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25 de julho de 2010

NOSSOS POETAS - ALFREDO DE NORONHA


Alfredo de Noronha colocava no papel a sua alma em forma de poesias. Através delas percebemos o grande amor que sentia pelas pessoas, pela natureza e pela sua Terra Natal. Sua poesia nos transmite lição de vida, humildade e amor. Aprendeu quase nada nos bancos da Escola. Tudo o que sabia adquiriu vivendo e amando com intensidade.
Na cidade não havia festa que não se ouvisse uma poesia ou mesmo um versinho de sua autoria feitos especialmente para a ocasião. Alguns tristes, outros alegres e até mesmo engraçados, mas todos, sem exceção, saíam do fundo de sua alma.
Foi um dos maiores poetas que Brazópolis já conheceu.

Deixou várias poesias, sendo as mais conhecidas: O Balãozinho Bonito, o Leite e o Vinho, A Lágrima e o Sorriso, Miragem, a Rosa e a Violeta, O Pracinha e Felicidade.
“Felicidade” se espalhou pelo país, fazendo parte de um disco gravado por uma dupla sertaneja que colocou melodia e gravou como se fosse de autoria da dupla.
Mais tarde apareceu em outro CD de músicas de Rodeio de Barretos, onde o locutor declama a poesia sem ao menos citar o autor.
Na internet esta poesia aparece em mais de mil sites. Fazendo pesquisas, nestes sites, somente em um ou dois citam o nome de Alfredo de Noronha como autor. Em um destes sites, aparece, incrivelmente, o resultado de um concurso de poesias compostas por crianças e o primeiro lugar está “Felicidade” como ganhadora do primeiro lugar, obviamente, citando como autora a criança vencedora do concurso. Recentemente, no programa “Mais Você"
Grande injustiça ao nosso tão querido “POETINHA”

FELICIDADE

Veio alguém bateu-me à porta
Vacilei, não quis abrir,
Pensei que fosse a saudade
Que vive a me perseguir.

Bateu de novo, com força,
Mas depois não insistiu,
Desceu a escada em silêncio
E para sempre partiu.

Partiu deixando na porta
Estas palavras fatais:
“Eu sou a felicidade,
Não voltarei nunca mais!”


Alfredo de Noronha nasceu em São Caetano da Vargem Grande, hoje Brazópolis em 12 de fevereiro de 1.900.
Foi uma criança com pouca saúde. Ainda muito pequeno foi atacado pelo reumatismo e também por um problema que lhe tirava aos poucos a visão. Por previsão médica, todos esperavam que ia ficar completamente cego. Aos 3 anos, ainda não andava por causa do reumatismo. O problema dos olhos foi diminuindo e aos 4 anos estava completamente livre do reumatismo e enxergando muito bem.
Cursou apenas o curso primário no Grupo Escolar “Cel Francisco Braz”, tendo como suas mestras D. Emília Noronha, D. Floripes Camargo Menezes e D. Marieta Ferraz Egreja.
Ainda muito pequeno, com seu irmão Quinzinho, vendia doces que sua mãe preparava, para ajudar nas despesas de casa. Assim que terminou o 4º ano primário foi trabalhar na Estrada de Ferro. Residiu algum tempo em Piranguinho e Caxambu, trabalhando como telegrafista da Rede Mineira de Viação. Em 1945 foi nomeado Escrivão do Crime desta Comarca onde trabalhou até 1964, no Fórum local, ano em que se aposentou.
Nas horas vagas, fazia versos para as festas locais. Colaborou muito com as festas de nossas escolas. Era com seus versos que os alunos saudavam os visitantes, agradeciam aos benfeitores e alegravam os auditórios.
Deixou várias poesias, entre as quais podemos citar : A lágrima e o Sorriso, Miragem, A Rosa e a Violeta, Felicidade, O Pracinha. Seu nome será sempre lembrado através da letra, tão bonita, do nosso “Hino à Brazópolis”.
Casou-se em 28.07.1927, com Maria Luiza Cipresso Noronha filha de Domingos Cipresso e Marieta Cipresso.
Alfredo de Noronha faleceu em 09.01.1966, aos 66 anos.

*Tiveram 8 filhos: Carlos Expedito, Vilma Aparecida, Maria Elisa, José Guido, Eugênio Luiz, Terezinha ( Teia ), Antônio (Mauro) e Maria Saléte.

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