A História é cheia de histórias. Uma delas, talvez improvável, nem por isso menos verdadeira, é a de que encontraram escrito a estilete nas paredes de madeira do campo de extermínio de Auschwitz a seguinte frase: “Se for possível entender, não será preciso perdoar”.
Onde estaria a misericórdia: na compreensão ou no perdão?
Sabemos que no perdão. Mas, não estaria igualmente ou ainda mais
correta a frase de Auschwitz? André Malraux dizia que julgar é
evidentemente não compreender, pois, se compreendêssemos, já não
poderíamos mais julgar. Já não poderíamos nem odiar. E é isso que a
misericórdia pede, é tudo o que ela propõe.
Esse é o sentido do que disse Spinoza: Não zombar, não chorar, não detestar, mas compreender.
Isso é a própria misericórdia, sem outra graça, senão a da verdade. Quando se compreende já não há o que perdoar. O conhecimento, tanto quanto o amor, torna o perdão a um só tempo necessário, mas supérfluo. Necessário, porque, na verdade, é o perdão que realiza essa ideia; sem ele, ela seria apenas uma abstração. Supérfluo, porque pequeno diante do tanto do amor.
Não desejamos mal à chuva que inunda ou ao raio que fulmina e, por conseguinte, nada temos a lhes perdoar. Não seria esse o verdadeiro “milagre” da misericórdia? Que o perdão se abole no mesmo instante em que se dá, e o ódio se dissolva na verdade. É por isso que a misericórdia de Deus é infinita (outra vez, Spinoza), porque ela é própria verdade. Deus não precisa perdoar, ele simplesmente não julga.
O perdão é o ponto de vista de Deus no coração do homem.
Mas precisamos pedir ajuda ao filho pródigo. Mais especificamente ao pai do filho pródigo. Ele, sim, é o homem da compreensão. Perdoou, sim, quem há de duvidar? Mas o que o levou ao perdão foi o amor e a compreensão. Perdoou porque amou. Amou porque compreendeu. O amor é a força da compreensão. A compreensão é a clareira do amor. A misericórdia precisa dos dois como a água precisa do hidrogênio e do oxigênio para existir. Se a misericórdia é a água, a compreensão é o hidrogênio e o amor, o oxigênio. A misericórdia lava, dessedenta, vivifica.
A misericórdia é o ponto de vista de Deus no coração do homem.
Perdoar é cessar de odiar. Consequentemente, é também cessar de precisar perdoar. Quando o perdão for completo, nada mais restará além da verdade e do amor. Não haverá mais ódio a cessar. O próprio perdão irá se abolir na misericórdia. Como a seca na água.
Porque perdoar tem um custo alto. Compreender sai muito mais barato.
Esse é o sentido do que disse Spinoza: Não zombar, não chorar, não detestar, mas compreender.
Isso é a própria misericórdia, sem outra graça, senão a da verdade. Quando se compreende já não há o que perdoar. O conhecimento, tanto quanto o amor, torna o perdão a um só tempo necessário, mas supérfluo. Necessário, porque, na verdade, é o perdão que realiza essa ideia; sem ele, ela seria apenas uma abstração. Supérfluo, porque pequeno diante do tanto do amor.
Não desejamos mal à chuva que inunda ou ao raio que fulmina e, por conseguinte, nada temos a lhes perdoar. Não seria esse o verdadeiro “milagre” da misericórdia? Que o perdão se abole no mesmo instante em que se dá, e o ódio se dissolva na verdade. É por isso que a misericórdia de Deus é infinita (outra vez, Spinoza), porque ela é própria verdade. Deus não precisa perdoar, ele simplesmente não julga.
O perdão é o ponto de vista de Deus no coração do homem.
Mas precisamos pedir ajuda ao filho pródigo. Mais especificamente ao pai do filho pródigo. Ele, sim, é o homem da compreensão. Perdoou, sim, quem há de duvidar? Mas o que o levou ao perdão foi o amor e a compreensão. Perdoou porque amou. Amou porque compreendeu. O amor é a força da compreensão. A compreensão é a clareira do amor. A misericórdia precisa dos dois como a água precisa do hidrogênio e do oxigênio para existir. Se a misericórdia é a água, a compreensão é o hidrogênio e o amor, o oxigênio. A misericórdia lava, dessedenta, vivifica.
A misericórdia é o ponto de vista de Deus no coração do homem.
Perdoar é cessar de odiar. Consequentemente, é também cessar de precisar perdoar. Quando o perdão for completo, nada mais restará além da verdade e do amor. Não haverá mais ódio a cessar. O próprio perdão irá se abolir na misericórdia. Como a seca na água.
Porque perdoar tem um custo alto. Compreender sai muito mais barato.
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