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AQUI, FÁTIMA NORONHA TRAZ NOTÍCIAS DE SUA PEQUENA BRAZÓPOLIS, CIDADE DO SUL DE MINAS GERAIS.
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17 de julho de 2011
MAIS UM ANIVERSÁRIO... NO CÉU - Cônego Luiz Gonzaga Ribeiro
Aquele padre, franzino de corpo, mas gigante de alma, chegou àquele cidade que ele chamava “sua terra” – Brasópolis.
Cidade modesta, tradicional, plantada à cavaleiro de uma colina, derramava o seu casario pelas ruas estreitas e pelas travessas ameaçadoramente empinadas, abrigando gente mineira na raça, no modo e nos nomes.
Ali, naquele convívio fraternal e cristão, o sacerdote recém-chegado, encontrou sua família espiritual, a quem dedicou tempo, saúde e amor.
Fazia-se presente em tudo e a todos. Numa inauguração, num culto fúnebre. Numa formatura de escola, numa reunião de comunidade. Numa hora e, às vezes, as desoras de infermidade ou contratempo. Nos momentos festivos da cidade.
Nunca se omitiu nas suas funções sacerdotais. Era sempre a presença visivel e notada do amigo, do cavalheiro, do lider da comunidade, do pastor de almas. Com fé, otimismo e fraternidade.
Padre Quinzinho pra cá... Padre Quinzinho pra lá... hei-lo invariavelmente presente, com simplicidade mas sincero. Falando pouco, ouvindo muito, mas sempre edificando, esclarecendo, aconselhando.
O relógio do tempo, inexorável, assinalou-lhe 45 longos anos pastoreando zelosamente o rebanho de Deus em sua mimosa paróquia. Quarenta e cinco anos de trabalhos, de sacrifícios, de fraternidade amiga, fiel e largamente generosa.
Ninguém melhor do que ele realizou, à risca sem vacilação nem demora o programa do Divino Mestre – “Eu Sou o Bom Pastor. Conheço minhas ovelhas e elas me conhecem. O Bom Pastor dá vida à suas ovelhas”. Deu-a no dia 16 de julho de 1971.
Estas palavras poderíamos escrevê-las em sua sepultura. Ser-lhe-iam o melhor elogio. O mais belo epitáfio para glorificar o servo de Deus.
A poeira destruidora do tempo nada apagou de sua vida, de seu exemplo, de suas virtudes.
Passado alguns anos – emoldurados da saudade de seus amigos e da gratidão de seu povo, do seu bom povo – sua figura emerge, na história de Brasópolis, projetando sua bondade e zelo pastoral na tela da sociedade e no íntimo dos corações.
Bem o diz a palavra do Senhor, na Bíblia:” A lembrança do justo viverá eternamente”.
Monsenhor Quinzinho Noronha, debruçado sobre a pedra fria de seu túmulo glorioso com os que mais o sejam – que é a apoteose de um santo e de um justo sabemo-lo constantemente adornado de velas e flores – velas de amizade e flores de gratidão – nós lhe pedimos confiantemente: Rogai por nós!
(Artigo publicado no Jornal “Brazópols”,em julho de 1977)
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