, para eles era uma profanação. Observando o trabalho da
irmã, mudaram seus pensamentos.
Na
catedral do Santíssimo Rosário, em abril de 1953, as primeiras Missionárias da
Caridade fizeram os seu votos religiosos. A ordem é aprovada pela Santa Sé e no
dia 1 de fevereiro de 1965, com a aprovação pontifícia, estende-se por toda a
Índia. No dia 26 de Julho de 1965 a aberta a primeira casa na América Latina,
na Venezuela, na arquidiocese de Barquisimeto. Em 1967, abre uma casa no
coração da cristandade, em Roma, por desejo expresso de Paulo VI. Mais tarde,
João Paulo II lhe presenteia com uma casa dentro do próprio Vaticano. A partir
de 22 de agosto de 1968, a Congregação estende-se por outras regiões: Ceilão,
Itália, Austrália, Bangladesh, Ilhas Maurícias, Peru e Canadá. Em 8 de Dezembro
de 1970, as Missionárias da Caridade abrem a sua primeira casa em Londres.
Em
1973, abre uma casa em Gaza, na Palestina, para atender os refugiados. Celebra
a primeira Assembléia Internacional dos Colaboradores das Missionárias da
Caridade, instituição cujo estatuto havia sido aprovado em 1969 e que reúne
milhares de pessoas de todo o mundo. Em 15 de junho de 1976, precisamente em
Nova York, funda o ramo contemplativo das Missionárias da Caridade. E em
dezembro de 1976, inaugura centros de assistência no México e Guatemala.
Madre
Teresa recebe o Prêmio Nobel da Paz, em outubro de 1979 e
nesse
mesmo ano, João Paulo II recebe a Madre, em audiência privada e a nomeia
"embaixadora" do Papa em todas as nações. Muitas universidades lhe
conferiram o título "Honoris Causa". E em 1980, recebe a ordem
"Distinguished Public Service Award" nos EUA. Anos mais tarde, será
recebida por Mikhail Gorbachov e abrirá uma casa na Rússia. E no mesmo estava
presente em Cuba. Em 1983, estando em Roma, sofre o primeiro grave ataque do
coração. Tinha 73 anos.
Em
setembro de 1985, é reeleita Superiora das Missionárias da Caridade. Nesse
mesmo ano, recebe do Presidente Reagan, na Casa Branca, a Medalha Presidencial
da Liberdade, a mais alta condecoração do país. Em agosto de 1987, vai à União
Soviética e é condecorada com a Medalha de ouro do Comitê soviético da Paz.
Pouco depois, visita a China e a Coréia. Em agosto de 1989, realiza um dos seus
sonhos, abrir uma casa na sua Albânia, sua terra natal. Em setembro de 1989,
sofre o seu segundo ataque do coração e recebe um marcapasso. Em 1990, pede ao
Papa para ser substituída no seu cargo, mas volta a ser reeleita por mais seis
anos, até 1996.
Madre
Teresa de Calcutá morre no dia 05 de setembro de 1997, depois de sofrer uma
parada cardíaca. Uma fila interminável formou-se durante dias, diante da igreja
de São Tomé, em Calcutá, onde o seu corpo estava sendo velado. Ao fim de uma
semana, com milhares de pessoas ainda querendo dá o último adeus, o corpo da
Madre foi transladado ao Estádio Netaji, onde o cardeal Ângelo Sodano,
Secretário de Estado do Vaticano, celebrou a Missa de corpo presente. O mesmo
veículo que, em 1948, transportara o corpo do Mahatma Gandhi foi utilizado para
realizar o cortejo fúnebre da Mãe dos pobres.
3 comentários:
Fatima, amiga querida.
Brazópolis, minha querida terra natal, é, para mim,a cidade mais católica que existe.Quando criança, fui aluno de Dona Rosa(Rosalvina Carvalho Stussi)pessoa que amei desde o primeiro dia de aula(01/02/1945). Amo-a muito até hoje! Fui seu aluno nos quatro anos do Curso Primário do Grupo Escolar Coronel Francisco Braz. A magnífica Educação proporcionada, então,baseava-se na religião Católica. Às segundas feiras, antes da "chamada" costumeira, D. Rosa fazia uma "chamada" para saber quem tinha ido à missa no domingo. Quando ela desconfiava que alguem mentia(algumas vezes esse alguem era eu!) perguntava sobre o tema do sermão! Um de meus colegas, tambem muito amado por mim, Aquino Dias, onde andará?,em todas as segundas feiras respondia "não", afinal ele era Protestante, direito que lhe assistia!! Lá vinha um "sabão" de D. Rosa! Embora extremamente polida D. Rosa o repreendia.Aquilo ficou, indelevelmente,marcado em minha memória! A tão amada Professora, sempre que podia tentava catequizar o único Protestante da turma. As efemérides eram comemoradas com encenações teatrais. Eu era "arroz de festa" e estava em todas. Como gostava daquele "teatrinho" de D. Rosa! Porem,desde que houvesse oportunidade, o que era muito comum, o "padre" ou o "santo", quem era??? Aquino Dias! Não me esqueço da figura muito compenetrada de Aquino, de batina, ajoelhado no meio do palco!!! Lembranças que me assaltam frequentemente!!
Pois é, Fatima querida, tudo isso para mostrar o quanto a religiosidade brazopolense me marcou! A vida e os questionamentos me fizeram mudar, muito! Mas isso não tem importância. O que gostaria é que você, querida amiga, e seus leitores, procurassem ler o Jornalista britânico, já falecido,Cristopher Hitchens. Ele era um crítico muito sério de Madre Tereza de Calcutá. Hitchens mostra, com provas, que ela não era "tão santa" como se quer apregoar! Segundo suas laudas e mais laudas sobre ela, pode-se dizer que sua canonização é absurda! Aceitem minha sugestão e, depois, se me convencerem que estou errado, me contestem.
Um grane abraço e um beijo respeitoso.
Jairo
AS ETAPAS DA VIDA DE MADRE TEREZA
26 agosto de 1910: nasce em Skopje, Albânia, última de cinco irmãos.
No batismo, recebe o nome de Gonxha Agnes.
1915: Primeira Comunhão
1916: Crisma
1928: entra no Instituto das Irmãs de Loreto, na Irlanda, e recebe o nome de Mary Teresa.
1929: chega a Calcutá, Índia.
1931: emite os votos temporários e é enviada a ensinar no colégio St. Mary para meninas.
1937: emite os votos perpétuos. Desde aquele dia, é chamada de Madre Teresa.
1944: torna-se diretora do colégio St. Mary.
10 de setembro de 1946: durante uma viagem de trem, recebe a inspiração de matar a sede de Jesus pelas almas. Nos meses seguintes, Jesus, por meio de locuções e visões interiores, revela a Teresa o desejo de seu coração de encontrar "vítimas de amor", que teriam "irradiado seu amor sobre as almas". Revela-lhe seu sofrimento em ver o abandono dos pobres e sua dor por não ser conhecido por eles. Pede-lhe de fundar uma comunidade religiosa, as Missionárias da Caridade, dedicadas ao serviço dos mais pobres entre os pobres.
17 de agosto de 1948: sai do Instituto das Irmãs de Loreto e veste, pela primeira vez, o sari branco bordado de azul.
21 de dezembro de 1948: faz a primeira visita à periferia de Calcutá
7 de outubro de 1950: a Congregação das Missionárias da Caridade é reconhecida oficialmente pelo arcebispo de Calcutá.
1960: começa a enviar as irmãs para outros lugares da Índia.
1963: fundação dos Irmãos Missionários da Caridade.
1965: Paulo VI reconhece a Congregação como de direito pontifício e encoraja Madre Teresa a abrir uma casa na Venezuela. A partir daí, seguem outras fundações em todos os continentes.
1973: recebe o Prêmio Templeton pelo progressoda religião.
1976: funda o ramo das Irmãs Contemplativas e, em 1979, os Irmãos Contemplativos. Forma os Colaboradores de Madre Teresa e os Colaboradores Enfermos e Sofredores, de diferentes credos e nacionalidades, que participam de seu espírito de oração e de dedicação por amor aos pobres. Nesta linha, funda também os Missionários da Caridade Leigos.
1979: recebe o Prêmio Nobel pela Paz e o Prêmio João XXIII pela Paz.
1980: recebe a mais alta condecoração civil indiana, o Bharat Ratna.
1980-1990: abre casas em quase todos os países comunistas.
1991: funda o Movimento Corpus Christipara Sacerdotes.
1997: passa a direção do Instituto das Missionárias da Caridade a Madre Nirmala Joshi.
5 setembro 1997: morre e recebe os funerais de Estado do governo indiano.
20 dezembro 2002: João Paulo II aprova os decretos sobre as virtudes heróicas e os milagres.
19 outubro 2003: João Paulo II beatifica Madre Teresa. As Missionárias da Caridade, hoje, são 4337, presentes em 127 nações, com 669 casas.
Nome completo Christopher Eric Hitchens
Nascimento 13 de abril de 1949
Portsmouth, Inglaterra
Morte 15 de dezembro de 2011 (62 anos)
Houston, Estados Unidos
Nacionalidade Inglaterra inglês
Estados Unidos norte-americano
Ocupação escritor, jornalista
Christopher Hitchens , Richard Dawkins, Sam Harris e Daniel Dennett
Considerados os quatros "Cavaleiro do Ateísmo"
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