Miragem verde cheia de doçura...
E eu que pensei que naquela fronte linda,
Houvesse um lampejar de aurora ainda,
Qual noctiluz a agonizar na altura...
Pensei: Pobre de mim que à noite escura
De meu sonho prescrito, à noite infinda,
Trouxe a loucura de ser dia ainda,
Sem pensar que ter luz é uma loucura...
O olhar volúvel, esse amor de um dia,
Foi no vácuo de meu viver sem rumo
Um oásis verde que me seduzia...
Mas pude ver, enfim, já morto o sonho,
Desfeita em cada espira alva de fumo,
A miragem fugaz do oásis risonho...
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