A Brazópolis
Que foi que eu vi rolar nessas ladeiras,
qual pranto da cidade, desconsolo
de asa ferida ou folhas trepadeiras
lá do poente caídas sobre o colo?
Que soluço contido horas inteiras,
choro abafado, por ingênuo e tolo,
colhe na brisa as dores mais primeiras?
Do amor perdido o derradeiro arrolo?
Sobe o soluço da garganta à torre,
perpassa nuvens, ganha o espaço e morre,
eterizando-se por céus afora...
Um beijo antigo aos lábios roça e adeja,
enquanto o sino pontual da igreja
reparte lágrimas por quartos de hora.
( Este soneto faz parte do livro poesias "Pétalas na Estrada", de José Eustáquio Cardoso)
Um comentário:
Poderia me dizer se o soneto "o juíz" é deste livro e o ano de publicação?
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