OFICINA RODA TERRA ESCOLHE O NOVO BONECO GIGANTE PARA O CARNAVAL 2012

Ontem, 23 de novembro, na Oficina dos Bonecos Gigantes, aconteceu uma reunião onde a diretoria da Oficina Roda Terra apresentou o cronograma para o carnaval 2012.

Um grupo de  jovens estava lá pela primeira vez  e aproveitou  para conhecer cada boneco e aprender como ser um manipulador.

Foi também discutido qual seria o novo boneco para o carnaval de 2012.

Após algumas sugestões dos presentes e também levando em conta a opinião dos leitores deste blog, foi escolhido o “Cinegrafista”.

Este boneco, para nós brazopolenses,  contará  muito da nossa história. Representado pelo nosso saudoso Deoclécio,  o “Cinegrafista” representa também todos os cinegrafistas e fotógrafos do Brasil e de nossa terra, como os saudosos Zéca Noronha,  Marcelão e tantos outros ainda no meio de nós. Mas este boneco representará também, além do Déo,  os outros “Pioneiros da TV”, como Pedro Gomes, Nenzito Faria, Carlos Faria, Nadir Martins, Gerlado Gomes, José Raimundo Gomes, Amando Gomes, Américo Silva e Benedito Martins.

DÉOCLECIO Campos Caridade, um Grande pequeno homem!

“Alô Brazópolis! Alô Minas Gerais! Aqui fala, pela primeira vez, a ZYV 26, Rádio Difusora Brazópolis, operando em 110 KHZ.”

Assim o povo brazopolense ouviu, pela primeira vez no rádio, a voz possante de Deoclécio Campos Caridade.

Déo, como era carinhosamente chamado, foi um dos personagens mais ativos da vida cultural de nosso povo. Sua trajetória confunde-se com a história de Brazópolis.

Foi um dos bravos “Pioneiros da TV”, que conseguiram  retransmitir os sinais da "TV Tupi" em nossa cidade e em nossa região, no dia 04 de março de 1951.

Apaixonado pelo teatro, pela cinegrafia e fotografia, possui grande acervo com nossa história. Instalou um “cineminha” na Ladeira Santos Lima, onde reproduzia filmes da cidade.

Produziu e dirigiu vários curtas-metragens, dentre elas “Jeca Tatu”, com atores da cidade e que fez muito sucesso na época.

Fez parte de uma troupe teatral que se apresentava no Cine Teatro Brazópolis, onde encenou, dentre outras, com sua esposa Iara e filhos a peça “Família Trapo”, uma paródia do filme americano “Família Trap”, que ficou inesquecível.

Na imprensa, colaborou por muito tempo com o jornal “Can-Can”, onde escrevia a coluna “Lambaris e Dourados em Forma de Notícias”.

Além disso tudo, também lecionava Geografia. Foi um dos melhores professores que Brazópolis já teve.

Déo é um exemplo dos que lutaram dando seu sangue  pela coletividade. Soube servir ao seu tempo e sua gente.

Pela sua dedicação e amor a Brazópolis,   jamais será esquecido !