Odeio-te mulher, e o ódio que carrego
Há de tornar-me horrenda a tua presença agora.
Amei-te um dia, tanto, e como amei! Não nego.
Hoje nem sombras és do que foste outrora.
Oh! Sombra vil, cuja lembrança hoje renego
Ser desprezível que meu coração deplora,
Que louco amei um dia, com amor de cego,
E arrependido, hoje, até minh'alma chora.
Mulher sem alma que manchou-me a vida
E fez do sonho meu uma ilusão perdida
A quem eu negaria um bem ainda sequer.
Enquanto isto dizendo, com ódio e amargura
Baixinho no meu peito o coração murmura
Mentira, eu amo muito ainda essa mulher!
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