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20 de agosto de 2010

PORTA – Renato Lôbo

Se você abre uma porta,
você pode ou não
entrar em uma nova sala.

Você pode não entrar
e ficar só observando... de fora.

Mas se você vence a dúvida e o medo,
e entra,
dá um grande passo:
é que nesta sala existe vida.

Mas isso gera uma outra preocupação:
são as inúmeras demais portas
que você acaba descobrindo.

O grande segredo é saber
quando e qual porta
deve ser aberta.

A vida não é rigorosa,
ela propicia erros e acertos.
Os erros acabam transformados em acertos
quando com eles se aprende.

Não existe a segurança do acerto eterno.
Não existe o perigo do erro constante.

A vida é generosa.
A cada porta que se abre,
a cada sala que se entra,
outras tantas portas vão se abrindo,
outras tantas salas, desvendando-se.

Mas a vida também pode ser dura e severa.

Se você não ultrapassar aquela porta,
terá sempre a mesma porta pela frente.

É a repetição perante a criação,
a monotonia monocromática
perante a multiplicidade das cores.
É a estagnação da vida.

Para a vida,
as portas jamais são obstáculos.
Para a vida,
as portas são sempre apenas aquilo que são:
diferentes passagens,
locais de impermanência,
em busca do infinito.

Um comentário:

Maria disse...

Renato, estava diante de uma "porta" e lendo isto resolvi passar por ela. Senti alívio e orgulho por ter tomado uma decisão, a de entrar naquela sala. Vi que lá estava o que eu precisava.
O que um simples poema pode fazer...
Obrigada Renato pela porta que me abriu. Acho que você foi a luz me encaminhando que pedi a Deus.
Abraços...

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