6 ANOS LEVANDO AS NOTÍCIAS DA TERRINHA QUERIDA

AQUI, FÁTIMA NORONHA TRAZ NOTÍCIAS DE SUA PEQUENA BRAZÓPOLIS, CIDADE DO SUL DE MINAS GERAIS.

E-MAIL DE CONTATO: fatinoronha@gmail.com

7 de maio de 2012

Fernando Gabeira fala sobre “Cidades Sustentáveis” na FLIPOÇOS


Em 05 de maio de 2012 na FLIPOÇOS – Feira Literária Internacional de Poços de Caldas/MG, Fernando Gabeira ministrou uma palestra no Espaço Urca de Poços de Caldas. O tema da palestra foi “Cidades sustentáveis”.

Gustavo Noronha esteve presente e achou interessante algumas questões abordadas, principalmente aquelas em que Gabeira  fala sobre cidades do nosso porte.

Durante a palestra Fernando Gabeira foi questionado sobre o poder do povo, dos vereadores e prefeitos das cidades pequenas.

“Todos os prefeitos apoiavam um certo candidato do  governador, na campanha, quando eu tentava conquistar votos de alguns servidores municipais eles já diziam: “Mas o prefeito já avisou se nós não votarmos no nosso candidato ele demite”
Então o prefeito, realmente tem um grande poder através  dos empregos que ele dá na prefeitura.
A outra questão que observei em Teresópolis é um caso que vale a pena contar.
Eu estava em Teresópolis acompanhando o desastre e todas as suas evoluções. E houve uma reunião na câmara de vereadores para criar uma CPI. E a população foi para a câmara dos vereadores pra ver a CPI sendo criada e eles sabiam que alguns vereadores  não eram bons para isso e que outros vereadores eram  de confiança.
Então foi interessante é que eles colocaram os nomes dos vereadores no chapéu para serem sorteados e eu fui designado, eu era uma pessoa de mais visibilidade na plateia e de fora então,   me chamaram para tirar os nomes.
Eu percebi que eles vaiavam alguns vereadores  e aplaudiam outros quase que automaticamente. E quando eu olhei para os vereadores que estavam sendo vaiados eles pareciam que estavam  entendendo bem porque estavam sendo vaiados. (risos) Eles sabiam porque estavam sendo vaiados. Eu cheguei a conclusão que é o processo diferente de Brasília.
Quando Você  fala sobre corrupção em Brasília, os deputados que se envolveram lá e tal, são pessoas mais distantes de você, mas o vereador não, é um cara que convive contigo ali no cotidiano. Você sabe o que ele no verão passado.(risos) Então é uma situação que dá também uma certa força. Se de um lado você tem esta pressão de outro lado você tem um conhecimento maior também.
Veja, por exemplo,  numa cidade pequena o enriquecimento ilícito de políticos e administradores. Dificilmente eles conseguem esconder. Numa cidade grande ou num país, eles podem comprar coisas na Suíça, podem comprar  em Miami. Em Miami estão comprando tudo, nós os brasileiros  com dinheiro, entre eles muitos políticos . E como você vai controlar quem é o dono de um apartamento em Miami? Não dá.
Mas quando é uma cidade pequena e há um processo de crescimento, ele é visível, as pessoas  percebem,  isso também é uma força. Acontece também que em uma cidade pequena o poder de pressão do prefeito é grande e a corelação de forças é muito delicada, mas eu acredito e houve já cidades pequenas no Brasil que conseguiram destituir o prefeito e houve uma em são Paulo  que conseguiu uma coisa mais interessante, criar um sistema de monitoramento da administração.  É um sistema través do qual você sabe exatamente como estão gastando o seu dinheiro. Quando eu digo o seu dinheiro é interessante porque no Brasil a gente não liga tanto pro dinheiro  do estado. To falando de quase 30 milhões de reais  mas varia, a .gente não sente, é uma abstração. A gente não sabe, dentro de nós ou não sente  emocionalmente que aquele é o nosso dinheiro, que uma parte de seu dinheiro foi roubada. Então essa sensação no Brasil também precisa ser difundida , a de que o dinheiro público  nasce  do trabalho e do pagamento das pessoas e muitas delas não relacionam este fato.”

Poços de Caldas se transforma em cidade literária cada vez que abriga esta feira nacional de livros.
A programação da Flipoços é extensa. Há seminário, debates, seções dedicadas a gastronomia, histórias em quadrinhos, literatura infantil etc. Na agenda, ainda, encontro de hip-hop, shows e teatro.
 Participaram das atividades 120 convidados, entre eles, Zuenir Ventura, Luiz Fernando Verissimo, Fernando Gabeira, Ferreira Gullar, o cartunista Paulo Caruso, o sociólogo Luiz Eduardo Soares e a monja budista Coen. O evento tem uma convidada internacional: a jovem escritora holandesa Franca Treur, que comparece hoje para falar sobre o seu romance de estreia, Confetes na Eira.

A opção pela diversidade tem motivo, “Poços de Caldas tem ao redor em torno de 80, 100 cidades, além de outras do interior de São Paulo. Gostaríamos que todas elas tivessem no Flipoços, referência no que se refere a incentivo à leitura”, explica Gisele Corrêa Ferreira. Se em 2011 o evento recebeu 40 mil pessoas, a expectativa é de que, este ano, os frequentadores cheguem aos 80 mil. A Flipoços nasceu da constatação da diretora do festival literário, quando morou na Suíça, de que o bom desenvolvimento cultural e educacional são decisivos para a formação de um povo e um país. “Além disso, sou leitora, gosto de livros e acredito no potencial deles como agentes de transformação humana para melhor”, observa. Ela conta que a atividade tem, inclusive, estimulado o surgimento de escritores na cidade.

2 comentários:

José Raimundo Rodrigues Neto - Brazopolense em SJCampos disse...

Sabem, eu não consigo entender pq o povo tem tanto receio de exigir o que lhe é de direito. Reclamem do que não gostam, peçam pra saber, fiquem atentos... Ninguém está ofendendo ninguém por querer saber o que é feito em nossa cidade.
Poucos são os que relamar e mostram a "cara". Anônimos são inúmeros. Mas anônimo não tem voz.
Aprendam a cometar e dar seus nomes. Mostrem a força do nosso povo. Elogiem o que tem que elogiar, mas tb reclamem, deem sugestões. Se o povo cala vão pensar que está tudo bem.
Reclamar, cobrar não é ofensa é democracia!!!

Anônimo disse...

Fernando Gabeira e Marina Silva estes eu reconheço como PV, já aqui em Brazópolis a coisa muda de figura.

Postar um comentário

Obrigada por dar a sua opinião.
Elogie, critique, mas faça isso com educação.
- Comentário com palavras de baixo calão será excluído.