És um gesto que é bom, também feito de luz,
Um sorriso, um olhar, a carícia do pranto.
Transfiguras a argila. És um gesto de santo
De quem, a tropeçar, o ceguinho conduz.
És bênção, Caridade, esmola que reluz.
Um São Martinho dando a metade do manto
Ao pobre esfarrapado. És prece, incenso, canto.
A dor de Madalena e o perdão de Jesus.
És o lenço agitado a alguém que vai partindo...
Deus _ pela Criação _ todo glória sorrindo:
A agonia da tarde, os albores da aurora.
No quadro do Calvário, onde há Cristo e Maria,
És o sangue do Filho, esse sangue que expia,
És o pranto da Mãe, que, meiga olhando-o chora...
Um comentário:
Muito lindo este poema do saudoso professor Antonio.
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