A
energia que movimenta nossos pensamentos, sentimentos e ações existe, de forma
imparcial, em todos. Cada um escolhe como canalizá-la: se para o amor, a raiva,
o ódio, os sonhos infrutíferos e egóicos, os planejamentos audaciosos, os
desejos altruístas, o perdão, a vingança... Podemos optar pelo desperdício
desta energia numa vida apática e sem graça, como que economizando-a, ou pela
euforia desenfreada e sem propósitos. Ou decidir por usá-la de forma
equilibrada. De qualquer maneira, somos, e assim estaremos ainda por muito
tempo, seres imperfeitos, e sempre nos esbarraremos em nossos vícios, mais ou
menos comprometedores.
Um
dos mais comuns entre eles, e também mais prejudicial, é a maledicência.
O
interessante é que muitos que o alimentam sequer o percebem, ou, pelo menos, se
comportam como se fossem as pessoas mais bondosas, caridosas e religiosas do
mundo!
Lembro-me
que, há muitos anos, enquanto me dirigia a uma via-sacra, no Santo Cruzeiro, às
cinco da madrugada, denominada, não sem razão, “procissão da penitência”, uma
vizinha, destas que chamariam de “rato de sacristia”, me acompanhou até lá, e
no trajeto, falando sem pausas, abordava, de maneira pouco elogiável, o
comportamento inadequado de outro vizinho. Ouvindo-a, desencorajada para ser
mal educada, sem contudo alimentar aquele diálogo maldoso, pensava comigo que
sua atitude, a meu ver, invalidava o seu suposto sacrifício de se levantar tão
cedo para participar do ato religioso, e que melhor seria se se abandonasse
pacificamente à placidez de seu travesseiro.
Se
as grandes cidades pecam pelo descaso absoluto em relação ao outro, em que
vizinhos sequer se conhecem pelos nomes, as pequenas cidades cometem outro tipo
de pecado: as vidas alheias são infiltradas de forma grotesca, injusta,
desumana, deselegante, invasiva, agressiva e ridícula.
Claro
que isso não é, felizmente, comportamento generalizado. Assim como nas grandes
cidades há pessoas afáveis, solidárias, cooperativas, educadas, amáveis, nas
pequenas cidades há aqueles que abominam o disse me disse. Porém, infelizmente,
tanto uma atitude, como a outra, a de indiferença absoluta e a de fofocagem
suprema, podem se tornar, se o permitirmos, algo contagioso.
Nossas
energias são dons divinos. Fomos todos agraciados com elas, e também com a
liberdade de usá-las como nos aprouver: para o bem ou para o mal. Não somos
anjos, nem demônios, e temos a nítida percepção do certo e do errado. E quando
erramos, no grau evolutivo em que nos encontramos, sabemos que erramos! A
hipocrisia, no entanto, acompanha, não raro, o fofoqueiro, que muitas vezes usa
a roupagem da religião para camuflar a sua indignidade: “Deus que me perdoe...
Coitada... Mas vocês viram o que fez a Josefa?...” Ou: “Você sabe o quanto
detesto falar dos outros, mas precisamos, com o auxílio da Maria Santíssima,
ajudar o João... Então você não soube?!...”
Seria
certamente menos condenável se tais pessoas, que muitas vezes se utilizam, para
"trocar novidades", de eventos religiosos ou grupos supostamente
solidários, assumissem a sua sensação orgásmica diante dos deslizes alheios...
Aqueles
que se deleitam com os erros dos outros normalmente são indivíduos a quem falta
a necessária autoestima, e precisam, para se sentir melhores, concluir que o
outro lhes é inferior. É só observar os indivíduos valorosos, que pautam a sua
existência em coisas que valham a pena, o que inclui solidariedade, altruísmo e
respeito ao próximo, que não só reconhecem o quanto ainda precisam caminhar
dentro da senda da evolução, como respeitam o outro com suas diferenças!
A
energia que gastamos para tentar detonar a vida alheia é a mesma que precisamos
para nos prestarmos à utilidade da existência. Assim como a energia do ódio é a
mesma que alimenta o perdão. Assim como uma pedra é uma pedra, mas pode ser
utilizada para a fabricação de um banco, uma obra de arte, uma ferramenta ou
uma arma. Depende tão unicamente de cada um modificar o rumo dos pensamentos,
desejos, sentimentos, ações e falas. Tornar-me um ser de boa índole ou não.
Cuidar de minha vida e, quando preciso, do próximo, e não da vida alheia!
Cuidar do próximo implica em amor, solidariedade, espiritualidade, bondade;
cuidar da vida alheia vai totalmente contra os princípios de nosso Criador e
dos ensinamentos do Mestre.
Brasópolis
é uma linda cidade. Um tanto quanto mal cuidada, é verdade, mas, ainda assim,
um belo cenário, com suas roxas montanhas, as ruas sossegadas e a paz potencial
dos pequenos lugares. Isso poderia ser amplificado de muitas formas, e uma
delas, tenho certeza, seria a multiplicação de nossas energias nas boas causas,
como, por exemplo, nossa preocupação com o próximo, e não com a vida do
próximo! Nas crenças e escolhas coletivas, convencionou-se que a fofoca é comum
nas pequenas cidades, assim como a indiferença o é nas grandes. Mas nada disso é
verdade! Somos criaturas potencialmente perfeitas, e não podemos nos deixar
contagiar com o corriqueiro.
Afinal,
sempre é tempo de evoluir, e a hora é agora!
5 comentários:
bonequinha linda eu gosto de vc ,,seu admirador secreto
respeito comm a rosa mano,?? ela ja é minha fica na sua ??? se nao vai dar pobremas para vc
Que isso, meu? dois brother disputando uma mulher q nem sabe q existem... P q não assinam as msg? Simples assim... Eu, hein. Credo!!!!!!!!!!!
Ass. Zé Silva
uai zé silva tambem ta disputando kkkk ciumento kkkk calma a rosa escolhe quem quer meu amigo ass MARCIO CORREIA DA LOJA
Quem é tu marcio correia? onde é sua loja? e qual seu interese nisso? namorar a rosa?
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