-Naquela
manhã pegajosa de molhada ele, esquelético, seco, curtia sofrendo o prazer da
dor.
-Tétrica
manhã, a que se desfigurou das estrelas prenunciando luz.
-Manhã por
que, se noite ainda existe em minh’alma?
-Manhã
esfuziante de raios. Manhã festiva como carnaval fosse.
-Manhã, com
que ímpeto escondestes as sombras...
-Quando
acordou já não era noite. Nem dia era, visto que
a divina
Aurora ainda se manifestava, trancafiando as
sombras no
xadrez do tempo.
-Amanhã, de
manhã.
Como sabes
que haverá amanhã?
Sei do
futuro pelo viver do passado.
-Manhã, tão
bonita manhã! Isto já disse um poeta.
Mas as suas
manhãs, porque as minhas, não as vejo tão belas...
-Criou-se a
deusa Aurora. E isto foi um bem. Aurora, zelosa,
sempre nos
contempla com luz, desvelando o sombrio véu,
parindo a
manhã.
-O parto da
manhã, diário, eterno, é a divina concessão, o “fiat lux” com que nos contemplou a natureza.
-“Fiat lux”.
E fez-se a manhã!
Um comentário:
Estamos precisando de estímulos,estamos precisando de esperanças.Desculpe-me:Deprimente demais.
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