6 ANOS LEVANDO AS NOTÍCIAS DA TERRINHA QUERIDA

AQUI, FÁTIMA NORONHA TRAZ NOTÍCIAS DE SUA PEQUENA BRAZÓPOLIS, CIDADE DO SUL DE MINAS GERAIS.

E-MAIL DE CONTATO: fatinoronha@gmail.com

26 de abril de 2010

NOSSOS POETAS- MAURÍCIO BRAGA DE MENDONÇA

MAURÍCIO BRAGA DE MENDONÇA, nasceu em Brazópolis. Filho de João Cândido Mendonça e neto de Martinho Braga de Mendonça,
bacharelou-se em Direito pela PUC de Belo Horizonte. Aprovado em Concurso Público foi nomeado Promotor de Justiça e então promovido, por merecimento, para o cargo de Procurador de Justiça.
Pertenceu ao Conselho Superior e Câmara de Procuradores do Ministério Público de MG. Foi Sub-Corregedor junto a Corregedoria Geral do Ministério Público de Minas Gerais. Aposentou-se na carreira em 2003. Exerceu o magistério em Governador Valadares, sendo Professor Universitário na FADIVALE.
Sempre ligado à arte e literatura, participou, quando universitário, do grupo teatral “Teatro de Comédia” em Belo Horizonte e foi componente dos Corais “Júlia Pardini” e “Coral Universitário”- da UFMG, participando ainda do Coro da Igreja de Santa Helena.
É membro da Academia Valadarense de Letras –AVL – de Gov. Valadares-MG.
Suas produções literárias abrangem a prosa e verso. Possui crônicas e poemas publicados em vários jornais de Brazópolis, São Lourenço, Governador Valadares e Belo Horizonte.
Lançou o Livro: “Ministério dos Causos Públicos”- coletânea de pequenas histórias (causos) no âmbito do mundo jurídico; pela Academia Mineira de Leonísmo, participou dos Cadernos da Academia, vols. 01 e 02.
Participou da 1ª e da 2ª Antologias Poéticas, lançadas pela Academia Valadarense de Letras e da Antologia Poética das Cidades Brasileiras. Participa desde a sua criação, em 1983, da Revista Jus Literária – da AMMP- Associação Mineira do Ministério Público , em Belo Horizonte. Reside atualmente na cidade de Belo Horizonte. Dr. Maurício tem inúmeros poemas dedicados à sua Terra Natal, da qual fala com saudades em seus versos.
HISTÓRIA DE BRAZÓPOLIS EM DOIS TEMPOS
TEMPO I
Brazópolis
Cidade que era:
No verde da mata
No jardim da praça
Cidade Presépio!
Na ladeira e travessa
Na gente sem pressa
Cidade Presépio!
No planger dos sinos
No sorriso dos meninos
Cidade Presépio!
Em “Caetano” o santo padroeiro
No Can-can pico altaneiro
Cidade Presépio!
Nos versos dos provadores
Nos jardins cantos de flores
Cidade Presépio!
TEMPOII
Brazópolis, onde estás?
Exclama a memória de um coqueiro abatido
O vazio de uma árvore que foi vida
A saudade de um coreto hoje história...
Brazópolis, onde estás?

Soluça o pranto de um verde que foi Mata
A solidão de um “Vargem Grande” que foi Rio
O silêncio frio dos que foram às tumbas...
Brazópolis, onde estás?
Lamenta a tristeza na ladeira do mercado
O ermo dos trilhos em fuga da Estação
O fantasma de um apito que se emudece na “Curva da Loba”...
Brazópolis, onde estás?
Indaga num monólogo a moça na janela
Em seus passos lentos o homem pela calçada
Em suas ave-marias a beata aos pés do altar...

Brazópolis, decantada Cidade Miniatura
Da Terra de Santa Cruz
Hoje, um parque se faz numa praça
Graças a estupidez de um alcaide,
Noutra, o trem de ferro já não passa
Por ordem da insensatez dos governantes...
Hoje, árida urbe sem graça
Até onde?
-Pólis, Vila - Braz
Brazópolis, Não Mais!!!

(Belo Horizonte - 1991)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por dar a sua opinião.
Elogie, critique, mas faça isso com educação.
- Comentário com palavras de baixo calão será excluído.