Dos morros altos, dos vales...
E aquele verde musgo me exubera.
Capões de mato protegendo as lagoas
e aquela várzea enorme para buscar lenha
e no meio das moitas de piri dormiam os jacarés.
Ouço não sei onde o canarinho da terra.
No arame farpado da cerca o tiziu a pipilar em salto
verticais.
Na galha do ingá o ninho da coleirinha do brejo
com seu duplo colar branco e preto, inconfundível...
O grasnido lamento triste do chorão
e o curió no seu encanto de canto dobrado
no contra ponto redobre do gorjeio do bicudo.
No fio do telégrafo o trissar da fila de andorinhas.
No pé de mamão o sanhaço e a azulão.
Uma fauna inteira se me aflora
busco no meus cantos de memória viva
em cacarecos de brinquedos e desejos
nos bufos de meu mugir contido
o bramido na calada da madrugada,
num arenso do trilo da patativa.
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