Político
está preso há dois meses por desviar mais de R$ 8 milhões quando era servidor
na Assembleia de Rondônia.
Natan
Donadon deixa o Congresso escoltado por policiais.
O
plenário da Câmara absolveu, na noite desta quarta-feira (28), o deputado Natan
Donadon do processo de cassação de mandato. Foram 233 votos a favor do parecer
do relator, Sergio Sveiter (PSD-RJ), 131 votos contra e 41 abstenções. Para que
Donandon perdesse o mandato, o parecer de Sveiter precisaria de, no mínimo, 257
votos. Faltaram 24 votos para que o deputado fosse cassado e perdesse o mandato
parlamentar.
Em
função do resultado da votação, o presidente da Câmara, deputado Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou que, enquanto estiver na presidência da Casa,
nenhum processo de cassação será em votação secreta. Prometeu trabalhar para
aprovar o mais rápido a proposta de emenda à Constituição (PEC), que institui o
voto aberto nos processos de cassação de mandato.
Alves
disse que tendo vista a rejeição do parecer de Sveiter, a presidência da Câmara
acatava a decisão do plenário. “Todavia, uma vez que, em razão do cumprimento
de pena em regime fechado, o deputado Natan Donadon encontra-se impossibilitado
de desempenhar suas funções, considero-o afastado do exercício do mandato e
determino a convocação do suplente imediato, em caráter de substituição, pelo
tempo que durar o impedimento do titular”.
Segundo Henrique Alves, enquanto Donadon
estiver preso ele não terá direito a salário e nem a moradia funcional. O
suplente é o ex-senador Amir Lando, que deverá assumir o mandato enquanto o
titular estiver preso.
No
final da tarde, Natan Donadon deixou o Complexo Penitenciário da Papuda, no
Distrito Federal, para fazer a própria defesa no plenário da Câmara. Por mais
de 30 minutos, ele tentou convencer os deputados de sua inocência e das
perseguições do Ministério Público (MP) de Rondônia, que fez as denúncias
contra ele de desvio de dinheiro público da Assembleia Legislativa do Estado,
onde exerceu o cargo de diretor financeiro.
Donadon
também falou que está passando por serias dificuldades, inclusive financeiras,
pois está há mais de dois meses sem receber salário da Câmara. Citou,
inclusive, as dificuldades que sua família está encontrando para alugar uma
casa em Brasília. Ele criticou o parecer do relator do processo, deputado
Sergio Sveiter (PSD-RJ). Segundo Donandon, o parecer está repleto de “absurdos
e asneiras”.
Por
diversas vezes, disse que é inocente e que nunca fez nada de ilícito. “Nunca
desviei um centavo da Assembleia Legislativa”. Declarou que todos os pagamentos
feitos por ele na diretoria financeira foram atestados pelo controle interno da
instituição e feitos de acordo com os parâmetros legais. Donadon disse ainda
que assumiu a diretoria financeira com contratos já feitos.
Natan
Donadon acompanhou toda a votação do processo sentado no plenário ao lado dos
parentes. Ao ser proclamado o resultado da votação, Henrique Alves determinou a
retirada do parlamentar do plenário. Durante a votação, Donadon pediu que as
autoridades melhorem a qualidade da alimentação do presídio da Papuda. “A gente
tem dificuldade na alimentação. Eu tenho síndrome do estômago irritável”,
disse.
Agência
Câmara e Agência Estado
2 comentários:
O BRASUNI podia encabeçar um abaixo assinado para acabar com o voto secreto na câmara de deputados.Começando pela nossa cidade, e envolvendo as cidades vizinhas pelas redes sociais.
O que você acha Fátima.
Sou contra voto secreto.
Atençao eleitores de Brazópolis e região tem Deputado Federal bem votado em Brazópolis que votou contra a cassação deste deputado considerado corrupto e ladrão, fique de olho ele é muito conhecido.
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