Sonhar era mesmo com ele. Sempre estava com uma idéia nova na cabeça. Adorava fazer reformas. Queria que sua casa ficasse confortável e prática. Há tempos estava com idéia de abrir uma porta naquela parede. Ia ficar bem prático e mais bonito. Abriria uma porta ali e fecharia a outra. Pegou um lápis e riscou a parede marcando onde seria a porta nova, sentou-se bem em frente à parede e ficou imaginando como ficaria... Como um bom sonhador conseguiu imaginar a porta, a maçaneta, a parede pintadinha de branco. “Vai ficar bem melhor”- pensou. Seu sonho foi interrompido pela voz de seu filho:
- Pai, o jantar está pronto!
- Estou indo, meu filho, estou indo.
E ainda preso ao seu sonho, se levantou da cadeira e saiu pela sua porta imaginária...
Essa “pequena” distração lhe rendeu um belo galo na testa e uma noite inteira de dor de cabeça!
(Crônica do livro "Noronhando..." de Fátima Noronha
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