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13 de fevereiro de 2016

DE REPENTE... (Rosa Noronha)


De repente, de madrugada, semilúcida...
De repente, semilúcida, me pergunto até onde sou verdadeiramente lúcida...
De repente, sem ser verdadeiramente lúcida, na madrugada, me pergunto até onde vai minha razão...
De repente, sem a devida lucidez, na embriaguez da madrugada, me pergunto se minha razão tem razão...
De repente, na madrugada, embriagada pelo sonho, pelo nada, me indago até onde vai minha lucidez ou minha insensatez...
De repente, me indago a mim mesma: quem sou eu mesma?
De repente, na madrugada, já não me indago. Caminho. Simplesmente. Dormente. Indiferente. Inoperante. Ofegante.
Para onde vou? O que restou? Quem sou?
De repente, intermitente, impertinente, me pergunto: o que significa esta existência, enfim?
De repente, concluo: é o fim, o esplim...
Simplesmente, assim...
Sem perguntas. Sem respostas. Sem de repentes...
Intermitente.
Impertinente.
Insistente.
Somente assim...

 

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