Não tenho um
professor ou professora inesquecível. Tenho lembranças inesquecíveis:
A meiguice
da D. Clarice Gonzaga, minha primeira professora no jardim, onde lavávamos as
mãozinhas pra merendar...
A dedicação
da D. Helena de Paula com quem aprendi a escrever, conheci Cecília Meireles e
os tamanquinhos toc...toc... ou a bailarina...Ou isto, ou aquilo!
Já mais
velha, no colégio, nos “despejaram” vários professores. Cada um com seu método,
cada um com seu jeito de ser, com seu bom ou mau humor...
D. Georgina
enxergava pouco, ouvia muito. Fumava em sala (naquele tempo podia) e a fumaça
entrava pelas nossas narinas enquanto aprendíamos o cateto da hipotenusa (coisa
horrível!) . Brava com alguns e carinhosa com outros...Gênio da Matemática!
D. Regina
Brito, a mestra amiga... Membrana, citoplasma e núcleo foi o que restou de tudo
que aprendi ... Preferia jogar vôlei com ela!
Régis
Noronha, paciente, exigente, inteligente, com seu português “impecável”
apresentou-me Olavo Bilac ouvindo estrelas e o Machado de Assis com as memórias
póstumas e o coitado do Dom Casmurro...
Professor
Celso Moraes, sério, carrancudo e com “the book on the table” e um silêncio
cadavérico na sala.
D. Adolfina
ensinando música...dó, ré, mi... e o hino nacional cantado com a mão no
coração...
D. Leonídia
mandando fazer 50 abdominais...contando de 10 em 10 fazia rapidinho (e ela nem
notava).
Foram
tantos... há tanto tempo...
Mas uma
coisa lembro-me sempre: Agradecer a Deus por existirem pessoas como eles que,
apesar das dificuldades, do mau salário, da falta de reconhecimento, estão
ainda fazendo o seu melhor!
Obrigada
meus mestres queridos. Vocês fizeram a diferença em minha vida!
Que Deus
abençoe os mestres de ontem e de hoje!!!
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