Tive uma infância feliz. Sempre fui uma criança muito esperta, que comandava a turma, os jogos, as brincadeiras. Era sempre o “dono da bola”...
Na adolescência, fui líder de classe e queria mudar a escola, a cidade e o mundo. Sonhava ser um adulto bem sucedido, rico e com muito poder.
O tempo foi passando e meu sonho ficava ainda mais forte...
Mais tarde, desisti de um bom emprego por não ver nele nenhuma expectativa de subir na vida. Então me filiei a um partido político. Candidatei-me a vereador. Fiz uma boa campanha (minhas idéias eram ótimas). Venci e fui um bom vereador. Defendi meu povo, lutei por ele, consegui boas coisas.
Não demorou e fui indicado, pelo partido para o cargo de Prefeito. Fiquei receoso, mas batalhei, corri cada canto de minha cidade, mostrei meu plano de governo. Venci novamente! Senti dificuldades em aplicar meus planos. A oposição era grande. Às vezes achava que ela tinha razão, mas deixava pra lá e seguia o meu partido, mesmo não concordando com algumas idéias...
Consegui me eleger deputado. A coisa piorou. Eu não tinha nenhuma voz ativa, o partido mandava mais que eu. Fiz tudo que o partido mandou. Não me interessei muito em saber se era certo ou errado, simplesmente obedecia... Mas vi que estava vendendo a minha consciência. Ainda assim fiz projetos, briguei por coisas básicas, lutei pelo bem do povo, mas estava sozinho, ninguém ali pensava como eu. Fui cortejado por outra sigla. Prometeram-me um Estado! Meu sonho aumentou! Esqueci meus ideais, me aliei a eles... Fui eleito Governador! Olhei para trás e vi que tinha vendido minha vergonha!
Agora eu prometia, prometia, mas nada cumpria. Meu destino eram os votos. O resto? O resto o tempo apaga... Como governador, mirei o horizonte à frente, esqueci das promessas atrás. Tinha um objetivo e precisava lutar por ele, custasse o que custasse... Fiz e desfiz no Estado. Era minha ponte para prosperidade e mais poder... O povo acreditava em mim. Eu falava muito e fazia pouco, mas tinha lá meus culpados a apontar, falsos é lógico, mas quem saberia a verdade?
Depois, me mostraram um País... Fiz reuniões, uniões, coligações... provoquei confusões, discussões e desilusões... Venci! Falsas promessas outra vez me levaram ao topo. Fui aclamado, aplaudido. Brasília, enfim Brasília!!! Fui eleito Presidente da República!!!
Olhei para trás e lá estavam meu orgulho, minha sensatez, meu equilíbrio, minha hombridade, minha consciência, minha vergonha... Tudo vendido!... Mas não me importei. Eu estava lá! As promessas tinham que ser grandes: Reforma agrária, educação, trabalho e saúde para todos... E num toma-lá-da-cá, pincelei algo aqui, algo ali...Enriqueci... Outras pessoas enriqueceram comigo... E eu construindo o meu sonho de poder às custas do trabalho, do sangue e lágrimas de um povo sofrido.
Um dia pensei: Quero ir ainda mais longe. Quero ser reeleito!!! Mas... o que vender agora? Já não tinha mais nada... E foi aí que vendi minha alma !!!
(Este é um personagem fictício)
5 comentários:
Quem é correto e tem vergonha na cara, desiste de ser politico nesse pais corrupto e povo que não sabe votar, votam por interesse e a troco de um empreguinho para si ou para um parente próximo, alguns não são atendidos mas votam novamente nos mesmos políticos para serem enganados de novo, cada povo e cada cidade tem os dirigentes que merecem.
Veja onde se aprende corrupção: Quando um professor passa algum trabalho em grupo, para se fazer em sala de aula ou mesmo em casa, geralmente, um ou outro aluno não faz nada e coloca o nome no grupo de trabalho e recebe a nota como se tivesse participado do mesmo. O grupo não questiona a participação do mesmo, e ainda o defende perante o professor, mesmo se ele for argüido e não souber explicar nem uma linha do trabalho. Vocês já perceberam que no trabalho alguns colegas batem o ponto por outro pra que não fique registrado o atraso, ou mesmo a ausência, e às vezes é defendido pelos colegas como se o mesmo realmente compareceu ao trabalho naquele horário. Tanto no exemplo do Trabalho em Grupo na Escola e o do funcionário que não bateu o ponto, ambos as pessoas que não fizeram nada serão beneficiadas. Isso não é corrupção? Interessante, E aqueles alunos que nem sabe o nome do professor direito e vive a lhe trazer, lhe dar presentes? Quando chega numa avaliação, o mesmo não sabe nada e chega para o professor e diz: aí professor! Sabe como é? Sou seu amigo e coisa e tal! Aí o professor faz vista grossa e passa um trabalho (dá um jeitinho) e coisa e tal e os alunos são aprovados. Isso quando não vem a ordem dos nossos coordenadores e ou diretores de escolas (às vezes o aluno é amigo do diretor e coordenador) pra passar um trabalho (dar um jeitinho) pra ajudar o aluno. E quanto às leis que dão vários direito aos alunos. É recuperação da recuperação, provão da recuperação e acaba alguns alunos sendo aprovado sem sabe ler e nem escrever direito. . Engraçado! Será pura coincidência a semelhança de tais facilidades ou impunidades. Mas, os nossos diretores de escolas e Administradores públicos fazem isso pra agradar o aluno e o eleitor. E as eleições para o Conselho Comunitário e Grêmio Escolar? Já perceberam que os participantes dos mesmos geralmente são alunos não muito chegados ao estudo em sala de aula e que os mesmo geralmente defendem alunos que não fazem nada e vivem a perturbarem os que querem alguma coisa, só para ganharem os votos. Chegam, inclusive, a pressionar os professores para ajudarem os colegas, que estão muito ruins de nota. Sem dizer que em alguns casos os candidatos são indicados por diretores e coordenadores do colégio. Será que a semelhança com as eleições dos nossos representantes nas câmaras legislativas municipais, estaduais, deputados federais e senadores é pura coincidência? Ou os adultos já vieram das escolas com esse aprendizado? Eu pergunto mais uma vez: será que nossas escolas não é um bom exemplo de como aprendemos a ser corruptos? Ou será apenas imaginação fértil de um cidadão tolo
Quando vemos os noticiários sobre corrupção de alguns administradores, políticos ou mesmo funcionários públicos, sempre nos perguntamos: onde nós estamos. Estamos cercados de corrupção por todos os lados! Em um grau maior ou menor! Sim! Às vezes chegamos a nos indagar: mas fulano quando estudava, trabalhava ou mesmo era de nossa convivência não era assim. Será? Já parou pra pensar que nós aprendemos corrupção no dia e dia e não estamos sequer percebendo? Percebemos apenas quando a mídia divulga algum político de um ou outro partido, nas esferas dos poderes constituídos, que cujo interesse às vezes é partidário e não para se resolver o problema. Olhe em seu município, bairro e ou distrito, vejam quantas coisas erradas existem e ninguém denuncia por medo e ou interesse.
Vejam que legal !! (INTERESSANTE) as vezes quando, temos que marcar uma consulta em um posto médico publico, e ou tirar um documento em alguma secretaria. Não é que, em muitos casos, dando algum presentinho as pessoas que são responsáveis por tais coisas a tal pendenga se resolve rapidinho! Lembram quando o político lhe oferece facilidades na coisa pública, lhe dá um emprego ou a alguém da sua família e você vota nele. E quanto às leis que dão vários direito aos alunos. É recuperação da recuperação, provão da recuperação e acaba alguns alunos sendo aprovado sem sabe ler e nem escrever direito. Fora da escola temos aquelas leis que o cara vai preso e tem direito a tanta coisa que a gente tem a impressão que o mesmo nunca foi e nunca será punido. E quando nossos políticos são pegos com a mão na botija? Ai vem o tal de foro privilegiado, imunidade parlamentar, só pode ser julgado pelo supremo e por ai vai. Engraçado!
Viu falaram tudo!! que realidade parabéns.
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