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18 de agosto de 2011

O Ipê e o vento - Almehy de Barros

Da cor do ouro tão lindo


Te vejo, em flores, se abrindo

Enfeitando toda a praça;

Tão belas, que com certeza, dão à própria natureza

Tanto encanto e tanta graça!



E por cima do gramado,

Formando um rico alfombrado,

Tuas flores descem ao chão

E da celeste magia

O teu viço irradia

Louvor em doce canção!



Mas, o vento, sem pensar,

No mal que pode causar

Vem ferir os teus encantos

Vem arrancar a poesia,

Da balada a sinfonia;

Deixa teus galhos em prantos!



E o vento farfalhador

Em contínuo desamor

Vai soprando com desdém,

Tuas pétalas douradas

Pelas frias madrugadas

Que a aurora trazendo vem.



Mas, o vento enternecido,

Vem, sincero arrependido

Às árvores pedir perdão!

E junto às tuas flores

Aspirando os teus odores

De joelhos postos ao chão.



Ainda diz, pressuroso,

Num gesto bem amoroso

Que simboliza o porque!

E que termina em sorriso

No jardim do Paraíso

A paz entre o vento... e o Ipê.

Um comentário:

Mário Lúcio disse...

Que linda poesia! Vale a pena copiar e guardar.
Parabéns p/ iniciativa, Fátima. Esperamos outras p/ vivermos momentos de emoção e ternura.Abçs.

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