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4 de julho de 2015

FOFOCA - ROSA NORONHA



A energia que movimenta nossos pensamentos, sentimentos e ações existe, de forma imparcial, em todos. Cada um escolhe como canalizá-la: se para o amor, a raiva, o ódio, os sonhos infrutíferos e egóicos, os planejamentos audaciosos, os desejos altruístas, o perdão, a vingança... Podemos optar pelo desperdício desta energia numa vida apática e sem graça, como que economizando-a, ou pela euforia desenfreada e sem propósitos. Ou decidir por usá-la de forma equilibrada. De qualquer maneira, somos, e assim estaremos ainda por muito tempo, seres imperfeitos, e sempre nos esbarraremos em nossos vícios, mais ou menos comprometedores.
Um dos mais comuns entre eles, e também mais prejudicial, é a maledicência.
O interessante é que muitos que o alimentam sequer o percebem, ou, pelo menos, se comportam como se fossem as pessoas mais bondosas, caridosas e religiosas do mundo!
Lembro-me que, há muitos anos, enquanto me dirigia a uma via-sacra, no Santo Cruzeiro, às cinco da madrugada, denominada, não sem razão, “procissão da penitência”, uma vizinha, destas que chamariam de “rato de sacristia”, me acompanhou até lá, e no trajeto, falando sem pausas, abordava, de maneira pouco elogiável, o comportamento inadequado de outro vizinho. Ouvindo-a, desencorajada para ser mal educada, sem contudo alimentar aquele diálogo maldoso, pensava comigo que sua atitude, a meu ver, invalidava o seu suposto sacrifício de se levantar tão cedo para participar do ato religioso, e que melhor seria se se abandonasse pacificamente à placidez de seu travesseiro.
Se as grandes cidades pecam pelo descaso absoluto em relação ao outro, em que vizinhos sequer se conhecem pelos nomes, as pequenas cidades cometem outro tipo de pecado: as vidas alheias são infiltradas de forma grotesca, injusta, desumana, deselegante, invasiva, agressiva e ridícula.
Claro que isso não é, felizmente, comportamento generalizado. Assim como nas grandes cidades há pessoas afáveis, solidárias, cooperativas, educadas, amáveis, nas pequenas cidades há aqueles que abominam o disse me disse. Porém, infelizmente, tanto uma atitude, como a outra, a de indiferença absoluta e a de fofocagem suprema, podem se tornar, se o permitirmos, algo contagioso.
Nossas energias são dons divinos. Fomos todos agraciados com elas, e também com a liberdade de usá-las como nos aprouver: para o bem ou para o mal. Não somos anjos, nem demônios, e temos a nítida percepção do certo e do errado. E quando erramos, no grau evolutivo em que nos encontramos, sabemos que erramos! A hipocrisia, no entanto, acompanha, não raro, o fofoqueiro, que muitas vezes usa a roupagem da religião para camuflar a sua indignidade: “Deus que me perdoe... Coitada... Mas vocês viram o que fez a Josefa?...” Ou: “Você sabe o quanto detesto falar dos outros, mas precisamos, com o auxílio da Maria Santíssima, ajudar o João... Então você não soube?!...”
Seria certamente menos condenável se tais pessoas, que muitas vezes se utilizam, para "trocar novidades", de eventos religiosos ou grupos supostamente solidários, assumissem a sua sensação orgásmica diante dos deslizes alheios...
Aqueles que se deleitam com os erros dos outros normalmente são indivíduos a quem falta a necessária autoestima, e precisam, para se sentir melhores, concluir que o outro lhes é inferior. É só observar os indivíduos valorosos, que pautam a sua existência em coisas que valham a pena, o que inclui solidariedade, altruísmo e respeito ao próximo, que não só reconhecem o quanto ainda precisam caminhar dentro da senda da evolução, como respeitam o outro com suas diferenças!
A energia que gastamos para tentar detonar a vida alheia é a mesma que precisamos para nos prestarmos à utilidade da existência. Assim como a energia do ódio é a mesma que alimenta o perdão. Assim como uma pedra é uma pedra, mas pode ser utilizada para a fabricação de um banco, uma obra de arte, uma ferramenta ou uma arma. Depende tão unicamente de cada um modificar o rumo dos pensamentos, desejos, sentimentos, ações e falas. Tornar-me um ser de boa índole ou não. Cuidar de minha vida e, quando preciso, do próximo, e não da vida alheia! Cuidar do próximo implica em amor, solidariedade, espiritualidade, bondade; cuidar da vida alheia vai totalmente contra os princípios de nosso Criador e dos ensinamentos do Mestre.
Brasópolis é uma linda cidade. Um tanto quanto mal cuidada, é verdade, mas, ainda assim, um belo cenário, com suas roxas montanhas, as ruas sossegadas e a paz potencial dos pequenos lugares. Isso poderia ser amplificado de muitas formas, e uma delas, tenho certeza, seria a multiplicação de nossas energias nas boas causas, como, por exemplo, nossa preocupação com o próximo, e não com a vida do próximo! Nas crenças e escolhas coletivas, convencionou-se que a fofoca é comum nas pequenas cidades, assim como a indiferença o é nas grandes. Mas nada disso é verdade! Somos criaturas potencialmente perfeitas, e não podemos nos deixar contagiar com o corriqueiro.
Afinal, sempre é tempo de evoluir, e a hora é agora!

5 comentários:

Anônimo disse...

bonequinha linda eu gosto de vc ,,seu admirador secreto

Anônimo disse...

respeito comm a rosa mano,?? ela ja é minha fica na sua ??? se nao vai dar pobremas para vc

Zé Silva disse...

Que isso, meu? dois brother disputando uma mulher q nem sabe q existem... P q não assinam as msg? Simples assim... Eu, hein. Credo!!!!!!!!!!!

Ass. Zé Silva

Anônimo disse...

uai zé silva tambem ta disputando kkkk ciumento kkkk calma a rosa escolhe quem quer meu amigo ass MARCIO CORREIA DA LOJA

Zé Silva disse...

Quem é tu marcio correia? onde é sua loja? e qual seu interese nisso? namorar a rosa?

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