6 ANOS LEVANDO AS NOTÍCIAS DA TERRINHA QUERIDA

AQUI, FÁTIMA NORONHA TRAZ NOTÍCIAS DE SUA PEQUENA BRAZÓPOLIS, CIDADE DO SUL DE MINAS GERAIS.

E-MAIL DE CONTATO: fatinoronha@gmail.com

26 de abril de 2010

Poesia - Fadinho - Por Guido Noronha

FADINHO
(Onde o poeta, encontrando um
barquinho de papel em sua
mesa, lembra sua amada)

Cantigas de portugueses
São como barcos no mar –
Vão de uma alma pra outra
Com riscos de naufragar.
(Fernando Pessoa – Quadras
Ao gosto popular)

Eu cheguei à Biblioteca,
E encontrei esse barquinho.
Pensei na minha esperança,
Minha criança, meu benzinho.

Você é linda sereia
Eu sou teu marujinho.
Tu Penélope, eu Ulyses,
E esse mar, nosso caminho...

Esse mar que nos separa
É o tempo, nosso espinho.
Tanto sol e sal e sede!
Tua boca é um longe vinho.

Vai, menina, vai, navega,
Foge então desse barquinho,
Se não queres meu amor,
Minha amizade, meu carinho...

Se não fores tão ingrata
E levares meu barquinho,
Tu me levarás também,
Que eu vou dentro escondidinho.

“Mas que é a tua amada?”
(Gritas, Circe, que me enleias)
-Pode bem ser qualquer uma,
pode ser todas sereias.

Guido Noronha Siqueira
Julho/2008

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por dar a sua opinião.
Elogie, critique, mas faça isso com educação.
- Comentário com palavras de baixo calão será excluído.