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11 de fevereiro de 2011

Romaria - Uma tradição em Brazópolis - José Mauro Noronha

Fatos Pitorescos

Trocando idéias com a Professora D. Isa Faria Guimarães, a respeito do Santuário de Nossa Senhora Aparecida cuja Igreja foi tombada pelo COMPAC, está registrada no IEPHA e é um ponto que deve ser revitalizado, visto o enorme potencial turístico do local, Turismo Religioso. D. Isa se referiu a um texto que publicou no Jornal da ABLH, que achamos por bem publicar, tanto no Site da Câmara quanto no Jornal Brazópolis, a título de ideia para se alavancar a indústria que Brazópolis tanto almeja. Pois bem, abaixo o texto na íntegra. (José Mauro Noronha - 08/02/2011)

ROMARIA, segundo o dicionário Aurélio, “é peregrinação a algum local religioso”; “é reunião de devotos que participam de uma festa religiosa”. As romarias surgiram em Brazópolis, a partir da devoção de três senhoras moradoras do antigo bairro do Arrozal, ao pé do morro Can-can. Francisca, Ana e Maria Isabel possuíam uma pequena imagem de Nossa Senhora Aparecida – há controvérsia quanto à origem dessa imagem – e muitas pessoas da localidade e dos arredores vinham sempre a casa dessas senhoras fazer as suas orações e súplicas à Virgem, cumprir promessas e depor os seus votos.

Alguns senhores, impressionados com a extraordinária extensão que ia adquirindo aquele piedoso culto e cheios de gratidão pelos favores que também haviam alcançado por intermédio de N. S. Aparecida, resolveram levantar uma capela maior, na área do atual Santuário, construção iniciada em 1862, sob a liderança do Tenente Francisco José Dias Pereira que doara o terreno para o patrimônio da capela, e auxiliado principalmente pelo carpinteiro Sr. Firmino de Oliveira Melo. Essa capela só foi inaugurada em 1892.

Ali celebrava-se o culto a Nossa Senhora e recebia romarias de toda a redondeza, fato que aconteceu durante muitos anos. Tendo em vista o aumento vertiginoso dessas romarias, houve a necessidade de se construir um prédio maior para recebê-las, e, então, o Padre José Antônio Corrêa batalhou pela edificação de uma nova igreja, ajudado por uma comissão bastante dinâmica, e esta nova capela foi inaugurada, com grande pompa, em abril de 1918.

Duas grandes festas de Nossa Senhora Aparecida eram sempre realizadas nessa Capela: as novenas dos meses de maio e de dezembro.

Até 1889, não temos registros escritos das romarias realizadas nesta cidade; é somente através da tradição oral que elas chegaram até nós. Durante a Visita Pastoral de D. Lino Deodato R. de Carvalho, Bispo de S.Paulo, em 1889, este verificou que não havia nenhum livro do Tombo no arquivo da Paróquia de São Caetano da Vargem Grande, no qual eram registrados os acontecimentos paroquiais e outros fatos importantes da localidade. Tal fato causou estranheza a Sua Ex.cia que tomou providências no sentido de fazer um levantamento da história de nossa localidade, consultando os moradores antigos da freguesia. As informações obtidas foram registradas em livro próprio. D. Lino, na sua Visita Pastoral, também recomendou que não se colocassem nas paredes da capela os papéis que ali acharam – simbolizando curas prodigiosas. Poderiam ser colocados na sacristia e corredores. Talvez essa recomendação tenha dado origem à sala dos milagres, que durante muitos anos funcionou no andar térreo da residência do capelão da Igreja N. S. Aparecida. Na década de 1950 ela foi extinta, mas não encontrei os motivos dessa extinção.

No período de 1920 a 1940, vamos encontrar no Livro do Tombo e em jornais da cidade o registro de inúmeras romarias, tanto dos bairros da zona rural (Floresta, Campinho, Santa Bárbara, Boa Vitória, Boa Vista, Teodoros etc.), como das cidades vizinhas (Santa Rita do Sapucaí, Itajubá, Paraisópolis, Pedralva etc.).

Destacamos aqui a romaria, vinda de Itajubá em 12/06/1920, em trem especial, promovida pelo Dr. Antonio Salomon, digno Promotor de Justiça da referida cidade. Entre os romeiros estavam o Dr. Wenceslau Braz Pereira Gomes, C.el Jorge Braga, Presidente da Câmara de Itajubá, o Dr. Barbosa Lima, Delegado, e um grande grupo de fiéis.

Eram comuns romarias de liguistas, congregados marianos, vicentinos, devotos em geral; outras romarias tinham objetivos específicos como pedir a paz, agradecê-la, comemorar certas datas, com agradecimentos a N. S. Aparecida. Os romeiros, a princípio, vinham a cavalo ou em charretes, depois de trem e mais tarde de ônibus, caminhão ou automóveis. O número de romeiros era sempre grande, variando de 100, 250, e até mais de mil, como consta nos registros existentes.

Em setembro de 1957, S. Ex.cia D. Oscar de Oliveira, Bispo Coadjutor, em sua visita a Brazópolis por ocasião da 7ª Concentração Mariana Diocesana, atendendo aos imperativos da tradicional piedade dos fiéis para com a Capela da Aparecida, local de constantes romarias, declarou para alegria geral que a referida Capela estava a partir daquele momento inscrita no número dos Santuários da Diocese de Pouso Alegre, em honra da Virgem Maria.

Este texto foi elaborado a partir de pesquisas em documentos do arquivo paroquial e em jornais antigos desta cidade, mas não esgota o assunto.

Fica aqui uma pergunta: O que fazer para reativar nossas romarias?

ISA DE FARIA GUIMARÃES – ABLH

Fonte: http://www.camarabrazopolis.mg.gov.br/noticias.php?noticia=12

12 comentários:

Anônimo disse...

Pelo momento em que a cidade de Brazópolis esta passando, não é aconselhável tentar reativar o turismo religioso tão importante e fundamental, devemos aguardar a sadia dos poderes executivo e legislativo e rezar para entrar novos "políticos" com mais amor e dedicação a nossa cidade, ai sim recomeçar tudo com os pés no chão e que não seja o João Mauro porque ai a coisa piora.

Anônimo disse...

oi fatima vc sabe me forma qual vai ser a programaçao do carnaval ai no bras....bjs

Anônimo disse...

O que o carnaval tem com romaria????

Anônimo disse...

Anônimo disse...
oi fatima vc sabe me forma qual vai ser a programaçao do carnaval ai no bras....bjs
11 de fevereiro de 2011 16:27
Anônimo disse...
A programação sai da praça e vai acompanhando o trio elétrico até o santuário aparecida, chegando lá todo mundo assiste uma missa e volta sambando atrás do trio elétrico, tá bão assim?rsrsrsrrsrsrsrssr

Anônimo disse...

mais estes povinho de bras e chato ne

Anônimo disse...

porisso que falo brasopolis tinha tudo pra ser uma cidade boa....mais que estraga a cidade e o povo que vive ai....alguns claro......

Anônimo disse...

nossa ate os santos vao cair na folia.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

eu sei que nao tem nada haver o palhaço mais o jornal dai ai e pra pergunta vc nao acha roceiro.........

Anônimo disse...

Virgem Maria!!!Que povo sem humor...Mas cá pra nós,numa matéria tão bem elaborada,perguntando de carnavai?A JANELA virou palhaçada?Provavelmente a pessoa que fez essa pergunta não acompanha o jornal(de ótima qualidade).A pergunta poderia ser feita lá no assunto que fala de marchinha.
Dona Isa,a senhora ficaria desiludida se fosse tentar resgatar a tradicional romaria(linda que era).Mas já valeu por nos ter dado a honra de ler um tão bem escrito.Parabéns!

Anônimo disse...

Se formos sambando pro santuário com saída da matriz perderemos uns bons quilinhos e os santos agradecem.Vê se enxerga anônimo que pergunta sobre carnaval,numa matéria extraordinária como essa.

REENCONTRO CIANORTE disse...

SOU DE MARINGA/PR, PROCURO POR UM FILHO DO MEU PADRINHO QUE MORAVA EM PIRANGUINHO, CUJO NOME ERA SEBASTIAO MARTINS. POR ACASO, O JOSE MAURO NORONHA NÃO É FILHO DELE?

REENCONTRO CIANORTE disse...

PROCURO PELO FILHO DE MEU PADRINHO SEBASTIAO MARTINS QUE MORAVA EM PIRANGUINHO À BEIRA DA RODOVIA. POR ACASO, JOSE MAURO NORONHA NAO É FILHO DELE?
SOU JOSE PAULA SILVA E MORO EM MARINGA/PR, ESTIVE EM BRASOPOLIS DIAS 21 E 22 DE NOVEMBRO/2011, MAS NAO TIVE TEMPO PARA PROCURÁ-LO

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