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14 de setembro de 2012

Porque eu sei que é amizade - Patrick Reis



Somos quatro crianças perdidas, com medo de errar, de se frustrar mais à frente. Somos quatro seres humanos comuns, suscetíveis à perdas e ganhos. E a partir de agora, cada um seguindo seu próprio caminho, como deveria ser. E o último rompimento de laço foi triste, silencioso e inesperado. Triste porque deixou um coração solitário, que se sentiu perdido diante das eventualidades da vida. Silencioso, porque eu sabia o quanto estava doendo, mas nenhuma palavra se quer eu ouvi. Inesperado, porque se disse há algum tempo atrás que eu estaria envolvido nessa história, eu não acreditaria.
E assim foi... Era pra ser só mais uma despedida, mas acho que no fundo sabíamos que era o final daquela 'coisa' invisível que sempre nos unia. Talvez porque aquele fiozinho que segura toda uma estrutura tenha se rompido, para que um novo fio seja colocado no lugar. Não digo que acabou, digo apenas que um ciclo se fechou.
Sei que seremos pra sempre quatro amigos, descobrindo as nossas falhas, tentando nos redimir de nossos pecados para com o outro. Sempre voltaremos para a casa na esperança de esbarrar com o outro, pelo simples fato de ver que tudo está bem. Por muito tempo, apenas isso me bastou. Talvez tudo isso faça parte da minha hipérbole de dramatização de tudo. Mas no fundo, eu me vi perdido diante das evidências. Me despedi, como quem parte pra voltar em breve. Tentei ser amigo, dar o colo se necessário pra chorar. E esperei qualquer coisa do lado de lá, que não veio.
Eu ainda acredito que minha maior falha no meio dessa história toda, tenha sido querer mudar a todos. Tentei moldar amigos perfeitos, amigos que riam quando eu precisava e emprestava o ombro pras horas tristes. Por muitas vezes, eles foram isso. E por vezes, eu rejeitei. Não prestei atenção. A gente tem mais de achar que todos os problemas tem a ver com a gente, acho que é por isso que eu insisto em crer que o maior errado de nós quatro tenha sido eu. Mas sei que é tarde, que o rio já passou por nós, mas me satisfaço porque consegui consertar a tempo.
Que nessa nova fase, nós quatro saibamos aprender com nossas falhas. E que façamos novos e muitos amigos, pra que a gente possa sentir saudade dos velhos, e quando chegar a hora de reencontrar possamos dar o devido valor. E que além disso, venham sonhos novos, amores novos, empregos novos (fazer o que, né?! Rs), loucuras novas, drinks novos, lágrimas novas. Meu desejo é pra que alguém do lado de lá, mais necessariamente em Boston, NY ou Miami, consiga desvendar muita coisa sobre você que eu, talvez, não tenha conseguido. Desejo que Portugal ria com suas piadas (só não vale de português, ok?). Desejo que você se encontre, se descubra e arrisque um pouco mais; e que se prepare para reunir esses bobos aqui, porque você faz isso muito bem, não deixando o nó desatar.
Chegamos na curva, onde a gente se despede e tenta ser feliz. Onde buscamos pecinhas novas para nosso quebra-cabeça particular. E ali na frente, nos encontraremos de novo pra ver se essas peças ainda podem se encaixar. E eu estou certo que sim, porque eu sei que é amizade.
"... apenas seguem caminhos diferentes."
                                                                                                        

Um comentário:

Adriana Lucia disse...

Coisa mais linda que ja li! Amo vocês! Você é demais Patrick!

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