O horizonte dessa estrada é trêmulo,
Profuso, sem elos e cheios de divisas
No céu, tão rosa, dissoluto e efêmero
Que tristeza sobre o poente salpica
Ora lá, cá, de lá para cá eu morro.
Parto, renasço, e volto como brisa.
Lá, o amor que silencia meu choro
Colore de saudade tudo o que fica.
O tempo se faz destino, louco fugaz...
E procuro ainda acalmar tal fera
Mas só com essa guerra tenho paz.
E alguém que amo um dia me dirá:
Fugiste então da tua adorada terra?
Sorrirei: -Vou logo, para logo voltar.
Paula Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por dar a sua opinião.
Elogie, critique, mas faça isso com educação.
- Comentário com palavras de baixo calão será excluído.