Hoje é dia de falar sobre o amor. E me pergunto: o que devo falar? O que posso falar? O que quero falar?
Não sei se encontrarei as respostas...
O que devo falar, afinal? Soariam repetitivas todas as ênfases que daria a este sentimento universal. Então, me eximo desta interrogativa.
O que posso falar? Na verdade, a livre expressão tudo me permitiria. Mas talvez eu mesma não queira dar a resposta.
Resta-me responder sobre o que queira dizer do amor. E aí, então, percebo que me falta a devida inspiração. Não porque dele descreia. Não, também, pelo fato de, em meu romantismo, ter-se imiscuído um realismo incontestável.
Apenas não sei o que falar a respeito daquilo que, sempre e naturalmente, abordei, irônica e exatamente no dia que lhe é dedicado, e que intitularam o Dia dos Namorados.
Talvez justamente por isso.
Uma razão é o fato, óbvio em si mesmo, de que o dia disso ou daquilo é sempre comercial: ótimo para trocar presentes, enriquecer o comércio e a indústria. Não que eu abomine comemorações. Também sou afeita a datas, lembranças, presentes, ainda que não dê a tudo isso esta conotação capitalista.
O fato mais desanimador, no entanto, é pensar naquilo em que se transformou o amor: "ficos", cama, aventura, superficialidade, egocentrismo, hedonismo, imediatismo, narcisismo, e quantos outros intermináveis ismos... E essa multidão de ismos afastou o principal deles: o romantismo.
O que é, hoje, afinal, namorar, para muitos homens e mulheres? Mero jogo de sedução? Satisfação egóico-sexual? Tentativa de autoafirmação? Sacanagem?
O amor, ah, o amor... Onde foi parar?
Sinceramente, não dá pra conceber romantismo nesta modernidade, e me sinto o verdadeiro dinossauro!
Amor é sentimento. Sentimento de doação, aconchego, carinho, cumplicidade, companheirismo, que, de tão bom, um se completa no e com o outro, através da sexualidade...
Quando me defronto com esta aberração de princípios, perco, simplesmente, o estímulo e a inspiração para abordar o amor, ou mais especificamente o namoro, exatamente no dia que lhe é dedicado.
Careta ou não, sinto saudades do tempo em que namorar era ficar de mãos dadas, e que a consciência pesava pelo excesso de beijos...
É, não dá para buscar inspiração nestes romances fast-food - eles não me apetecem!
2 comentários:
Amiga como você acima diz: "Sinceramente, não dá pra conceber romantismo nesta modernidade, e me sinto o verdadeiro dinossauro!" deixe e ou me permita ajuda-la AMOR HOJE É QUANTO SE TEM PARA ME DAR??? O QUE VOCE TEM PARA ME OFERECER??? não interessa se o ter venha de fruto de CORRUPÇÃO OU NÃO o importante é benzinho pague minhas contas..............entendeu????
Nossa Fatima, porque voce perde tempo em postar os comentarios do Alexandre Ribeiro?
Voce sabe bem que é, sabe muito bem como ele tratou a Netinha a vida inteira, e agora fica enxendo o saco, querendo ser ou se passar por um cara culto, e legalzão?
Ora, pelo amor de Deus, ninguem aguenta isso..
Manda esse lixo a merda, antes que voce se ferre pelos comentarios babacas desse imbecil
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