Minha Cidade
A minha cidade é assim:
Um monte de ruas estreitas
Que partem da esquerda e direita
E se encontram no mesmo jardim.
As casas têm sempre varandas
Com portas abertas pra rua;
As crianças dançam cirandas
E correm buscando a lua.
Não tem tempo ruim
Meu povo só quer cirandar!
Em cada esquina há um bar
E há sempre gente de prosa
Falando do Sol e da chuva que cai
Ou do bom tempo de outrora.
Eu não conheci, mas eu sei...
Que havia um belo coqueiro
No largo, e havia também
Um vibrante e sonoro coreto.
Não tem choro nem vela
Meu povo só quer é cantar!
Minha cidade tem castelo
Com torre, ameias e muralhas.
Nele viveu um cavaleiro
Que foi médico e bom camarada.
Partiu e deixou para a urbe
O castelo, espaço para idealistas,
Pois sabia que Brazópolis é celeiro
De poetas, escritores e artistas.
Só tem rima e muita canção
Meu povo é a inspiração!
Pudera eu ser algum dia
Um bom harmonista da banda
Poeta que sonha e que canta
Pra minha terra cantar.
Eu cantaria a doce beleza
De tudo que nela é puro
Do tempo que a vida corria
Sem pressa do tempo futuro.
Não tem tristeza nem mágoa
Meu povo só quer alegria!
A minha gente é uma gente
Que gosta de tudo opinar
Não conta a verdade e nem mente
Comenta e sabe calar.
Espero um dia voltar feliz
Pela avenida de mão dupla:
Que subindo revela o Cancã
E descendo, desvela Matriz.
Não tem dor nem saudade,
Meu povo só quer amar!
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